domingo, 4 de março de 2012

Milagre ou ciência?

Antes de (re)começar, duas notas paralelas:
- o Benfica-Porto de sexta-feira foi um dos melhores clássicos de sempre. Se houvesse mais dez ou onze jogos assim por época o campeonato português teria público suficiente, quer nos estádios quer na televisão, para salvar financeiramente todos os seus clubes;

- ao ver mais um Roma-Lazio, confirmo: considerando tudo o que o envolve e o que as duas equipas uma vez após outra nos mostram, é o melhor dérbi que se joga na Europa.


O que eu tenho, afinal, aqui escrito desde Agosto, sintetizadamente, é que, tal como em tudo o que se faz na vida, há duas maneiras de se estar no futebol: ou à espera da sorte ou a fazer por ela. Ou a acreditar em milagres ou a acreditar na ciência.

Temos a tendência para pensar que o primeiro é um disparate e que só o segundo apresenta resultados, mas não é verdade. A ciência do homem é muito limitada e, ao longo dos tempos, houve sempre momentos em que rezar deu tão bons resultados como trabalhar. A sorte é o que não compreendemos, mas a sorte acontece, e acontece todos os dias. Acontece tantas vezes que dá um trabalho incrível tê-la, e às vezes, por mais que se trabalhe, continuamos a não falar a mesma linguagem que ela. Muitas vezes, como disse alguém, é melhor ter sorte que ser bom.

A questão, mais do que de resultados, é de atitude perante a realidade.



Toda a gente gosta de receber a graça de um milagre. Uma intervenção de forças que não controlamos e não conhecemos realmente faz-nos sentir especiais, como se alguém maior que nós nos tivesse escolhido como filho pródigo.

Mas, por se sentirem especiais, graças a alguns milagres pontuais (1994, 2005, 2010…), os benfiquistas, de certa forma, criaram um hábito. Viciaram-se na predestinação.
Não é que os benfiquistas não estejam dispostos a trabalhar tanto ou mais do que os outros para triunfar. Isso é uma falácia. Simplesmente, perante uma capacidade científica superior por parte do adversário, habituaram-se a esperar que a graça divina equilibrasse as coisas.
Como consequência disso, esqueceram-se do prazer de ganhar cientificamente.

Neste ponto da sua existência, os benfiquistas não estão realmente convencidos de prescindir da possibilidade desse prazer superior que vem sob a forma do milagre pela eventualidade de um prazer inferior que vem sob forma de trabalho científico. Ganhar por milagre sabe melhor do que ganhar por ciência. Há uma transcendência que o mero trabalho árduo não pode dar. Ou, pelo menos, a parte da ciência está tão esquecida que os benfiquistas acreditam que isso é verdade.

Esta é a grande questão no Benfica. Não é falta de saber, é falta de vontade. Quando os benfiquistas se convencerem de que está na hora de prescindir da droga do milagre, serão uma força imparável em Portugal.

Nesse momento, os benfiquistas tomarão as rédeas do seu destino, e o handicap natural que ainda existe para o Porto ficará eliminado.

O Porto não espera por milagres – trabalha para eles. De vez em quando, eles acontecem de forma artificial, e recompensam. O ano passado, por exemplo, foi um ano miraculoso. Mas um milagre baseado na ciência, não na sorte. Não sabe tão bem, é verdade. É um milagre inferior. Mas sabe muito bem. Suficientemente bem para fazer sentido.

O sucesso científico é muito menos glamoroso do que o que vem por milagre. Não há segredos. É um processo tão industrial como qualquer outro. É copiar 95 por cento do que é feito nas outras empresas de sucesso e tentar criar 5 por cento únicos e especiais, que façam uma diferença. Para ganhar, cientificamente, o Benfica tem de aprender e fazer o mesmo que  fazem o Porto, o Schalke 04, o Hapoel, o Lyon, o Valencia e qualquer outro clube que não seja particularmente tocado pela divindade. Para estar no jogo do sucesso científico, o Benfica tem, antes, de admitir ser igual aos outros, e entrar numa unidade de produção em série em que só o talento  a capacidade de trabalho diferenciam os clubes uns dos outros. Prescindir do romantismo. É difícil, para os benfiquistas, aceitar isso, porque o Benfica é uma ligação ao divino, um caso de fé.

