sábado, 27 de abril de 2013

A vergonha não é para os parvos?


Só agora, ao ler as declarações do Professor Pardal, percebo que talvez não tenha sido suficientemente claro e objectivo na análise que fiz a seguir ao Benfica-Sporting. Como tal, tenho de me penitenciar, e alterar alguma coisa em relação ao que disse.

Antes de mais, dizer ao Professor Pardal que não são apenas duas pessoas que acham que o Capela ajuizou bem nos penáltis-fantasma na Luz: somos três. O Capela, o observador da arbitragem ao jogo e eu. Com mais um já dá para fazer uma suecada.

(Devo só notar que ainda ninguém se entendeu sobre quantos penáltis é que houve na Luz. Alguns sportinguistas falam em quatro, outros em três, outros em dois, outros em um, o Vítor Pereira fala em três e meio, e a única coisa que sobra disto tudo é que ninguém parece saber o que é que é penálti e o que não é. O que fragiliza, só um bocadinho, os seus argumentos… Mas adiante.)

Depois de salientar que não houve erros graves do Capela na Luz, devo, então, acrescentar alguma coisa em relação ao texto inicial.

É preciso dizer que tenho poucas dúvidas de que quer o Capela quer o observador estivessem controlados pelo Benfica.

Como é que se justifica esta aparente contradição? De uma forma muito simples.

O que seria normal, naquelas situações, seria marcar penálti – pelo menos no do Volkswagen. Não por ser penálti, que não é, mas porque é o que se costuma fazer.

Teria sido normal (errado, mas normal) que o Capela tivesse marcado aquele penálti.

Da mesma forma que teria sido normal ao fiscal-de-linha do jogo com o Nacional marcar fora-de-jogo no primeiro golo do Nacional (lembram-se?). Também foi estranho não marcar, porque, mesmo errando, os fiscais-de-linha marcam sempre aquilo.

Como é normal marcarem falta sobre o guarda-redes sempre que ele se atira para o chão a esbracejar dentro da pequena-área. Foi o que aconteceu, por exemplo, na primeira jornada, quando o Beto simulou uma falta do Cardozo e levou o árbitro a invalidar o terceiro golo do Benfica, que lhe daria a vitória.

Um grande exemplo disto foi o que aconteceu ontem no Estoril, na jogada em que o Braga reclama penálti. A decisão do Bruno Paixão é sensacional. Diria mesmo que foi a melhor decisão, tecnicamente, que vi este ano no campeonato, confirmando que o Paixão, sendo uma pessoa doente – como já aqui disse há uns tempos – pela obsessão compulsiva que tem em estar no centro do Universo, é, em termos técnicos, o melhor árbitro português.

Na repetição por trás da baliza, vê-se claramente o guarda-redes a alterar a trajectória da bola com a perna, ficando demonstrado que a defendeu, apesar do espalhafato do Custódio. Uma grande saída da baliza, uma grande decisão do árbitro e, na Sport TV, o que é que se ouve: a repetição, até à exaustão, que tinha sido um erro. Porquê? Porque teria sido o mais óbvio, porque o que se espera dos árbitros é que marquem aquelas coisas, independentemente do que ajuízam em campo e do que está certo, e porque decidem que é um erro, mesmo não o sendo.

A lógica subsequente, é óbvia: se ele não marca é porque não quer, se não quer é porque está «comprado».

Com o Bruno Paixão, não acredito que esteja comprado. Como já aqui disse, o Paixão não é comprável. Para ele, a possibilidade de, mantendo a incorruptibilidade, continuar a poder provocar as pessoas e chamar as atenções, é impagável.

Do Capela, já não consigo dizer o mesmo. É um árbitro igual aos outros, faz o que se espera dele, subindo, assim, na carreira, mantendo as pazes com o sistema e, por isso, quando «decide» tornar-se muito melhor árbitro do que é, é demasiado estranho.

Para mim, portanto, o Capela entrou em campo decidido a não sair dele sem uma vitória do Benfica.

Dito isto, o que se deve também dizer é que o Vieira está a caminho de se tornar num grande dirigente, de acordo com os critérios portugueses.

Em Portugal, um dirigente que, durante 31 anos, provoque violência, corrompa árbitros, compre jogos, manipule as instituições, a comunicação social e a indústria do futebol; um dirigente que utilize quaisquer meios para atingir os seus fins é, pelo que tenho visto nos últimos anos, o melhor dirigente do mundo, um exemplo para o país e um fiel representante da cultura nacional, arriscando-se mesmo a ser recebido em apoteose na Assembleia da República, a ser condecorado por instituições políticas sustentadas pelo voto e pelos fundos da população, e a colocar-se acima da lei.

