domingo, 11 de março de 2012

Mata surreal

O que teria uma equipa madura e completa feito hoje na Mata Real?

Teria aproveitado o momento do jogo em que o adversário lhe permitiu ganhá-lo, ou seja, os primeiros 25 minutos, em que, graças à capacidade de Saviola e Bruno César jogarem entre linhas, teve tempo e espaço para marcar não um mas vários golos. Porquê uma equipa madura? Porque só uma equipa madura consegue ver o jogo tal como ele está a decorrer, e não como ele deveria decorrer, e porque só uma equipa madura, vendo as condições em que este jogo estava a ser jogado, perceberia que, mais do que atacar em velocidade, teria sido eficiente jogar com um pouco mais de calma e resolver as coisas tecnicamente, acertando bem os passes, chegando ao remate em boas condições. Uma equipa madura, com cabecinha, teria tido não cinco ou seis oportunidades nesses 25 minutos mas uma ou duas, e numa delas teria feito o golo. É uma questão simples de cérebro ou falta dele.

Teria, no caso de isso não ter resultado, percebido que, após os primeiros 5 minutos da segunda parte, teria de gastar outros 5 minutos a recolocar o jogo nas condições que lhe permitissem a vitória. Fez exactamente o contrário. Entrou numa corrida a pé com o Paços de Ferreira, perdendo a vantagem técnica que teria SE soubesse adoptar uma estratégia que lhe permitisse colocar a contenda nesses termos.

Após o 2-1, com o jogo completamente aberto, teria procurado situações de futebol apoiado – pelo menos 3 jogadores num quadrado imaginário com 5 metros de lado, com bola no pé, de maneira a poder pressionar imediatamente a bola se a perdesse – e procurando o contacto para provocar a falta. A precisar de marcar, o mais importante para uma equipa é como tratar da bola. A precisar de defender, o mais importante é como tratar o espaço. Passa a ser um jogo territorial. Porque nem se marca golos sem bola nem se sofre golos de baliza a baliza. O Benfica continuou a jogar como se estivesse empatado, na correria.

Após a expulsão, acabou o jogo. Permitir o empate nessa situação, frente a uma equipa inevitavelmente cansada e desmoralizada, teria sido o cúmulo da estupidez. Caraças, quanto mais não fosse permitir um remate teria sido idiota. E o que é que o Benfica faz?
Faltas. Abriu ao Paços a única porta que poderia ter para marcar um golo, dando-lhe a vantagem territorial. Pobre.

Fintas em vez de passes, maus controlos de bola, más opções, jogadores que não aparecem para receber a bola quando são precisos, jogadores a ocupar os espaços de outros, incapacidade de manter uma linha de jogo coerente, sobretudo na primeira parte. Alguma coisa de novo em relação ao que se passava em Outubro? Só o resultado. Mas o resultado não é causa, é consequência. E analisar o jogo considerando o resultado é o erro que faz com que, mais tarde, o resultado também não venha.

A coisa acabou bem? Acabou perfeitamente. Há algum benfiquista que não esteja contente? Não. Podia ter acabado de maneira muito diferente? Sem dúvida. Pode sempre, claro, mesmo quando se faz tudo bem feito. Mas hoje podia MESMO. Bastava ter entrado aquela do Melgarejo, aquela do Michel, etc, etc, etc.

Se perguntarem ao Jesus, ou a qualquer benfiquista mais aliviado, como é o Benfica ganhou, hoje, um jogo que aos 60 minutos estava perdido, todos terão uma resposta para dar. Mas é mentira. Ninguém sabe. Hoje, houve pequeno milagre, não só pela forma como aconteceu como pelo momento em que aconteceu.


Notas finais:

- vendo Capdevilla a jogar, é pura fantasia ter Emerson a titular do Benfica. O que Capdevilla poderá, eventualmente, não ter em resistência física, compensa largamente na abordagem ao jogo. Não há aflição quando tem a bola nos pés, não compromete a equipa com opções idiotas, sabe o que fazer, sabe quando o pode fazer, e não parece ter a ilusão de Emerson em ser Roberto Carlos, algo que teria evitado muitos dissabores ao Benfica ao longo da época. Jesus vai voltar a pôr Emerson na próxima jornada. E voltará a fazer mal. Capdevilla, um defesa-esquerdo mediano, é, ainda assim, o melhor defesa-esquerdo do Benfica.

- Jardel, com bola, é um risco permanente. Como Emerson. O melhor defesa que já conheci foi o Zidane. Porquê? Porque dali ela só saía com bom destino.