Só depois de ser igual aos outros é que o Benfica poderá tentar ser melhor que os outros. Aí, nesse ponto, já será algo muito diferente da profissão de fé que, actualmente, entendemos por Benfica. Será uma coisa mais racional, mais ética, mais terrena. Será o que era antes de ter ascendido à transcendência dos anos 60 – antes de Eusébio, o messias. (Esquecem-se, muitas vezes, os benfiquistas, que Eusébio não teve nada a ver com a primeira Taça do Campeões e pouco a ver com a segunda, pois só tinha feito ainda uma época na Luz, tendo muito mais a ver com as três derrotas que se seguiram...)

Eu, por mim, confesso: adorei os milagres. Sobretudo o de 1994 e o de 2010. O 6-3 em Alavalade acontece uma vez em cem anos. Mas prescindo deles. Quero saber como se ganha, e ganhar com saber, não esperando apenas pela sorte ou pelo árbitro.

Neste sentido, há que dizer o seguinte: o Benfica não é a melhor equipa do campeonato, e, portanto, é melhor que não o ganhe, porque, como se viu por outros exemplos, ganhar sem ser o melhor não só não resulta em mais sucesso como o vem a impedir, porque impede a correcção de processos errados. É, portanto, melhor para um Benfica a sério que não ganhe enquanto não for o melhor. Enquanto não souber o suficiente. Quando o Benfica ganhar por ser o melhor continuará a ganhar.

É bom para o Benfica que o Porto seja campeão, desde que isso não signifique passar a trabalhar mal só por desespero de causa. O Benfica está a trabalhar bem – o que é sempre o mais difícil, começar – só tem que aprender a trabalhar melhor.

A derrota no campeonato deste ano será normal, dada a diferença no volume de trabalho acumulado pelas equipas ao longo dos anos. Pode ser benéfica. Desde que se melhore, em vez de se afundar por causa dela.



Falo, acima de tudo, em «benfiquistas». Porquê? Porque a estrutura-Benfica, as pessoas que lá estão dentro já enveredaram pelo caminho da ciência há uns anos, e estão aos poucos a desistir da fé em Deus. Ainda acreditam demasiado na sorte, ainda não trabalham muito bem, mas já decidiram que o método a seguir é o da ciência e não o da fé. Por que é que, neste momento, os «benfiquistas» contam mais que o «Benfica»? Porque o que falta ao Benfica, neste momento, só os benfiquistas é que lhe podem dar.

Há um desfasamento entre os corpos executivos do Benfica e a sua massa adepta, que continua, ainda, demasiado imbuída da fé em Deus e da irracionalidade. Foram demasiados anos, nas últimas duas décadas, a serem educados na irresponsabilidade, na leviandade, na impulsividade, para passarem rapidamente a acreditar que o sucesso tem que dar mais trabalho do que o que dá aos outros – porque isto é uma competição, não é auto-recreação. As elites internas do Benfica já o perceberam relativamente bem; o proletariado, ainda não. Por isso é que o discurso para os adeptos é diferente das acções práticas que, depois, são concretizadas. Não é para enganar ninguém – é porque o presidente sabe que se falar a verdade aos adeptos eles não estão dispostos a percebê-lo e podem fragilizar a posição dele, que não pode ficar fragilizada, sob pena do clube voltar a cair na anarqua.
E, como o proletariado ainda não percebeu isto, não consegue, ainda, cumprir a sua parte do acordo e moldar as elites – ou seja, exigir às elites que o representam (Direcção, treinadores, jogadores) que trabalhem melhor, que sejam mais científicas e confiem menos na sorte.

