sábado, 24 de dezembro de 2011

O Sagrado Coração de Jesus

Há alguma altura melhor que o Natal para escrever sobre Jesus? (Por acaso até há, a Páscoa. Mas vamos fazer de conta que não.)

Há alguma altura melhor que o Natal para escrever sobre Jesus?
Não!


Pois então aqui fica uma posta de bacalhau que vai durar até segunda-feira.
Vou dividi-la em duas partes, em sintonia com a natureza dualista do próprio (de Jesus, entenda-se, não do bacalhau).

À primeira vou chamá-la «Sagrado Coração de Jesus». Espero que ninguém se ofenda, mas se toda a civilização ocidental já fez trocadilhos com o nome de Jesus eu também tenho direito.

À segunda vou chamar «O Jorge». Calculei que o nome Jesus já foi tantas vezes usado em vão que o simples facto de o deixar de fora seria suficientemente criativo.
Uma parte é sobre as coisas boas do JJ, a outra é sobre as coisas más. Deduzam vocês qual é qual…

Como é um facto comprovado que a última imagem é a que fica, começo pelas coisas boas.

O Sagrado Coração de Jesus

1 - Jesus tem colhões.

Calma, não chamem já o bispo para me exorcizar. Provavelmente nunca lhes deu para pensarem nisto, mas Jesus, que é humano, tem colhões – mas os colhões do nosso Jesus são maiores do que os do ser humano vulgar, e isso, num treinador do Benfica, é uma grande qualidade. Quando eu digo que o Jesus tem colhões (e vou continuar a dizer, em vez de dizer «tomates», até todas as almas virginais que me possam estar a ler se encontrem devidamente escandalizadas e/ou corrompidas…) não digo forçosamente que seja um treinador sem medo do adversário.

Podemos sempre ir buscar o célebre jogo dos 5-0 nas Antas, que vai acompanhar o Jesus ao longo de toda a sua carreira, para falar da igualmente célebre invenção do David Luis a defesa-esquerdo, para exemplificar como o Jesus pode, de repente, ter um ataque de pânico. Na prática o Jesus estava cágado com o Hulk.

Devo dizer que tenho uma leitura algo particular dessa situação. Penso que o Jesus, como todos os treinadores normais, sabem, antes de cada jogo, exactamente quais são as hipóteses da sua equipa porque a conhecem, sabem como está, conhecem os seus pontos fracos e da mesma maneira sabem tudo isso em relação ao adversário. E o Jesus percebeu exactamente o que se estava a desenhar ali. O Jesus sabia que ia perder, e o que estava a tentar fazer era a minimizar os estragos.

Diz-se que inventou. Ora, eu não espero outra coisa de um treinador de elite. Um treinador de uma equipa de elite, que joga num contexto em que as diferenças são mínimas, em que tão depressa uma equipa está à beira de ganhar como, por questões de pormenor, pode passar dois ou três jogos sem vencer, tem de inventar. É para isso que lhe pagam. Nenhuma equipa ambiciosa quer um burocrata como treinador. Tem de haver um golpe de asa, um extra que o treinador acrescente à equipa.

Ora, o que eu quero dizer quando digo que o Jesus tem colhões é que não só Jesus pensa pela sua própria cabeça como, quando toma uma decisão, fica com ela até ao fim, mesmo que tenha toda a gente a morder-lhe as canelas. Isso vê-se nas questões de jogo mas também na gestão de plantel. No Capdevilla, por exemplo, No Sidnei. No Nuno Gomes, que é o caso mais claro. No Mantorras. Até nos jogadores que ele próprio escolheu. Se vê que não servem, bate com a porta e fecha a loja (porque os vai buscar logo de início é da outra parte, do Jorge…).

Provavelmente, com o jogo dos 5-0, Jesus aprendeu uma lição importante – mas aprendeu-a à sua própria custa, e tenho a certeza de que não está arrependido, porque é a agir, pela própria cabeça, e a errar, que realmente se aprende.

