sexta-feira, 30 de março de 2012

Ética

O Veiga é um dos grandes «ses» na história do futebol português, e garanto que vai ser um tema à ribalta dentro de dois/três anos, porque tem tudo a ver com o que será o grande tema do Benfica nos próximos tempos.



O Benfica teria conseguido dar a volta por cima se o Veiga tivesse ficado como director-desportivo durante cinco anos?

O Benfica teria sobrevivido se…?

QUE Benfica teria existiria se..?



Há uma questão que é importante, e que não deve ser confundida: o facto de se declarar guerra não quer dizer que a única forma de fazer a guerra seja à bruta e sem plano, a pensar apenas no próximo jogo, ou no próximo campeonato.

Todos os países de sucesso no mundo, todas as empresas de sucesso, têm um departamento de estratégia. Ninguém vai para a caça de fisga. Ninguém vai para uma batalha sem saber o que está para lá do campo de batalha. Ninguém vai para a guerra sem pensar no dia a seguir à guerra, e no que fica depois dela. Se a tua vida depois da guerra depende da terra que tem de ser cultivada, vais envenenar a terra (que será tua) para vencer essa guerra? Qual é o propósito?

O caso do Veiga é muito complexo. Não se entende com simplismos. Foi um acto de grande atrevimento por parte do Vieira, talvez a jogada mais ousada em toda a história do futebol português (se calhar mesmo a mais desesperada). Nunca como então o futebol português esteve à beira da guerra total, e as repercussões da guerra total são sempre imprevisíveis. A guerra, dizia alguém, sabe-se sempre como começa, mas nunca se sabe como vai acabar.

Na minha opinião, o atrevimento de Vieira, enquanto atitude, foi muito positivo. Foi o verdadeiro grito de revolta do Benfica. O que faltou, em todos os momentos dessa revolta, foi pensamento a longo prazo, plano, limites de actuação, capacidade de mobilização – enfim, numa palavra, estratégia.

O que estava ali em causa era o «ganhar agora, abrir brechas na estrutura deles, e esperar que caiam». Não se pode dizer que não tenha havido resultados: o Benfica foi campeão. Mas o que é aconteceu? Dois anos depois, estava mais fraco do que antes do Veiga entrar. Porquê? Porque havia vontade, havia força, mas não havia plano.

Isso deveria servir de lição a toda a gente. O sucesso não atrai mais sucesso se as condições do sucesso forem meramente conjunturais em vez de estruturais.

O que se passa no Benfica desta época é, noutra dimensão, parecido. O Benfica pode ganhar este campeonato, mas o que o levaria a ganhar este campeonato seria estruturalmente suficiente para manter o nível competitivo nos próximos anos? Em termos meramente desportivos, assumo que não me parece, e também assumo que não gosto de ver equipas a inverterem a ordem natural do trabalho, ou seja, a esperar que a qualidade melhore o trabalho em vez de esperar que o trabalho melhore a qualidade. Esta última é, eticamente, a regra de ouro.

A grande batalha que espera o Benfica, nos próximos anos, é uma batalha ética – num sentido muito lato deste conceito.

Não é apenas ética no sentido da moral, do agir bem e pelo bem. É ética enquanto forma de vida. A ética do trabalho. Dentro de um ou dois anos, quando o Benfica tiver recuperado a estabilidade financeira e já não se encontrar motivo para o Porto continuar a ser superior, a questão vai dar aí. «Porque é que ainda não ganhamos?», perguntar-se-á. Porque eles dão mais importância ao trabalho, acabará por se concluir. É uma forma de encarar a vida. É falso que «no Porto é que se trabalha» - é uma ideia feita na primeira metade do século XIX, no auge do liberalismo portuense, amplamente desmentida posteriormente pelos factos económicos do país, apesar de se continuar a alimentar o mito. Mas é verdade – e daí o mito não morrer, por ter um fundo de verdade – que no Porto se dá mais importância ao trabalho como factor do sucesso (o que é muito diferente de se dizer que se trabalha mais). No Porto não se trabalha mais que em Lisboa, mas há uma ética em relação ao trabalho que é diferente, mais convicta. Aceita-se melhor o valor do trabalho. E isso reflecte-se no seu clube mais representativo, que tem uma grande ligação cultural à cidade.