Em resumo, o Benfica está no caminho certo, mas falta-lhe, neste momento, a força dos adeptos, o impulso anímico, para avançar mais depressa e com mais força, porque os adeptos ainda não estão convencidos quer da necessidade de trabalhar melhor e acreditar menos quer do seu próprio papel neste processo.

Isto não é diferente do que se passava há dez anos. Já no tempo de Damásio ou Vale e Azevedo, por exemplo, a questão era cultural. Já nessa altura os adeptos, desorientados pela incapacidade das suas elites em definirem um rumo, entregavam-se a Deus e esperavam por um milagre. Já nessas alturas o Benfica, como clube, dependia dos seus adeptos. A diferença, agora, são duas diferenças, na verdade:

- por um lado, as elites do Benfica já não são fracas, e estão dispostas a seguir o caminho da competência e da ciência, e não do puro experimentalismo;

- por outro, passaram dez anos, tempo suficiente para se aprender, pela mera repetição de fracassos (muitos) e de sucessos (alguns), assim como pela observação do que os outros fazem, o que é preciso para se ganhar.

Ou seja, se há dez anos os adeptos do Benfica podiam, com justiça, sentir-se enganados e até abandonados pelas suas elites, hoje isso não se justifica. Hoje, os adeptos têm muito mais responsabilidade no futuro do Benfica. Não podem sacudir a água do capote, entregar o poder nas mãos de meia-dúzia, ver as coisas de forma primária e esperar que, por milagre, algo aconteça. Porque, aí, a culpa, mais do que nunca (literalmente), é deles.

Exemplos?

O Benfica continuará a gastar milhões e milhões de euros em lixo no Verão enquanto os adeptos não disserem que não estão dispostos a isso e que é preciso, mesmo ser mais competente a escolher.

O presidente do Benfica continuará a esconder-se atrás dos árbitros enquanto os adeptos do Benfica não o fizerem compreender que não estão mais dispostos a fazer o papel de Calimero.

O treinador do Benfica continuará a ser sobranceiro, irrealista e incompetente enquanto os adeptos não lhe demonstrarem que um treinador do Benfica tem de ser melhor que isso.

Os jogadores do Benfica continuarão a arrastar-se em campo ou a não dar 100 por cento, continuarão a seguir pelo caminho mais fácil, continuarão a menosprezar a importância de jogar com aquela camisola, enquanto os adeptos não lhes explicarem que não o podem fazer.

Isto não significa mudar de pessoas. Significa mudar de vida, e só depois, se for necessário, mudar de pessoas.

Mas significa, sempre, antes de mais nada, que os adeptos do Benfica tomem o destino do clube nas suas mãos. E que, ao mesmo tempo, percebam que se forem irresponsáveis, imaturos, irrealistas, pouco exigentes, crédulos, patetas, calões, assim será também o seu clube. E que será só por culpa deles. Como sempre foi. Para o bom e para o mau.

13 comentários:

  1. O Benfica é um clube abençoado porque tem os melhores adeptos do Mundo. Nós fazemos tudo pelo nosso clube, apoiamo-lo em tudo, comemos sopa a semana toda para termos dinheiro para ir ao estádio, seguimos a equipa nas deslocações internacionais, compramos Red Pass's, compramos camisolas, compramos galhardetes para pendurar no espelho do carro, passamos a mística para os nossos descendentes. Tudo o que a direcção pede, nós fazemos.

    O que falta no Benfica é uma direcção que perceba de futebol, que não se ajoelhe perante ninguém e que não coloque as amizades à frente dos interesses do clube. Porque para que o Benfica volte a ser gigante só falta a estrutura trabalhar para isso. Não foi por causa dos adeptos que deixamos de ganhar campeonatos de 2 em 2 ou de 3 em 3 anos. Se a força do Benfica dependesse apenas do amor ao clube e da vontade dos benfiquistas, estávamos no topo da Europa e a lutar pelos quartos-de-finais das Champions todos os anos, pelo menos.