A lição que podemos aprender dos comentadores, fazedores de opinião ou simples adeptos iluminados deste país – uma ideia emitida sobretudo a partir desse arquipélago de inteligência e carácter nacional que é a região do Grande Porto – é que a única coisa que realmente interessa é ganhar, e que quem não ganha não é honesto, mas fraco, e como tal merece ser humilhado.

Sendo assim, eu, ao contrário do Pinto da Costa, sinto-me optimista, porque o Benfica ganhou. E se ganhou, de acordo com o pintismo, é porque foi melhor – seja lá no que for.

A única coisa que espero é que continue a ganhar. Porque, se ganhar o suficiente, e durante o tempo suficiente, tudo aquilo que fizer de criminoso será facilmente apagado da opinião pública.

Sim, claro que eu gostaria queos campeonatos em Portugal não fossem ganhos mergulhados em lama, mas, como também já aqui disse, não é possível fugir a ela, porque Pinto da Costa é a lama que não sai deste futebol, e enquanto ele e os seus cordeiros cá andarem não haverá senão lama.

Num dos primeiros posts deste blog escrevi uma coisa que mantenho. Todos gostaríamos de ganhar «limpinho, limpinho», de ver os méritos reconhecidos pelos perdedores, para podermos fazer o mesmo quando perdêssemos. Quando isso não é possível, contudo, quando, entre quem joga, há quem não ligue à maneira como se ganha desde que se ganhe, só há um caminho: perceber as regras do jogo e ganhar com aquilo que nos põem à frente.

Se a alternativa é ver a mafia do Porto a ganhar, a baixar-nos as calças, a montar-nos e a forçar-nos a agradecer, todos os anos, eu prescindo. Prefiro ter os Capelas todos na mão e ver os que perdem a tomar comprimidos para a azia, obrigado. E espero que continue, até mudar o regime. Porque, para mudar o regime, basta que a sua cabeça (Pinto da Costa) comece a perder.

Não se envergonhem. Afinal, as elites deste país demonstram-nos que a vergonha é um conceito a que o bom povo dá demasiada importância. Por isso é que não vai a lado nenhum. Certo?

18 comentários:

  1. Só não concordo com uma coisa. Não acredito que o Benfica tivesse o árbitro "controlado". Chamem-me ingénuo ou outra coisa qualquer mas é o que eu penso. Acho que aqui o Capela foi honesto e tentou fazer uma boa arbitragem, o que conseguiu. Aliás os árbitros portugueses em geral, quando querem, até arbitram bem,

    Isto não significa que o Benfica não tenha começado a mexer-se melhor nos bastidores no futebol português - acredito e espero que sim - mas no sentido de IMPEDIR que jogadas de bastidores de antanho agora não se repitam, pelo menos com tamanha desvergonha e desfaçatez. Não sei se me faço entender.

    Não se esqueçam que o sistema foi sendo montado não só apenas para favorecer o "tal clube" mas, e acima de tudo, para fazer desaparecer do mapa o maior inimigo, aquele que impediria esse "tal clube" de atingir os seus objectivos. Agora estão a ver a vida andar para trás, a ver que o tiro lhes saiu e vai sair ainda mais pela culatra.

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  2. BENFIQUISTA DO CORAÇÃO27/04/2013, 18:14:00

    PARABENS

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  3. Gostei deste post, concordo com...quase tudo!
    Parabéns

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  4. Por falar em jogadas de bastidores, os benfiquistas nem sonham com quem lidam. Isto é igual à Máfia italiana! Agora lançam os seus capangas! É o desespero total!


    Entretanto, há 2 dias um leitor avisava-nos...

    RUI BENFIQUISTA - 24 Abril, 2013 17:55
    Acabei de saber por um arbitro dos distritais e das 3ª divisões daqui do Porto, que o arbitro é um M M de Braga.
    Ora M M DE BRAGA É O MANUEL MOTA, QUE VAI PREJUDICAR O BENFICA, DIZ ELE, E QUE VAMOS DIZER ADEUS NA MADEIRA AO TITULO! COM TODA A SATISFAÇÃO!
    ORA TEMOS DE CONFIRMAR SE É VERDADE. E A SER, COMO É POSSÍVEL ELE SABER QUEM É O ARBITRO? POIS ELE TEM UM PADRINHO ARBITRO DA PRIMEIRA MAS NÃO ME DIZ QUEM É.