Para conseguir traduzir a sua superioridade económica e ideológica em relação ao Porto em bons resultados desportivos, de forma continuada, o Benfica terá ainda de fazer essa revolução, que é uma revolução cultural. Não se assustem, não terá de haver uma Grande Purga, como na China de Mao, mas irá doer, sobretudo porque há, desde há cerca de 30 anos, desde a primeira eleição de João Santos, uma cultura burguesa (num sentido pejorativo) instalada no Benfica. Nessa nova cultura o valor acrescentado passou a ser comprado, e não trabalhado. Essa foi a semente do pecado no Benfica. A sua ética de trabalho foi sucessivamente sendo coberta por soluções fáceis, umas por cima das outras, erros tentando tapar outros erros, sucessivamente mais caros, e com isso essa ética operária que fez do Benfica um caso único a nível europeu ficou enterrada tão fundo que, hoje, milhões de benfiquistas passaram uma vida inteira sem a conhecer. Eu próprio, aos 38 anos, só sei que ela existiu porque tive o privilégio de ainda sentir os seus resquícios, já nos anos 80. Foi o suficiente, contudo, para perceber a diferença do que se seguiu. Mas também demorei uns bons dez anos a percebê-la. Antes disso, quis matar várias pessoas, entre Pintos e Silvanos. E ainda me ferve a barriga. (Ainda hoje, se dissesse que não desejo a morte a ninguém, estaria a mentir, mas chiiiiu...)

Porque é que eu me revolto e, ao mesmo tempo, me assusto quando vejo benfiquistas a recorrerem sucessivamente às arbitragens para apaziguar frustrações, e a contaminar os mais novos? Não é por o Benfica não ter sofrido com a total degeneração do sistema pelo Porto – porque sofreu. É, sim, porque essa explicação, mesmo explicando alguma coisa, não só não soluciona coisa nenhuma como se encontra no extremo exactamente oposto à verdadeira solução. Há duas hipóteses: ou uma pessoa se queixa, ou uma pessoa trabalha. É tão simples como isto. E é fácil reconhecer um perdedor: é o que se está a queixar. E se ainda não perdeu vai perder, mais tarde ou mais cedo. Pôr de lado a questão dos árbitros – quer chegue ao ponto de os controlar ou não – é um passo crucial (eu diria mesmo que poderia ser o próximo grande passo civilizacional no futebol português) na reafirmação do Benfica. E o clube que o conseguir vai ganhar vantagem sobre todos os outros. Benfica e Sporting têm maiores possibilidades de o conseguirem, porque o Porto está demasiado vinculado ao sistema e muito dificilmente o largará. Essa é o verdadeiro campo de luta pel liderança futura do futebol português. O primero a chegar à posição mais elevada terá vantagem.

Mas essa é uma mentalidade que não vai ser fácil erradicar. Só temo que, enquanto benfiquista, tenhamos ainda de vir a sofrer bastante até que esses chorões mais radicais percebam, finalmente, que lamúrias não pagam dívidas, por mais que doa o dói-dói.

Voltando ao ponto da estratégia, quando eu digo que devemos saber jogar com as regras que estão em campo não estou a dizer que devemos jogar sem regras. Jogar com as regras não é jogar sem noção dos limites, sem noção dos objectivos, de até onde se pode ir, do que se faz e porquê.

Ganhar controlo sobre a arbitragem? Se é isso que está em causa, se é isso que é preciso fazer, sim. Claro que sim. Mas para quê? E em que condições? Para fazer o mesmo que o Porto, usando o controlo sobre a arbitragem para destruir a concorrência em vez de salvar o futebol? Isso seria desastroso para o Benfica, porque atiraria o futebol português para a miséria, e o Benfica vive do futebol português. Mesmo na guerra, há ética. Usar tudo o que se tem para ganhar a guerra? Sim. Sem pensar no pós-guerra? Não. Benfica, Porto e Sporting são potências nucleares em Portugal. Se enveredarem na guerra total, essa guerra será exterminadora do futebol tal como o conhecemos. E o seu apodrecimento durará muitos anos, connosco a sentir o cheiro. O meu filho já gosta mais do Barcelona que do Benfica. Porque não? Faz ele muito bem. Sou eu que lhe vou dizer que tem de ser dos nossos, sabendo que os nossos vivem enterrados em merda até ao pescoço, e que ela chega de todos os lados? Meu rico filho. Espere que se dedique à escalada.