- não comecem já a ter orgasmos como Melgarejo. Melgarejo tem jogado com frequência, está com a pedalada toda, tem uma equipa a jogar para ele, em contra-ataque, com espaço, e não tem absolutamente pressão nenhuma em cima. Este não é o Melgarejo do Benfica. O Melgarejo do Benfica teria uma oportunidade de três em três semanas para jogar, durante 20 ou 30 minutos. Não teria ritmo de jogo, pelo que tudo o que dependesse da sua velocidade (que é a base do seu jogo) ficaria muito afectado, e teria de ser pelos fundamentos que ele ganharia um lugar na equipa. Jogaria sempre com pouco espaço. E teria uma tonelada de pressão em cima, porque no Benfica ninguém lhe iria pagar para atirar bolas ao poste mas para marcar golos e ganhar jogos.

- o Nélson Oliveira continua a pensar que a forma de marcar golos é atirar-se para o chão. Ridículo. Multinha por cada mergulho, que aprende logo, porque ou ninguém lhe explica ou, se alguém explica, ele não entende.

- ver o Cardozo a pedir centros para a área, a jogar contra nove, a dois minutos do fim e a ganhar por 2-1, define a inteligência e a concentração de um jogador no objectivo colectivo. Qual é a palavra, mesmo? Ah, sim. Ridículo.


Última palavra: será… a estrelinha?

23 comentários:

  1. Foi estrelinha.Possa,o Benfica jogou como se estivesse a fazer treino de atletismo.Minha nossa,estou a começar a ficar farto do JJ.Realmente este gfp não põe o Capdevilla puramente por birrinha,coisa que eu sempre suspeitei.

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  2. Capdevilla não tem a capacidade de correr do Emerson e de atacar mas compensa pelo posicionamento,sobretudo a defender.E com isto não se nota tanto a pouca vontade en defender e recuperar a bola de jogadores como Nolito ou Gaitan.Quanto ao Nelson caí no erro que é o futebol Portugûes,na época passada deveria ter rodado em Inglaterra nem que fosse na 2ª.Mas como JJ diz:Há que ter calma com o rapaz.
    Quanto ao fio de jogo da equipa é sempre a mesma coisa.Sem Aimar e a espaços Witsel não há nada.Futebol no chão,tabelas, triangulações é coisa estranha para esta equipa que só gosta de fazer piques dentro de campo.
    Mas no final estamos todos contentes pela vitória pois volta a dar animo.
    Maxi teve uma paragem cerebral ao fazer aquela falta!
    Mesmo que conseguimos o titulo será importante rever os erros cometidos e as lacunas da equipa na construção de jogo.Espero que um hipotético titulo não nos cega em relação a isso.

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  3. O golo do Paços foi erro do Capdevilla, ele chega atrasado. Aquela corrida com o jogador do Paços ele só não chegou por falta de pernas, ele sabia que ia ser decisivo no decorrer do lance, tal como foi.
    Não tem corrida a defender é o que me parece. No que um tem técnica, o outro não tem resistência e corrida.

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  4. Qualquer defesa, colocado numa situação daquelas, em sprint para defender, pode não chegar a tempo ao sítio certo. Mas parece-me bastante injusto considerá-lo culpado num lance em que é o ataque quem coloca toda a defesa em xeque, ao perder a bola sem qualquer tipo de cobertura. Aconteceu nessa jogada e em mais oito ou nove iguais. É uma imagem de marca da equipa do Benfica. O que eu sei é que não me lembro de nenhuma em que ele tenha tomado uma má opção, e muito menos uma em que tenha resultado uma perda de bola para a equipa. E isso é defender melhor do que andar aos sprints atrás dos avançados. Agora, se a estratégia do Jesus é meter os puros-sangue lá dentro, pôr metade da equipa a atacar e outra metade a correr atrás dos adversários, então aí sim, faz sentido meter o Emerson.
    O problema é que a «estratégia» é mesmo essa…

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    1. Se o Paços tinha atletas no ataque, nós temos de ter atletas na defesa, precisamente foi o que falou no golo deles, quer de um lado quer de outro, pico de velocidade.
      Tirando isso prefiro o Capdevilla 100x mais, creio que este era o tal jogo ideal para o Emerson (jogador normalmnte de banco) saltar para a titularidade, e aconteceu o inverso. Vamos a ver se Cap cola a titular, principalmente nos jogos grandes, contra estas equipas mais pequenas que "comem relva" joguemos com o Emerson.