Num Benfica, mais importante do que ser um génio criativo, é ter a capacidade para tomar decisões e impor disciplina, ter segurança em si próprio e no seu trabalho (mesmo que não seja o melhor). Quando se começa a pensar pela cabeça dos outros, são tantas as cabeças que, no fim, fica tudo à deriva. Mais importante do que saber muito, ter talento ou ter sorte é ter personalidade. Numa palavra, ter colhões. Quem não os tem pode até ter oportunidades, mas acaba a treinar Granadas e afins.



(Espero que não se chateiem por eu falar muitas vezes do jogo dos 5-0 mas, para mim, esse é o jogo mais importante na história do Benfica. Vou falar dele durante os próximos trinta anos e, se eu fosse presidente do Benfica, a primeira coisa que fazia no início de cada época, logo no dia das pesagens e dos chichis, era juntar toda a gente que fizesse parte da equipa, do roupeiro ao director-desportivo, como eles gostam de dizer, metê-los na sala do vídeo, apagar a Luz, tirar o som, e meter o filme do jogo, em silêncio e às escuras, até ao fim. Deixo um espaço em branco para vocês poderem acrescentar o que acham que eu diria, ou o que vocês diriam, quando o filme acabasse. É um bom exercício mental.)



2 – Jesus é terreno

Eu devia dizer «Jesus é do terreno», mas assim, em título, fica melhor só «Jesus é terreno».

O Jesus é mesmo um homem do terreno, e isso não só faz a sua matriz enquanto treinador como faz dele um treinador valioso. Não é um treinador de revista, como um Quique Flores, nem uma cavalinho de cortesia, como o Villas-Boas, nem um tipo armado em doutor, como o Queirós, nem um treinador a pensar na sua imagem daqui a vinte anos, como o Koeman. É um treinador do agora, do ganhar já. Jesus é um pragmático, e a história é feita pelos pragmáticos, não pelos historiadores.

Se disserem ao Jesus que o árbitro é corrupto ele pergunta: «Quanto é que custa?»

Se disserem ao Jesus que há umas pastilhas óptimas para as pernas ele quer saber onde é que se vende.

Se disserem ao Jesus que vai chover muito ele pergunta para que lado é que o campo inclina.

O Jesus sabe que o futebol é o agora, que não existe amanhã se não se der tudo o que há para se ganhar hoje.

Fala-se muito da má gestão do Jesus na segunda época. O Jesus está-se cagando para a gestão. A gestão do Jesus na segunda época foi igual à da primeira época e será igual à da terceira época. Na primeira época o Jesus meteu o pé no acelerador e carregou a fundo. Enquanto o carro tinha força andou e deixou os outros todos para trás. Quando acabou a gasosa já não andava, e se o campeonato durasse mais três ou quatro jornadas não era campeão.

Na segunda época fez exactamente a mesma coisa, mas nem o seu carro era o mesmo nem o outro que ia à frente o era.

Na terceira época é igual. Tem mais dois ou três jogadores para rodar em relação ao ano passado mas a filosofia é a mesma: pé a fundo e logo se vê até onde é que anda.

E é assim mesmo que tem de ser.

O Jesus anda há trinta anos no banco. Já pegou em toda a porcaria e não acredita em projectos nem em longos-prazos. Como dizia um grande economista, «a longo prazo estaremos todos mortos».