    Hugo, que mais é que os adeptos têm que fazer para voltarmos a ter a mística e a cultura de vitória?

    ResponderEliminar
  2. É preciso sim passar ao nivel seguinte e isso começa pelo técnico.JJ,segundo ele próprio,nunca tem culpa quando nestas ultimas jornadas está a vista o que fez.A nossa equipa tem um pendor ofensivo que aprecio mas doí a forma como por vezes trocamos e perdemos a bola,quase parecem os infantis.Os adeptos que habitualmente frequentam a Luz tem que ser exigentes e mudar o comportamento do JJ que por vezes se torna uma verdadeira basófia como tambem temos que exigir mais a alguns jogadores.Como diz o autor,isto é futebol PROFISSIONAL e não recreativo.

    ResponderEliminar
  3. João Gonçalves04/03/2012, 18:17:00

    Não queria voltar a falar no jogo com o FCP mas não posso deixar de fazer uma simples constatação: sem o golo em fora de jogo validado como foi, neste momento estávamos empatados em 1º lugar e sem esta sensação de crise que se vive desde sexta. E com outra base para continuar o trabalho feito até agora.
    Concordo com quase tudo o que o Hugo escreveu nestes últimos dias mas, sem me querer fazer de vitima, a maioria dos erros de arbitragem neste últimos jogos são sempre em prejuízo do Benfica. E, quer queiramos quer não dar-lhe importância, a arbitragem faz parte deste jogo que é o futebol. E tem um poder imenso. Na justiça comum, se um juiz erra uma decisão, o lesado pode recorrer e a primeira decisão vir a ser anulada. No futebol não. O juiz decidiu, está decidido. Não podemos esconder a cabeça na areia e atirar para cima dos árbitros todos os fracassos do nosso clube mas que eles têm errado, têm.
    Nada disto invalida o que o Hugo aqui tem escrito mas penso que também deve ser tido em consideração.
    Cumprimentos.

    P.S. - Não há maneira de acertar as horas do blog? Também tenho um e nunca tive este problema. Está tudo certo no separador Configurações-Formatação? A hora do computador está certa? Que tal experimentar o Editor de Postagem antigo? Não é grave mas dava mais jeito ter as horas certas.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ó pá, nem me fales nisso,as voltas que eu já dei para tentar acertar esta gaita... O tempo também não abunda...

      Eliminar
  4. 1º Ponto: Este post é inspirado no discurso de Lenine: "Aprendemos com os capitalistas para fazer melhor do que eles!" Certo?

    2º Ponto: Já que os adeptos são responsáveis pelo desempenho dos jogadores, diz-me o que tenho eu de fazer para o Gaitan se aperceber que já não está a jogar nos bairros de lata de Buenos Aires... Conselhos?

    3º Discordo quando dizes que, na direcção, já temos as pessoas certas para os lugres certos. A começar pelo treinador "fora de prazo"... Tu próprio o disseste.
    O Benfica jamais será uma "força imparável" enquanto não lutar com armas iguais. E sim, falo das arbitragens. Não pretendo desculpabilizar a equipa por ter perdido 8 pontos em 9 possíveis. Mas, porra, vamo-nos subjugar a esta imundice que é o futebol português?!!!

    ResponderEliminar
  5. Não precisam das minhas interpretações, nem o Hugo precisa que o defendam. Para mim é claro que, com erros de arbitragem ou não, estamos onde estamos com grande responsabilidade própria. Em Guimarães não jogamos peva, em Coimbra demos meia parte ao adversário, que só quis defender e nós não aproveitámos. Na Luz, com os corruptos, até aquele merdas do TOC deu um banho de táctica ao JJ. Depois de termos virado o resultado, nunca poderíamos ter dado o espaço que demos ao Porto, nunca poderíamos não ter querido e não ter sabido gerir a bola, como uma equipa verdadeiramente campeã. A equipa não sabe fazer isso e este é o 3º ano de JJ. Isto não é admissível. Creio que o campeonato não está resolvido, mas estamos onde estamos por culpa própria. Concordo com o Hugo quando diz que usar os árbitros como desculpa(com toda a habilidade do insuportável Proença, que entre dar o 2º amarelo ao Djalma no início da 2ª parte e tirar o burro do Emerson do jogo na fase decisiva deste, preferiu o óbvio), é não querer ver os próprios erros. Se não os quisermos ver, aprender com eles e corriji-los, é fatal como o destino que os voltaremos a cometer.