Daqui a dois ou três anos o Veiga será, finalmente, útil ao Benfica porque exemplificará a diferença entre o querer ganhar e o saber ganhar, em termos éticos. O como ganhar. Será muito útil quando os benfiquistas, tendo todas as condições reunidas para ganhar, tiverem de decidir o que querem para o seu clube.

A minha questão actual, no Benfica, é apenas esta: há plano?

Atenção: «ganhar» não é um plano. É o mesmo que dizer que o Benfica jogou bem porque marcou um golo no último minuto ou que jogou mal porque nesse remate a bola foi à barra, mesmo tendo jogado o jogo exactamente da mesma forma até ao golo. Isso não é nada. Isso são pategos a falar na net. Os pategos não fazem planos, limitam-se a cumpri-los. «A nossa estratégia passa por ganhar o jogo», dizem os grunhos da bola. É o cúmulo da grunhice. Uma estratégia é um caminho, não o destino. Não começa no fim, começa no princípio.

No Benfica, antes da acção, tem de haver estratégia. Ganhar, sim, mas isso não é estratégia, é objectivo. Estratégia é: ganhar como, até quando antes de reformular o plano, dentro que parâmetros, consumindo que recursos, defendendo que prioridades, para atingir que tipo de cenário após a vitória, procurando o quê depois de ela ser alcançada?

Se houver isso no Benfica, não há nenhum problema. Mesmo perdendo, há tino. Há bússola. Perde-se mas não se fica perdido. Winston Churchill definiu o sucesso como «a capacidade de passar de um fracasso para o fracasso seguinte sem perder o entusiasmo.»

17 comentários:

  1. Estou 100% de acordo com este post. Em tudo. Algumas frases até parecem tiradas de conversas minhas.

    Anda por esses blogs uma onda de indignação dos benfiquistas que acham que o Vieira devia refilar mais por causa das arbitragens, porque só assim vamos deixar de ser roubados. Já eu ando satisfeitíssimo com o silêncio do Vieira e não tenho saudades nenhumas das intervenções dele! O futebol é uma guerra. Ora nas guerras ninguém se põe a queixar de nada nem ninguém. Fazem-se é paradas com os militares para mostrar uma força e confiança que na realidade nem se tem! O Benfica tem é de trabalhar mais e melhor, de forma a responder com boas exibições e vontade de vencer áqueles que nos querem prejudicar via árbitros. E mai nada.

    Agora não nos podemos esquecer de um aspecto. A dita "ética" do trabalho do Porto tem raízes no ódio que eles têm ao Benfica. Ora uma das coisas que destingue o Benfica dos outros é a ausência desse sentimento negativo, portanto nunca poderíamos ir por aí. Trabalhar com a ideia de ser "melhor que aquele" é bem mais fácil do que trabalhar para ser "o melhor", apesar de uma coisa poder levar à outra. Por isso é que eu sou pessimista e acho que, se um dia voltarmos a ser os melhores, não vai ser por causa do nosso progresso mas sim pela queda do Porto. Não é que seja mau, mas preferia a primeira hipótese.

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  2. Hugo para presidente!

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  3. Há uns poucos dias defendeste que se os árbitros sao corruptos nao temos que nos lamentar mas sim perguntar-lues quanto custam. Ou seja, fazer o mesmo que o Porto. Agora, dizes que isso destruiria o futebol português pois seria usar o controlo da arbitragem destruir a concorrência e nao para salvar o futebol português. Como é que isso se faz?

    Logo a seguir dizes que o Benfica vive do futebol português. Nao será o contrário? Esta relação de simbiose imperfeita (parasitismo, na verdade) que tem por base a inveja, o ódio, e a ambição desmesurada de alguns clubes tendo em conta a sua grandeza (ou antes, falta dela) é que faz com que a Malta de cague pro futebol (português) e se dedique à escalada...

    Agora falas da China de Mao... Se me permites, o que fazes da vida para alem deste grande blog?