Da mesma forma, o Jesus não engole tangas dos jogadores. Quando os vê a fazerem cara de desgraçadinhos manda-os à merda e ficam mesmo em campo se for preciso, sejam Gaitáns ou Amorins. Agora já se vai vendo mais o Jesus a fazer festinhas aos jogadores, e penso que isso tem a ver com a noção que ele adquiriu, no Benfica, do que é trabalhar com jogadores que pensam que são estrelas, ao contrário do que acontece nos clubes pequenos. Lá vai dando uns elogios a mais, alguns disparates, mas basicamente o Jesus continua a não estar para aturar vedetas. Se ele disse, antes de chegar, que com ele os jogadores iam jogar o dobro é porque percebia, claramente, como toda a gente percebia, que quem mandava na equipa eram os jogadores, e que não trabalhavam o suficiente para o que ganhavam nem para o que podiam render. Até aposto que a grande diferença entre o Jesus e o Quique, no balneário, é que logo de início o Jesus deve ter mandado duas ou três bojardas para os pôr no sítio, do género «se eu ganhasse o que tu ganhas tinham de me vir tirar à força do campo para eu parar de trabalhar», ou simplesmente um «ó vedeta do c…, traz lá o cone para ver se serves para alguma coisa».

O Jesus andou demasiados anos a apanhar com coxos e com carregadores de piano para não perder o respeito à mediocridade e à má atitude profissional. Quando se diz que ele rentabiliza jogadores não é bem assim – entre os que ele rentabiliza e os que ele não rentabiliza, provavelmente, são mais os que ele não rentabiliza. Por cada David Luiz que ele faz há um Éder Luis, um Airton e um Kardec que ele manda para o lixo – é claro que o que um David Luiz dá a ganhar paga os outros três e ainda dá lucro, mas em termos de volume, na verdade, continua a ser três estragados para um aproveitado. O Jesus rentabiliza os que percebem como ele pensa, e os que percebem o que é o futebol. Se um jogador está preparado para se tornar um profissional de futebol, como o Coentrão ou o Di Maria, o Jesus põe-no a jogar e permite-lhe que se rentabilize. Se um jogador quer ser só futebolista de trazer por casa, tipo Sidnei, vai para o banco, custe 700 mil ou 7 milhões.

Eu gosto muito quando os jogadores de uma equipa que não trabalha não gostam do novo treinador. É um óptimo sinal. Ainda hoje se percebe que os jogadores não vão muito à bola do Jesus. Excelente. Eu desconfio é quando vejo uma equipa a perder, a jogar mal e a dizer que o treinador é óptimo «porque fala muito connosco e nos entende».

O futebol é um jogo de esforço e sacrifício, de sobrevivência e de risco. Como o atletismo, a natação, e qualquer outro desporto de alta competição. O primeiro objectivo é manter a cabeça à tona de água e ir dando aos braços, quanto mais depressa melhor, o que aguentar mais tempo ganha. Nos 100 metros os velocistas só respiram no fim. Primeiro correm até não sentir as pernas, depois logo pensam em respirar e em descansar.

Na questão táctica é a mesma coisa. Ao contrário do que pensa, o Jesus não é um portento táctico, é apenas um esperto táctico, que encontra pequenas soluções para grandes problemas, e para problemas práticos. Ele anda há trinta anos a tentar encontrar pequenas soluções, a fazer de David contra Golias. Grandes soluções não é o jogo dele. Para o Jesus vai ser sempre mais fácil montar a equipa contra o Manchester United do que contra o Nacional da Madeira.

Jesus é um treinador de um momento só: o momento de aplicar a força e ganhar. É um treinador unidimensional, mas nessa dimensão é um talento nato. Dêem ao Jesus uma máquina de futebol feita para ganhar e ele fá-la ganhar. Não lhe dêem mais nada, porque para isso ele não tem jeito nenhum. Se puserem o Jesus a pensar em estruturas, em contratações, em planos a longo prazo, em coisas complicadas, dá merda, e merda da grossa. Se o Jesus teve um problema na segunda época do Benfica foi porem-lhe nas mãos o comando de um cruzeiro, da âncora aos salva-vidas, quando o Jesus só sabe pilotar (e provavelmente nasceu para só pilotar cacilheiros – pode ser o melhor piloto de cacilheiros do mundo, mas é só um piloto). A primeira época correu muito acima do que todos esperavam, assumiu-se que a culpa era do Rui Costa, meteu-se o Rui Costa no banco e, de repente, o Jesus, que era iluminado e estava praticamente ao nível do Mourinho, passou a mandar em tudo e mais alguma coisa. O que Jesus dizia era sagrado. Se era para comprar jogadores quem é que decidia? O Jesus. Para marcar as datas dos jogos quem é que decidia? O Jesus. Para comprar o papel higiénico quem é que decidia se era de folha simples ou dupla face? O Jesus. O que é que deu? Merda. E o Vieira a ter de regressar da reforma a que pensava que tinha direito para voltar a pôr o cruzeiro a andar.