    É por isso que acho que JJ atingiu o seu fim no Benfica. No final da época será a altura de crescermos e crescermos significa encontrar alguém que, aproveitando a qualidade daquilo que de bom JJ fez, seja capaz de melhorar onde é óbvio que estamos mal.

    Defendo a saída de JJ e, este ano, havendo oposição credível, votarei contra a continuidade de Vieira. Agradeço a Vieira tudo o que fez pelo clube, mas está na altura, ele próprio, de deixar o Benfica crescer. A golpada estatutária das eleições anteriores restringe os candidatos, mas seguramente o Benfica, enorme como é, será capaz de gerar alternativas que nos façam crescer.

    ResponderEliminar
  6. O 1º impulso de um adepto que não é racional - pensa com o coração mas não com a cabeça - é exigir imediatamente a despedida do treinador e do presidente quando algo corre mal. E de alguns jogadores, também. Sem medir as consequências dos seus desejos e vontades, podemos pensar como é possível pessoas que eram o melhor que havia à face da Terra em 3 semanas possam passar de bestial para besta, de competentes para incompetentes? Como é possível? Será tudo culpa dos acusados ou será antes falta de perspectiva ou de inteligência de quem acusa? Para mim e resposta é óbvia!

    Os que os verdadeiros adeptos do Benfica deviam pensar ANTES DE FALAR era: a quem aproveita as minhas palavras? A quem aproveita as minhas ideias? A quem aproveita as minhas opiniões? Obviamente que não ao Benfica. Então porque criticam sem nexo? Não são adeptos?

    Mas para que isso acontecesse era necessário que esses adeptos fossem inteligentes. Mas não são.
    Portam-se como (alguns) animais irracionais. O meu cão é bem mais sensato. Porque está calado.
    "Silence is Golden".

    PS1. O melhor exemplo é este. O ano passado os adeptos do Benfica não descansaram enquanto não desancaram e arrasaram o Roberto. Com que resultado? O Benfica fez a pior época, dadas as expectativas.
    Este ano o Artur já deu alguns frangos. Agora estão todos calados. Deve ser por terem vergonha na cara?

    NÃO!

    Pois entretanto já escolheram outro bode expiatório: Emerson. (Gaitan e JJ LFV a espaços).

    Hão-de dizer tão mal do Emerson, hão-de queimá-lo tanto que se tornará numa "self-prophecy". E no fim dizem, eu não vos dizia? Nós é que percebemos de futebol, nós é que temos "espírito crítico!". "Nós é que somos o presidente da Xunta!"
    Fazem exactamente o mesmo que a CS. Mas são demasiado estúpidos para o perceber.

    A CS vendida agradece. Pois enquanto os benfiquistas estão ocupados a dizer mal de um jogador, do treinador, do presidente, esquecem-se do que se passa na parte de trás da casa: roubadinhos, como foram no princípio da época passada. EXACTAMENTE A MESMA COISA. Enquanto os benfiquistas estavam ocupados a criticar o Roberto fomos roubados em 3 jogos ficando a 9 pontos. TOPAM O ESQUEMA?

    E o que aconteceu este ano? Críticas e mais críticas ao Emerson (e ao Gaitan) e à "teimosia" do JJ. Um jogo corre mal (Zenit) e o BEnfica é roubado outra vez 3 VEZES!!! E o que fazem os imbecis? Criticam os jogadores (Emerson, Gaitan), o JJ e o LFV. Será que não têm mais ninguém a quem criticar?

    E será que ainda não toparam o esquema? Querem que eu continue e vos faça um desenho?