    O facto confirma-se 2 dias depois. O árbitro é mesmo Manuel Mota. Como é possível isto ainda acontecer?


    Hoje aparece esta notícia.

    "Confirmam-se os "receios" levantados aqui pela nomeação da Mota.
O homem teve uma visita de uma delegação dos super dragões.
 Além desse jogo na Madeira o sistema já "trabalhou" os restantes até ao fim da liga. 
Estão a jogar as fichas todas."


    Pois é meus amigos, agora já se consegue saber antes o que eles planeiam. Imaginem o que tem acontecido nestes últimos 30 anos.

    A direcção do Benfica tem de saber disto! Os jogadores que tenham muito cuidado com lances dentro da área, com off-sides que não irão ser tirados e com as decisões dos fiscais. Nada de refilar com o árbitro!

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    1. A direcção do benfica tem de saber disto? provavelmente plantaram esses textos nos vossos blogues lol
      como no ultimo titulo, onde o escandalo maior nao foram os tuneis (e o Porto nao merecia ser campeao), mas seria o Braga se nao fossem as ameaças de morte todas as semanas aos arbitro. todas as semanas aparecia o numero e varias informacoes privilegiadas sobre o arbitro do jogo nos vossos blogues. depois das ferias de verao houveram uns adeptos presos, uma noticia no canto do jornal e tudo abafado

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    2. Explica lá ó andrade imbecil, como é que o Rui adivinhou que o Manuel Mota iria ser o árbitro dois dias antes das nomeações?

      Ameaças de morte? lol! Não passas de um idiota! Ameaças de morte existem no Porto. Ouviste falar na Noite Branca?

      E ameaças físicas, concretizadas muitas delas, ouve só e apenas durante os últimos 30 anos. Porque raio nunca se ouviu falar em ameaças físicas antes do Pinto da Costa chegar e os SD terem sido criados?

      Quero isso muito bem explicadinho!


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    3. O que tem a noite branca a ver com isto? Tambem ha violencia no Uganda, o que a ver?

      É preciso ir aos comentários no antitripa de 2010 procurar os comentarios do "jojo" com os numeros dos arbitros e o comentarios a dizer que ja tinham ligado a ameaçar partir pernas ou pior? É que cheira me que frequentavas o antro ja nessa altura.

      Nao pensem que andamos todos a dormir, eu infelizmente gosto de seguir bem o inimigo, o que felizmente me permite nao comer gelados com a testa. Isto eu vi com os meus olhos, ninguem me contou.

      Mas de certeza que sabes bem, pelo modo como me chamaste idiota e passaste para a noite branca! Lol!

      Adivinhar o arbitro nao e dificil, as pessoas tem familia e amigos. Mas entao esse gajo ouviu de um amigo arbitro da III divisao, que e "afilhado" de um arbitro da 1a, que alem de lhe confidenciar isso, diz que o proprio MM disse que ia fazer o benfica perder de proposito? Faz todo o sentido, dizer aos outros arbitros a boca cheia isso.

      Isto vindo de um arbitro que deu pelo menos 2 pontos em Aveiro.

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    4. Não conheces a "noite branca" mas deves conhecer estas agressões com jornalistas. Mas também posso colocar a lista com os árbitros:

      - 20 de Novembro de 1988; Carlos Pinhão é barbaramente agredido em Aveiro, depois de jogo Beira Mar-FC Porto, por elementos ligados ao FCP. Processo judicial viria a ser arquivado por "falta de provas". No mesmo dia em que Carlos Pinhão é agredido, Martins Morim é também alvo da fúria dos adeptos do clube da cidade invicta. Entre os agressores destacava-se Tónio Maluco, conhecido adepto portista. O guarda Abel diz aos jornalistas que «era melhor do que cair por uma ribanceira»;


      - Ainda em 1988; Jornalista agredido por um jogador na carrinha oficial do FC Porto;


      - 5 de Março de 1989; Eugénio Queiroz, jornalista do jornal Record, é agredido no Estádio do Restelo por seguranças de Jorge Nuno Pinto da Costa. O jornalista viria a apresentar queixa na PJ mas acabaria arquivada por "não se conseguir identificar os agressores";


      - 24 de Setembro de 1989; João Freitas, jornalista de A Bola, é agredido barbaramente perto dos balneários do Estádio das Antas. Foi assistido no Hospital de Santo António e identificou Vergílio Jesus e um tal Armando entre os agressores. A queixa foi arquivada porque a testemunha principal, o agente da PSP Oliveira Pinto, disse que não se lembrava de nada;


      - 4 de Outubro de 1990; Na véspera do jogo Portadown-FCPorto, Manuela Freitas do jornal Público foi ameaçada e insultada no hall do hotel por integrantes da comitiva portista;


      - 24 de Outubro de 1990; José Saraiva, director do Jornal de Notícias, é agredido à porta de casa por dois indivíduos. O JN tinha publicado uma notícia envolvendo Pinto da Costa no famoso caso "Aveirogate". 