Quando o Jesus for para o Porto – e se o Pinto da Costa não morrer nos próximos cinco anos o Jesus vai mesmo para o Porto, provavelmente quando regressar do estrangeiro, podem escrever, sobretudo se não sair a bem do Benfica (o que é sempre uma possibilidade) – vai ser um treinador perigosíssimo, porque vai ser só treinador de futebol, não vai ter direito a mexer em nada além do que é o seu trabalho, e vão-lhe dizer: «Toma, tens aqui um cacilheiro de ponta, até voa. Agora ganha.» O Jesus vai ganhar, e não vai ser pouco. Só não vai ganhar tanto como o Adjunto porque aquilo nunca mais acontece.



3 – Jesus não dá a outra face

É algo que acaba por ficar esquecido, no meio do ruído, das conversas técnico-tácticas, mas o Jesus ataca. É agressivo. Com os anos, a treinar sucessivamente equipas portuguesas de segunda linha, aprendeu a montar defensivamente as suas equipas ao ponto de consegui ter sucesso com ela – e é tão bom treinador que até passou, por muito tempo, por treinador defensivo, quando não o é – mas a verdade é que o Jesus é um treinador de ataque, e isso é fundamental numa equipa grande, porque o que faz a diferença entre uma equipa grande e uma equipa que não precisa de ganhar para sobreviver é precisamente a audácia.

Eu lembro-me de quando o Jesus apareceu na I Divisão. Aliás, só me lembro porque, na altura, o Jesus fez algum furor. Era um desconhecido, treinava o Felgueiras e foi um dos primeiros treinadores em Portugal, senão mesmo o primeiro, a jogar com três centrais e dois alas ofensivos. Isto num Felgueiras acabado de subir, note-se. Ganhou alguns jogos e foi uma das figuras da época. O seu cartão-de-visita era apresentado pelo próprio com grande convicção: tinha feito um estágio no Barcelona do Cruyff – sim, a equipa que reinventou o Barcelona que agora está a reinventar o futebol. Nunca saberemos se é uma daquelas tangas à Jesus, se ele chegou a falar com o Cruyff ou se só o deixaram ver os treinos e tomar notas, mas em Barcelona terá aprendido uma lição que, ainda há pouco tempo, repetiu. Poucos terão prestado atenção, mas eu prestei, porque eu gosto de entrar dentro da cabeça do Jesus (é uma personagem interessantíssima, repare-se) e tenho acompanhado sempre a sua carreira desde essa época do Felgueiras. «Para mim o que define uma grande equipa é defender com poucos», disse o Jesus, numa conferência de imprensa, de passagem. Aquele Barcelona defendia com três mais um médio – um dos três defesas era o Koeman e o médio era o Guardiola, vejam lá bem como as coisas são.

Em Portugal, com jogadores banais, a maneira que o Jesus encontrou de defender com poucos e ter mais para atacar foi apostar no fora-de-jogo. É por isso que o fora-de-jogo é sagrado para o Jesus, e é por isso que ele só mexe na defesa se lhe encostarem uma pistola às têmporas. Se há quatro que joguem bem no fora-de-jogo não joga mais ninguém, nem que seja o Rio Ferdinand ou o Capdevilla. O Maxi joga até cair para o lado, e se o defesa-esquerdo que vier não aprender o fora-de-jogo também não joga.