    Os benfiquistas são a raça de adeptos mais estúpida que eu conheço!! Mas que cambada de carneiros!

    PS2: A nova moda que apareceu há umas horas: atacar o LFV, exigir a sua demissão, apenas porque o pobre do homem apoiou o FG. Como se outra decisão mudasse o rumo da história. Mas haverá gente mais estúpida que estes benfiquistas?

    O IMPORTANTE É DIZER MAL. SE FOR DOS NOSSOS, MELHOR!! É que assim dormimos melhor e os benfiquistas gostam de dormir bem!
    E viva o Benfica!

    ResponderEliminar
  7. Manuel, respeito a tua opinião, mas por acaso tens visto os jogos do Emerson este ano? Por acaso também já reparaste onde temos sofrido 90% dos nossos golos? Eu dou uma ajuda, lado esquerdo, quem joga do lado esquerdo?Emerson, quem o mete a jogar? Jesus...
    Acho que está tudo dito, por mais que possamos defender os jogadores do benfica, o Emerson simplesmente não tem qualidade para envergar aquela camisola. Sinceramente gostaria de saber quem foram os olheiros a recomendar esta triste contratação, pior ainda, é a insistência no mesmo erro, com um campeão Europeu e Mundial sempre na bancada. Será que o emerson é assim tão bom aos olhos do Jesus que não consegue ver onde a maioria dos nossos adversários apostam quando jogam contra nós? E depois refugia-se em foras-de-jogo não assinalados? O fiscal errou e bem, mas o Jesus erra, como é teimoso mantém o seu erro e nunca admite que erra...e assim lá se vai mais um campeonato, o Jesus conseguiu ser pior que o Vitor Pereira, está tudo dito.

    ResponderEliminar
  8. Ó Luis, caga no Emerson. O problema do Benfica não é o Emerson. Antes do Emerson era outro qualquer. O ano passado por acaso era o Roberto. E nos outros anos era outro qualquer. O Benfica perdia muito antes do Emerson. Quem olha para o Emerson é como o cego que só vê a árvore mas não consegue ver a floresta, isto é, não consegue tem uma visão de conjunto da realidade. Olha para a ponta dos dedos em vez de olhar para o céu. Míopes!!! O problema do Benfica está num nível completamente diferente! E o problema dos benfiquistas é que são estúpidos!

    O JJ é teimoso? Como é que sabes? Conheces o tipo, por acaso? Isso é outro chavão, outro cliché! Alguém começou a dizer isso e como ele não faz o que os outros acham mas segue a sua cabeça, e muito bem, digo eu, chamam-lhe teimoso! Teimosos são as mulas benfiquistas que insistem sempre na mesma tecla estúpida! Deixem o homem em paz a fazer o seu trabalho!

    Se ele coloca o Emerson é porque acha que o Cap não serve. E eu concordo! Mas alguém de bom senso pensa que ele o faz de propósito para prejudicar o clube? Mas que gente mais estúpida! Eu estou a cagar-me para o currículo do Cap. O cemitério está cheio de gente com muito currículo!
    Se não gostam comam menos, mas não critiquem!

    E não percebem que os jornalistas anti benfiquistas, que são a grande maioria, aproveitam a embalagem e manipulam tudo o que mexe? Há muitas maneiras de manipular e uma delas é cavalgar e ampliar as imbecilidades que os adeptos benfiquistas deixam por tudo o que é sítio na "broncolândia" benfiquista.

    ResponderEliminar
  9. Caro Manuel,

    Respeito a opinião dos outros e tenho respeito suficiente por eles, pelo menos aqui no Religião, para não os qualificar por pensarem diferente. Se não o fizesse, podia usar termos e tons semelhantes aos que foram usados no teu comentário.