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    1. Sim, ganhar o jogo da corrupção se isso for o necessário, se for essa a regra do jogo. Mas não para montar uma nova máfia: para destruir a máfia que está instalada. A máfia actual vive, em grande parte, do sistema. É preciso subverter o sistema. Ser melhor do que eles com as suas armas, se isso for o que é preciso fazer. Mas no dia em que o sistema cair, dizer: «Vamos fazer um campeonato como deve de ser? Vamos fazer disto uma coisa a sério? Vamos arranjar aqui uma caldeirada tal que os nossos Ronaldos e os nossos Mourinhos queiram ficar por cá mais uns anos e melhorar profissionalmente aqui, sem terem de ir para o estrangeiro?»
      O pecado não está ter o poder: está em como se o usa.
      «Isto é impossível, é utópico, se o Benfica passasse a dominar o sistema jamais abriria mão desse poder», podem dizer-me. É um argumento forte. Mas não é utópico. Difícil, sim, utópico, não.

      O Benfica não está acima do futebol português, e vemos o que acontecte quando um clube (o Porto) queima o terreno de que vive (o futebol português) para chegar ao sucesso: miséria ética, infelicidade, degradação em todos os sentidos. O futebol português é um pântano, em que quase nada é saudável, por causa do uso que o seu líder durante os últimos 30 anos fez dele.

      Em relação ao resto, sou o gajo mais banal que podes ver na rua. Conduzo um táxi em Lisboa (o que me qualifica automaticamente para ser benfiquista) e tive uma segunda oportunidade para estudar Ciência Política na faculdade, que aproveitei. Tirando isso, sou um teso de primeira. Como tal, só posso ser candidato à presidência do clube de sueca cá do bairro. E chega.

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    2. Temos um tipo como o Hugo a conduzir taxis e um tipo como o José Manuel Coelho no Parlamento. Cet la vie...

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    3. O mérito e o valor das pessoas não está no dinheiro que têm mas nas ideias que possuem e de como as usam. Frase banal, mas verdadeira.

      Num país em que o mérito é premiado - em Portugal (o país da cunha e do tráfico de influências) não é - chega-se muito longe. LFV é uma excepção que confirma a regra. Por isso há muita gente - benfiquistas, sobretudo - que não gosta dele (a inveja, outra característica dos portugueses).

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    4. Um outro mau hábito é esta generalização - os portugueses são invejosos, logo é por isso que dizem mal de um personagem acima da crítica, qualquer que ele seja - neste caso é LFV.
      Num país decente, LFV teria o cuidado de separar os seus negócios da actividade do Benfica, quanto mais não fosse por uma questão de salvaguardar o Benfica da suspeição que sempre resulta quando as coisas não são totalmente transparentes. É lamentável que pareça que o presidente do Benfica não actua em relação às muitas coisas que acontecem a cada visita a Braga porque o afilhado de corrupto que preside ao Braga é sócio de LFV ou teve com ele negócios em que foram "parceiros".

      A minha opinião pessoal é que de os piores exemplos vêm de cima. Quando os líderes dão a pior imagem possível, desde a política ao desporto, o que esperar do comportamento das massas?

      Hugo, os maiores votos de sucesso na Ciência Política. Basta ler o blog para perceber uma aoptidão "natural" para o assunto.

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    5. " a suspeição que sempre resulta quando as coisas não são totalmente transparentes", vem acima de tudo das mentes e da imaginação dos adeptos. Ou melhor, de alguns pessoas que gostam de lançar suspeitas sobre pessoas que não conhecem, sobre assuntos que desconhecem totalmente. Isso é que é grave e é próprio de gente mesquinha e pequena. Característica também muito própria dos portugueses. Claro que é uma generalização, mas é verdade, e apenas enfia a carapuça quem quer.

      Para quem não conhece Eça de Queiróz, aconselho os leitores a lê-lo, pois ele já disse exactamente o mesmo há mais de 100 anos. Infelizmente nada mudou durante esse tempo.

      Quanto ao comportamento das massas, digo apenas que os povos têm os líderes que merecem. Portugal tem líderes medíocres? Tem! O povo português tem apenas os líderes que merece!