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    2. A mim faz-me alguma comichão que, com alguns jogadores, o Jesus se predisponha a arriscar tanto,e com outros jogue tanto pelo seguro. Lá está, em alguns casos mais vale cair em graça que ser engraçado. «O Capdevilla não recupera depressa», diz o JJ? OK. Na maior parte das vezes o Emerson nem sequer precisa de recuperar porque a bola nem passa do meio-campo antes de fica para a outra equipa.
      O Emerson, para mim, é o lado para que durmo melhor. Não é impossível ter um defesa-esquerdo assim e ser campeão, desde que a equipa funcione. Agora, fazer do Capdevilla um inválido quando não há nenhuma razão objectiva para isso, só porque o treinador tem uma ilusão na cabeça de que a equipa é uma coisa quando, na verdade, é outra muito diferente, para mim não bate.
      O Capdevilla é melhor jogador de futebol que o Emerson, com 34, 54 ou 74 anos.

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    3. Tens toda a razão, "embicou" com ele, desconhecemos as razões. Estas determinações do Jesus são as suas forças mas também a sua desgraça.
      Espantar-me-ia que mesmo campeão ele permanece nosso treinador.

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  5. O Vitória parece uma equipa de cicloturistas em Alvalade. Pelos vistos o campeonato deles acabou há quinze dias...
    Se bem que eu, se não me pagassem, até autogolos de bicicleta metia.

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  6. Ha razoes para bater no ceguinho, mas ha varias atenuantes que me levam a considerar este post como mais um em que se usam muitas palavras, dizendo muito pouco.

    - O JJ e a direccao do Benfica terao de ser responsabilizados pela falta de opcoes no meio campo e os problemas na lateral esquerda. OK, I get it. Mas temos de analisar as coisas consoante os que la estao, e hoje nao tinhamos Aimar, nem Garay, nem Emerson.

    - Alem disso, temos um Javi Garcia que provavelmente nem devia estar ainda a jogar e que ainda por cima foi condicionado com um amarelo aos 9' por causa de uma falta fantasma.

    - O que nao foi fantasma foram os lances na area do Pacos durante a primeira parte. Comecou com um penalty indiscutivel em que o Jardel 'e agarrado, minutos depois o Saviola foi pontapeado (mas neste caso nao sei se foi dentro da area) e ainda antes do intervalo o BCesar leva amarelo por sofrer penalty - um filme varias vezes visto esta epoca. Absurdo.

    - Contra-atacar muito bem e ter as melhores oortunidades do jogo nao foram as unicas coisas que o Pacos fez. O Pacos tambem passou o jogo todo a dar pau, mas por incrivel que pareca so um jogador (Mitchel) 'e que foi admoestado de acordo com o comportamento que teve em campo. Como o Luisinho e o Luis Carlos chegam ao fim 'e um milagre que devia ser investigado pelo Vaticano.

    Quem nao percebe que o comportamento agressivo (passando incolume) e a arbitragem inenarravel condicionaram o jogo do Benfica tanto como as ausencias, as opcoes, e as outras coisas todas de que se fala amiude neste blog, nunca deve ter jogado futebol a nao ser no recreio. Ou isso, ou 'e do contra.

    Tenho dito.

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    1. Anseio pelo dia em que o Benfica seja claramente melhor que os outros ao ponto de eu poder dizer: «Só não fomos campeões por causa do árbitro.»
      É que eu odeio árbitros. Odeio. Os árbitros portugueses estão-me atravessados no gasganete há décadas. Mas enquanto não sentir que somos melhores, por uma questão de saúde mental e de preservação de amor pelo jogo, não falo sobre árbitros, nem quero saber. Procurar respostas na arbitragem é um erro que o Benfica passou a cometer desde o momento em que o Porto se tornou melhor dentro de campo. E o único resultado que deu foi fazer as coisas piores. Por isso, como não gosto de perder nem tenho feitio de mosca a bater 50 vezes com a cabeça no vidro, tento ignorar os árbitros. Às vezes não consigo.
      Se há corrupção na arbitragem é o mais fácil de resolver: basta saber o preço e comprar. O resto, que não vai lá com soluções microondas, é que é mais difícil.

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    2. Tenho de te dar razao.

      Nem so da corrupcao se faz a o sucesso do FCP e o insucesso do SLB. Repare-se que o Benfica chega a duas finais europeias DEPOIS do Porto ser campeao europeu.