Quando chegou ao Benfica a primeira coisa que o Jesus, tendo melhores jogadores que no Braga,  fez em relação ao Quique (que é paneleiro, aproveito para dizer) foi tirar um trinco e meter um atacante. Pôs quatro a jogar em linha, o Javi Garcia só a defender no meio-campo e o resto era tudo cavalaria ligeira, a correr muito, a correr depressa, a correr até cair para o lado, a perder bolas por todo o lado e a inventar desaustinadamente. E a meter golos uns atrás dos outros, acrescente-se. Foi essa a verdadeira faísca do Benfica de Jesus: o espírito ofensivo. Uma equipa a jogar à clube grande, e não a aproveitar os seus recursos para defender melhor que os outros, como fazia com o Quique, com o Koeman e com o Trapattoni. Jogar à grande, por si só, faz toda a diferença, e o Jesus pensa em grande. Pode não pensar bem, mas pensa em grande.

O Jesus é atrevido.

Da mesma maneira que pensa pela sua própria cabeça não se deixa intimidar com facilidade, e deixa sempre espaço, no seu plano, para a audácia. Sei, à partida, que o Jesus, mesmo nas Antas, mesmo em Manchester, mesmo quando jogar com o Barcelona, vai pensar em marcar golos, de preferência mais um que os outros, se as coisas correrem bem, mas pelo menos sempre um.

E também não se deixa levar pela imprensa. Ele sabe da poda. Tem sempre o pé atrás em relação às perguntas que lhe fazem. Mesmo quando são inocentes, se ele desconfia que é armadilha lá vem bojarda. E não tem vergonha de fazer má figura.



Estas são as três qualidades que vejo no Jesus, não descendo muito ao pormenor. E que fazem com que o considere um bom treinador para o Benfica. Até quando, direi daqui a dois posts. Porque o próximo é para falar sobre o Jorge.

4 comentários:

  1. O post é uma delicia de se ler.

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  2. Mais uma vez, parabéns! Contudo este texto (o blog, na verdade) expõe autenticamente a tua opinião pessoal. E como bem sabemos opiniões sao como as peidas, cada pessoa tem a sua. E eu podia perfeitamente chocar de frente com a tua opinião e simplesmente deixar de ler ( que é o que ser quer, senão nao tinhas aquele contador e membros e seguidores, verdade?). Quanto ao Texto em si, rezo para que nao seja inteiramente verdade pois nunca é bom um treinador pensar somente no " agora". Certamente nao é o que os treinadores de alta craveira fazem. Mas olhando para o passado do JJ tenho que concordar com 90 % do que escreves e admitir que olha apenas para a frente, como os burros. Todavia, e resumindo e concluindo, desde que ganhe títulos para o meu Benfica estou me cagando para a sua qualidade como treinador! Parabéns mais uma vez. Benfica SEMPRE!!!

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  3. Este ano com a colocação de Witsel está com o pé atrás mas sempre dá outro equilibrio.No ultimo jogo voltou ao esquema da 1ªépoca com o belga na direita.Resultado:5 golos.O Benfica tem que jogar num esquema ofensivo e foi isso que JJ trouxe á equipa.Como adepto já estava cansado da sobrelotação de trincos e de futebol defensivo.Espero que nos próximos meses solta mais a equipa e carrega ainda mais no acelerador.Com posts tão bem feitos não pode parar pois acabamos por ficar viciados a pedir sempre mais.Carrega Benfica!O 1º jogo do ano será fundamental pois temos que entrar de rompante e com tudo!!Feliz natal a todos!!

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  4. É difícil não concordar com os aspectos identificados. É uma análise com algum detalhe, que traduz meramente uma visão de alguém que nem sequer tem um contacto directo com JJ.
    O aspecto curioso e simultaneamente preocupante é o de esta crítica se referir a aspectos positivos... o que é ligeiramente preocupante.

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