    Podemos defender sempre o status quo, seja porque razão for. Eu, para seguidismos cegos, não dou esmola. Por outro lado, na opinião que teno, há uma constatação - com JJ perdemos 2 em 3 campeonatos possíveis, sendo que os adversários directos ganharam na Luz onde, aliás, a Direção teve um comportamento que envergonhou a história do Benfica, ao portar-se ao nível dos corruptos, aquando da derrota do ano passado. Este ano, JJ, por via da sua gestão do plantel, que já critiquei no passado, conseguiu desperdiçar 8 pontos em 3 jogos. Como diz, muito bem, o Hugo, olha-se para a equipa e temos o quê, ao fim de 3 anos? Uma boa equipa, sim, seguramente, mas uma que não tem estofo nem o conseguiu à custa de trabalho sério para, por exemplo, controlar um jogo, segurar a bola, fazer o adversário correr atrás dela e não se expor ao risco. Este ano, nalguns momentos, parecia que a equipa tinha melhorado nesse aspecto (o jogo na Suiça, com o Basileia), mas com um adversário mais fraco do que o costume, mas o adversário que contava, foi incapaz de o fazer. Essa incapacidade não surpreendeu e houve erros que foram a repetição do que aconteceu em vários jogos deste ano, interpretados pelos mesmos actores (Gaitán, Emerson).

    Esta incapacidade de evolução sob o comando de JJ leva-me a pensar que, com ele, não vamos mais longe do que isto e isto é pouco para o Benfica. Com sorte, lá ganhamos a Taça de Liga, isto se os do costume não nos humilharem em nossa casa, novamente!

    Com Vieira, a história é diferente. Reconheço mérito em muito do trabalho realizado, mas desportivamente o sucesso foi episódico e os custos elevados. Ainda recentemente assistimos a aquisições um tanto inexplicáveis para a equipa B e na A há lacunas mais que óbvias.

    Não defendo que LFV se demita. O mandato deve chegar ao fim. Quando chegar, não terá o meu voto, se a encenação que faz sempre acabar, como sempre, com a recandidatura. São muitos anos e a mudança é precisa. Ninguém é indispensável e acima de tudo, só mesmo o Benfica.

    As opiniões que expresso, na minha modesta insignificância, só têm como propósito contribuir para um Benfica mais forte. Faço-o na gloriosa tradição democrática do nosso clube, paradigma de liberdade, mesmo num país que não a tinha. Certamente não quererás negar aos outros a própria liberdade que exerces, até porque no meu caso o faço com um respeito pela liberdade dos que pensam diferente.

    Viva o Benfica!

    ResponderEliminar
  10. Bom dia,

    Quando não conseguimos olhar para dentro e perceber o que se passa, então estamos no caminho errado.

    Quando não conseguimos ter análise crítica, identificar os erros, corrigi-los e passar ao próximo patamar, nunca conseguiremos ser uma organização vencedora.

    Esta teoria de que não se pode criticar ninguém, não passa disso mesmo: de uma teoria. Errada, por sinal, e que tem como fundamento, a máxima "pode ser que se não falarmos em nada, nem criticarmos ninguém, nem responsabilizarmos as pessoas pelos seus erros, o problema se resolva por si só".

    Não alinho em carneiradas. Se não estou de acordo, digo. Se não reconheço competência a alguém, identifico-o. Temos pena, mas a democracia é assim mesmo. Permite às pessoas exprimirem as suas opiniões. E o Benfica foi, ao longo dos seus 108 anos de história um exemplo de democracia, mesmo quando o país vivia subjugado a um regime que o castrava.

    Nem precisamos de insultar ninguém para ter razão. Aliás, quando se insulta perde-se a razão.

    Por isso digo-o, RACIONALMENTE, o Emerson não tem capacidade para jogar no Benfica. É um tipo a quem reconheço profissionalismo, empenho, dedicação, mas é limitado, e numa equipa que pretende ganhar tudo, os limitados não podem jogar. Se a solução é o Capdevilla, o Luís Martins, o Zé dos Anzóis, o Hugo ou outro qualquer, já não sei. Mas Emerson não é.