      A historia de corrupcao do FCP e do insucesso do SLB 'e sobretudo uma historia dos anos 90. Por um lado, com o cimentar do trafico de influencias de PC e Valentim, para o que contribuiu e muito os seus reinados na Liga. Por outro lado, 3 presidentes fizeram muito e bem no sentido de arruinar o Benfica.

      No entanto, tomando em consideracao tudo isso, 'e preciso ver que o tal trafico de influencias nao cessou completamente na nova decada. Realmente, o Benfica nao 'e o melhor em campo. Mas as vitorias nossas e derrotas alheias fortalecem-nos e foi isso justamente que ajudou o Porto a consolidar o seu poder.

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  7. Hugo,

    Concordo contigo.

    No que diz respeito ao tema Cap Vs. Emerson, tenho a dizer que só os poderemos comparar em circunstâncias identicas. O Capdevilla de ontem não era um jogador com ritmo de jogo e rotinas. Era um jogador que fez um jogo por mês (com muito boa vontade minha).

    Portanto, quando se compara a capacidade fisica de um e de outro, estamos a falar de momentos de forma desportiva completamente diferente.

    Estou convencido que o Capdevilla com uma sequência de jogos semanal, para além de não cometer erros na posse de bola e na colocação (não os cometeu ontem, porque tem melhores fundamentos que o Emerson - não é por acaso que nos EUA os treinadores de basquetebol, no college e na universidade, perdem horas a ensinar os fundamentos e estão-se a cagar para as jogadas muito elaboradas de 5x5 em meio campo. Basta o passe e corte) também perderia menos lances em velocidade (cometeu-os ontem, precisamente por não ter ritmo de jogo).

    Quanto à gestão do jogo, julgo que o exemplo flagrante é a última substituição do Benfica. Jesus, a jogar contra 9, tira Cardozo e põe Rodrigo. Mensagem para a equipa: agora que eles estão com 9, em vez de gerir a posse de bola, vamos massacrá-los e marcar 5 golos nestes últimos 5 minutos e o Artur está autorizado a ir à grande área adversária nos cantos. Vamos jogar para a frente com muita velocidade mesmo sabendo que numa bola parada, bombeada para a nossa área, podemos levar com uma batata e empatar o jogo.

    É o que se chama pensar com os pés.

    Abraço,
    RS

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    1. "Quanto à gestão do jogo, julgo que o exemplo flagrante é a última substituição do Benfica. Jesus, a jogar contra 9, tira Cardozo e põe Rodrigo. Mensagem para a equipa: agora que eles estão com 9, em vez de gerir a posse de bola, vamos massacrá-los e marcar 5 golos nestes últimos 5 minutos e o Artur está autorizado a ir à grande área adversária nos cantos."

      Isto personifica o espirito do contra dos benfiquistas. Uma equipa que esta com mais dois (MAIS DOIS!) jogadores em campo, faz uma troca por troca e isso 'e suposto fazer passar uma mensagem suicida? Em que planeta?

      Contra 10, o JJ ia tirar o Cardozo e meter o Matic. Porque o Pacos estava desesperado e desenfreado e mais vale prevenir que remediar. Contra 9, preferiu manter a equipa equilibrada, uma vez que, aconteca o que acontecer, o Benfica tera superioridade numerica em qualquer terco do terreno (ou igualdade no caso do ultimo terco).

      Acho bem que se critique, mas com cabeca. Barafustar por barafustar nao leva a lado nenhum.

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    2. Acho que tem razão quando diz "(...)manter a equipa equilibrada". Por isso acho que a entrada do Matic fazia sentido, e que JJ pensou bem quando tomou essa decisão. Só a mudou depois do adversário ficar com 9. A minha opinão (que não vale nada) é que ele devia ter mantido a decisão tomada anteriormente. Nada mais. Não é, de todo, barafustar. É opinar.

      Só não me conhecendo é que pode dizer que sou do contra. Sou tão do contra que, depois de perdermos o jogo com o Porto, fui comprar bilhete para o jogo com o Zenit.