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    6. O mundo é perfeito, a gestão impecável, os líderes honestos, e o Benfica ganha como nos períodos mais gloriosos da sua história. A única mancha neste cenário idílico são os adeptos, esses tansos, que pagam como nenhuns outros no país, para ver a equipa que representa o clube que adoram, mas que têm a desfaçatez de pensar pelas suas cabeças, e de não se arrojar ao solo em sinal de eterno agradecimento aos grandes líderes que tantas alegrias têm dado as ingratos adeptos Benfiquistas.

      Ao contrário do país, com esta iluminada e esclarecida liderança, os Benfiquistas têm de ser bons. Manuel dixit e ele é uma autoridade na avaliação do que é ser bom Benfiquista!

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    7. O Eça é um génio. Estou agora no "Primo Basílio", mas estou aberto a sugestões para a próxima leitura!

      Manel e Rui- aquela "amizade"...

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    8. Féher, eu tenho a obra toda dele e já a li duas vezes. Sim é um génio! E ensina muito a quem acha que conhece a realidade do país e a idiossincrasia do português.
      Ele disse isto há mais de 100 anos:

      "É extraordinário! Neste abençoado país todos os políticos têm "imenso talento"... De resto todo o mundo concorda que o país é uma choldra. E resulta portanto este facto supra cómico: um país governado com "imenso talento", que é de todos na Europa, segundo consenso unânime, o mais estupidamente governado! Eu proponho isto, a ver: que, como os talentos sempre falham, se experimentem uma vez os imbecis!".

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    9. O Eça, é um génio, de facto, mas é um génio da província. Se não fosse provinciano teria sido capaz de perceber - até por ter vivido na bela Paris durante tanto tempo - que os políticos portugueses não são piores que os franceses só por serem portugueses: ele é que os faz piores por serem portugueses, e por não conseguir tirar a província de dentro da sua própria cabeça.
      Não há diferença entre os imbecis, os políticos e os estadistas portugueses e franceses. O que há é outro mundo e outro tempo para cada um deles.
      Fosse o Eça tão bom cidadão do mundo como escritor e teria conseguido ver para além do país do seu preconceito.
      E se tivesse escrito em francês e sobre franceses certamente teria tido, ele próprio, direito a outro mundo que não apenas o do reconhecimento póstumo no quintal à beira-mar plantado. Muito mais matéria e muita mais clientela teria.
      Triste, triste, é termos hoje tantos políticos e politólogos a olhar para o Eça como ícone. Provinciano por provinciano, preferia que olhassem para Salazar. É a diferença entre um tribuno e um estadista. E sim, é precisamente para poder argumentar contra as imprecações que afirmações deste teor provocam que estudo Ciência Política. Venham elas, se quiserem.

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    10. O Eça não viveu apenas em Paris, Hugo. Viveu em Inglaterra durante ainda mais tempo. Daí o seu humor fino e tão anglo-saxónico! O seu ponto forte, na minha opinião! E não o acho campónio, não! E ele tinha, e tem, razão, infelizmente, por muito que nos custe!

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    11. Sou mais um Pessoano.
      Menos prosa, mais poema.
      E ainda por cima era uma data deles ao mesmo tempo...

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    12. Provinciano... Logo, regionalista...
      Regionalista...
      Onde é que eu já vi isto antes?!

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  4. O que destaco deste post é a forma de vida ou cultura que tem de ser instalada.Isso tem que ser feito a partir dos escalões mais novos até a equipa principal.Tem que haver uma unica filosofia no clube assenta em trabalho e esforço.A longo prazo permitiria uma mais facil integração dos juniores na equipa principal.Porque se assim não for,sendo que a situação economica dos clubes é terrivel e como tal nada favoravel para a compra de paletes de jogadores,de pouco interessa ter os miudos no centro de formação.Ajax e principalmente o Barça descobriram a simbiose perfeita entre formação,cultura e forma de vida.Resta-nos a nós encontrar esse caminho.Ir pelo outro,o do ódio e da trafulhice,é mais rápido mas deixaria marcas no futuro.Penso eu de que...

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  5. não és o primeiro iluminado que conheço que conduz taxis!
    entretanto vai ano e tal deste post e o veiga apareceu a dar o seu bitaite...

    - Pedro

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