    Gaitan, é um jogador fantástico. Mas tem um problema, que a este nível se paga caro. É displicente. Umas passagens pelo banco ou mesmo não calçar, certamente lhe fariam bem, isto se o jogador tiver amor próprio. Se se estiver a cagar, não aquece nem arrefece.

    JJ é um grande treinador de futebol, e que morre pelos seus ideiais. Mas o que isto tem de positivo quando as coisas correm bem, é letal quando corre mal. Arrasta tudo e todos, com as suas ideias, para o buraco. E sim, a persitência em erros, foi letal para o Benfica o ano passado, como o pode ser este ano. Todos seríamos capazes de encontrar treinadores, politicos, gestores que pelas suas ideias fantásticas mataram projectos de equipas, de sociedades, de empresas, etc.

    A persistência de erros quer em contratações, quer em construções de equipas, quer ainda na gestão dos jogos, foram determinantes para o insucesso em 2010/2011 e podem-no ser em 2011/2012.

    Pode ser que ainda consiguemos ir a tempo de emendar a mão. E se isso acontecer, e espero do fundo do coração que aconteça, rezo para que, quem gere o clube, não se esqueça destas 3 semanas.

    Cumprimentos,

    RS

    ResponderEliminar
  11. Mas a mim não me interessa o Emerson para nada. Se a culpa é do Emerson por que raio é que perdemos o ano passado? Ah, a culpa era do Roberto! Mas este ano sem Roberto, temos o Artur e este já deu alguns frangos que nos custaram pontos. Ver este último jogo em que foram apenas 2!! E não me digam que perdemos com o Zenit por causa do Emerson. Aliás marcámos dois golos, em que um veio de um excelente centro dele. Outro centro excelente foi falhado por infantilidade, ou lentidão, do Cardoso que se marcado passávamos para a frente. Eu tenho boa memória.

    A democracia dá direitos mas também exige RESPONSABILIDADES! E acima de tudo RESPEITO por quem trabalha no clube! E há muito português que não sabe o que isso é. Pensa que por ter direito a falar pode atirar da boca para fora todo o tipo de alarvidades que lhe vem à cabeça. ISSO NÃO É DEMOCRACIA! Isso é IRRESPONSABILIDADE!

    A culpa das derrotas do Benfica está para lá do erro ocasional do jogador ou do equívoco do treinador. As razoes são muito mais profundas do que isso. Claro que aqueles que não entendem isso têm de encontrar alguma razão e batem em quem está mais à mão. Antes era na mulher, no filho, no gato e no cão. Agora como isso dá direito a prisão, batem nos jogadores, nos treinadores em tudo o que mexe para poder aliviar a dor e dormir melhor. Não tenho qualquer simpatia por gente dessa. Desprezo-os!!

    Como se aqueles que trabalha dentro do clube fosse gente desmiolada e ignorante, que não percebesse nada do que faz e deviam dar antes ouvidos àquilo que os adeptos dizem. Aqueles a quem eu chamo IRRESPONSÁVEIS!

    Mas agora o clube é dirigido de fora para dentro? O Benfica é a República das Bananas?

    Quando há adeptos que exigem dos outros o que não conseguem exigir de si próprios estamos conversados. Exigir que os treinadores e jogadores NUNCA se enganem não é realista. É próprio de gente demente.

    PS. Prefiro insultar "adeptos" que insultam representantes do Benfica (o chamado direito à palavra ou "democracia" à portuguesa) do que insultar jogadores ou treinadores do Benfica. O que nunca farei.
    Sabem porquê? Porque sou adepto do Benfica. Mas não tenho qualquer problema em insultar outros clubes.

    ResponderEliminar
  12. lol.Deixemos então as coisas como estão e contentemos com o que temos... É preciso é que querer mais e melhorar.Se para isso é preciso prescindir de Emerson,Gaitan e JJ que seja.A não ser que tambem já haja um JJ Forever entre os adeptos.Felizmente que ninguem se lembrou de tal na era Artur Jorge.

    ResponderEliminar