      Um abraço,
      RS

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    3. Em relação à substituição do Cardozo, não me chocou nada. Sou um bocado tradicionalista nesse aspecto, e não gosto de ver treinadores a mudar tácticas com substituições. Como acredito mais na importância do rendimento do jogador para a táctica do que no contrário, prefiro sempre mudar jogador por jogador, sem mudar as posições. É muito mais importante o que os jogadores sabem fazer do que o lugar em que ocupam. A questão aqui, na minha perspectiva, seria antes esta: «O Rodrigo estaria preparado para fazer o que o jogo exigia naquela altura?» O que nos leva à questão realmente central: «Os jogadores do Benfica, de uma forma geral, estão preparados para dançar ao ritmo da música que o jogo exige?» Porque, se estiverem, o resto encaixa. Isso é cultura futebolística.
      Apreensão causou-me a saída do Saviola pelo Nélson Oliveira, Vi a coisa muito mal parada, porque não era poder físico nem velocidade que estava a faltar ao Benfica, mas eficácia e ratice, e o Oliveira, miúdo que é, não é propriamente eficaz, dispersa-se muito. Aqueles primeiros 15 minutos da 2.ª parte pareciam dar-me razão. O Benfica, ofensivamente, não se viu.
      Depois, pelo sortilégio próprio do futebol, talvez por acreditar que podia matar o jogo ante tantas oportunidades, o Paços deu uma aberta ao N. Oliveira, aquela jogada saiu perfeita e o Benfica começou a dar a volta ao jogo. A posteriori, o Jesus fez jackpot. Mas, na altura…
      Eu também, confesso, tenho um fetiche por jogadores com o que costumo chamar QI futebolístico. No Benfica há 3 ou 4 espécimes, o resto é cabeças de periquito. Por isso é que eu sou tão corrosivo, às vezes. De certeza que é defeito meu. Se fosse tudo à minha maneira, provavelmente, o Benfica tinha a melhor equipa de xadrez do mundo… (lol)

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    4. Hugo,

      Assim com QI, lembro-me de repente de Aimar, Witsel, Capdevilla, Saviola e Luisão.

      Concordas?
      RS

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  8. Do ponto de vista pessoal, tenho de concordar com a visão do Hugo. Por um lado, a influência da arbitragem pode ser enorme - um tipo que dá um amarelo a um jogador que foi carregado como foi o Bruno César nem devia poder arbitrar mais, mas é evidente que o nosso sofrimento resulta muito mais das nossas lacunas. Colmatemos essas lacunas e nem um episódico erro de arbitragem nos poderia afastar do campeonato. Com a contínua manifestação das mesmas, estaremos sujeitos à estupidez e incompetência arbitral (o tipo de ontem é simplesmente mau - se estive premeditado, nã teria arrumado com o Paços com as duas expulsões depois, mesmo se no caso do Michel o 2º amarelo é bem mostrado).

    Temos por isso de trabalhar internamente para evitar fragilidades colocadas em maior evidência por erros de árbitros. Desse ponto de vista JJ ou não quer ou não sabe fazer melhor. Creio que sabe, as equipas anteriores de JJ faziam-no muito melhor, mas parece que pensa que no Benfica o que importa é atacar. É esta filosofia que nos pode custar o campeonato. Acho que se não o ganharmos é porque seremos nós a perdê-lo, porque esta equipa dos corruptos é muito mais fraca do que o habitual, embora não tivesse de o ser.

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  9. A questão não são tanto os erros dos árbitros. Toda a gente erra, jogadores, treinadores, os árbitros e fiscais também.

    O que está aqui realmente em causa, que prejudica e afecta psicológicamente os jogadores pois eles sentem-no, são os erros PROPOSITADOS dos árbitros e fiscais.

    Começo com o penalty clamoroso sobre o Aimar em Coimbra, que o árbitro além de não apontar ainda penalizou ou castigou o Aimar por algo que ele não cometeu! E porquê? Para justificar a sua errada decisão! Errou duas vezes!!

    Continuo com o golo em off-side clamoroso de 2 jogadores do Porto que o fiscal NÃO QUIS marcar. Porquê? Porque estava condicionado! Que tipo de condicionamento? Não sei, embora suspeite! Mas que estava, penso que isso é muito claro!

    Ontem o árbitro faz exactamente a mesma coisa. Um penalty descarado sobre o Bruno César, tão descarado que nem era necessário a ajuda do fiscal para o ajuizar! Simplesmente não o quis marcar, marca falta ao contrário castigando o Bruno com amarelo por simulação. Porquê? Para justificar o seu erro! Errando duas vezes!

    Terão sido ordens do fiscal? É possível. Mas o que aconteceu foi que ou o fiscal ou o árbitro decidiram o lance CONDICIONADOS. Isto são factos. Isso afecta os jogadores, quer queiramos quer não.

    Cansa estar sempre a falar dos árbitros? Sem dúvida que sim! Devemos por isso deixar de falar nos erros dos árbitros? Sem dúvida que não! Só um idiota é que se cala apenas porque se cansou de protestar contras as injustiças! Isso é dar razão a quem as comete!

    E não estou de acordo com o Hugo quando ele diz que o Benfica começou a falar dos árbitros quando o Porto nos passou. Isso não é verdade! As queixas contra os árbitros já duram há dezenas de anos! Agora notam-se mais porque há muitos blogues - fenómeno recente - que expressam aquilo que os benfiquistas pensam e sentem! O alarme social bloguista substituiu a CS. E também porque os erros não acabaram, refinaram-se, tendo aumentado a dissimulação dos mesmos!!

    Aconselho o amigo Hugo, se ainda não o leu, a ler o livro do Declan Hill, "Máfia no Futebol".

    Se os árbitros, as manobras de bastidores e a sua influência psicológica não fossem importantes nos resultados do futebol, não haveriam tantas tentativas, nem tanta corrupção!! Facto são factos, não devemos ignorá-los mesmo quando não gostamos deles!

    Também prefiro discutir os lances, as tácticas, os processos, os movimentos, as estratégias, os fundamentos do jogo, as bases do treino, as opções dos treinadores, etc., etc. Tudo isso é muito bonito, mas deixa de o ser e de fazer sentido quando é torpedeado por decisões que colocam as regras fundamentais e básicas do fair-play desportivo fora de jogo. E mais ainda quando existe um sistema criado e planeado para o fazer.

    Ontem, se o árbitro tivesse marcado o penalty sobre o Jardel e sobre o Bruno, como devia ter feito se tivesse seguido as leis do jogo, o Benfica teria ganho por 3 ou 4 golos de diferença e tudo o que se falou aqui sobre os jogadores e o JJ não faria qualquer sentido hoje.

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  10. Aproveito para mostrar o que um delegado da Liga, Manuel Armindo, escreveu no FaceBook tendo sido "suspenso com efeito imediatos, por declarações que violam de forma grosseira os deveres dos delegados".

    "Manuel Armindo
    o Presidente Pinto Costa têm de abrir a boca e falar sem medo. O vieira descascou no
    arbitro e viram o que resultou logo mandaram um arbitro para prejudicar o FCP e agora vamos ficar calados?

    Manuel Armindo
    o observador do jogo vai dar-lhe a nota 2,1 foi tanta asneira que nem sabe por onde
    começar o relatório.....

    Manuel Armindo
    sr.marco ferreira fez o que o benfica lhe pediu esta semana após o aniversário dia 8/3
    e antes de lhe enviar a prenda que seguirá amanhã no avião para a madeira para ele e sergio serrão (auxiliar) Pessima arbritagem dois penaltis por assinalar fora as diversas decisões mal tomadas. O pedido do benfica era amostrar amarelos a Hulk e James assim ficariam receosos para o resto do jogo e só marcou o penalti porque foi clarissimo. "

    Acusações graves, mas falsas!

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  11. Acusações graves e o Benfica tem de reagir.Será que alguem tambem vai receber uma prenda pelo falso amarelo ao Javi que acabou por condiciona-lo durante o jogo?

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  12. É inacreditável que existam abencerragens como este "delegado". São a verdadeira encarnação do sistema, eles e os de negro.

    Isso não invalida que tenhamos de ser mais fortes. Só nos tocam quando somos fracos.

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  13. Que temos de ser sempre e cada vez mais fortes, isso nem sequer se discute!

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  14. Em relação aos árbitros, e aos delegados, e aos guardas Abéis, e aos Lourenços Pintos, ao falecido Adriano Pinto (esse «senhúer») tudo gente que me diz muito, pessoas com quem cresci e que todas as semanas me iam ao bujão, pelas quais tenho grande apreço (sobretudo quando seguirem o dito falecido para o Inferno), podemos fazer o seguinte, para tornar a coisa interessante: depois do campeonato acabar, ganhe quem ganhar, marcamos uma sessão de psctrapia em que toda a gente que quiser descarregar pode participar, e eu faço de advogado de Diabo, por mero exercício de penitência, e ataco o Benfica.
    Depois disso, os 7 ou 8 que ainda cá quiserem vir para a nova época, continuam a vir, e eu passo mais um ano a tentar não pensar em árbitros para não vomitar.
    Mas olha que se isso acontecer é como naquelas bebedeiras organizadas que os suecos apanham quando acaba o Inverno, vale tudo menos tirar olhos. Joga-se forte.

    É neste tipo de coisas boas que a podridão da arbitragem nos faz pensar...

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