      - Ainda em 1990; João Martins, jornalista ligado ao automobilismo, trabalhava na rádio do filho de Pinto da Costa e "roubou" a namorada ao Alexandre. Agredido à porta de casa por dois indivíduos.
      
- Santos Neves, jornalista de A Bola, quase que se despista em plena estrada no Porto, por alguém lhe ter desapertado as jantes do carro. Nunca se provou quem foi o autor;




      - 1 de Setembro de 1992; António Paulino, jornalista do Expresso é agredido à porta da redacção do Porto por Pinto da Costa, o filho e Joaquim Pinheiro. Tudo acontece porque queriam saber quem teria sido o jornalista responsável pela notícia sobre um processo de Alexandre Pinto da Costa;


      - 10 de Março de 1993; Agressões à equipa da RTP (Paulo Martins/Pedro Figueiredo) no relvado nas Antas no final do Porto-Famalicão. Tudo foi transmitido em directo, contudo o jornalista da RTP e a própria RTP não apresentaram queixa à Justiça. 


      - 11 de Dezembro de 1994; Marinho Neves, jornalista da Gazeta dos Desportos e autor do livro sobre corrupção na arbitragem "Golpe de Estádio" é alvo de uma emboscada à porta de casa por dois indivíduos. Processo judicial vem a ser arquivado na PJ do Porto por falta de provas, apesar de haver cinco testemunhas que nunca foram ouvidas e de acompanhar a queixa com uma fotografia dos agressores.


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    5. 1987-05-10, FCP-Sporting: 16 feridos em confrontos de adeptos com a polícia.
      Perguntem á JL o porquê de esconder o assassinato de um membro seu neste jogo...
O rapaz levou tanta porrada no WC das antas que durante a viagem para Lisboa faleceu (sei bem que eles tem outra desculpa para o que aconteceu).

Ps: levou ele e a maioria dos Sportinguistas que se deslocavam as Antas naquele tempo, entravam com as camisolas verdes e brancas e saiam de lá com elas vermelhas..
      1987-05-10, FCP-Sporting: Equipa de arbitragem agredida e insultada.
      1990-09-09. Agressão a José Pratas, após marcar penalty na final da Supertaça em Coimbra é perseguido pelos jogadores portistas em pleno campo.
      1991-04-14, FCP-Benfica: árbitro, dirigentes e jogadores do Benfica insultados e agredidos no túnel das Antas. Dirigentes do FCPorto criam clima de terror.
      1995-01-15. Tirsense-FCP: Portistas provocam desacatos, 3 detidos e um polícia ferido.
      1995-03-05, Agressão a José Pratas no balneário e no intervalo do jogo FCP-Benfica. Quando volta para a 2ª parte faz uma arbitragem vergonhosa a favor dos portistas.
      1997-02-28, E.Amadora-FCP: Jogadores e adepto portista tentam agredir o árbitro.
      1997-03-15, FCP-Sporting: Portistas provocam desacatos junto ao autocarro leonino, três feridos.
      1997-04-11, Farense-FCP: Após o jogo, adeptos do FCP agridem 2 pessoas em Vilamoura e assaltam lojas da zona.
      1997-04-30, Benfica-FCP: Adeptos portistas partem vidros a vários carros na A1.
      1997-12-05, D.Chaves-FCP: Pedras e paus apreendidos pela polícia na revista à claque portista.
      1997-12-13, FCP- Guimarães: Autocarro do Vitória atacado por adeptos.
      1997-12-22, Boavista-FCP: Claque do FCP atira chapas e ferros ao guarda-redes do Boavista.
      1998-02-20, Campomaiorense-FCP: Claque portista danifica ambulância e provoca tumultos.
      1998-05-02, Benfica-FCP: Adeptos portistas apedrejam na A1 autocarro de adeptos benfiquistas, 4 feridos. Estações de serviço assaltadas por claque do FCP.
      1998-05-24, Sp-Braga-FCP: Adeptos do FCP assaltam bilheteiras do estádio, vandalizam vários carros e provocam estragos na Estação e nos combóios.
      1998-08-29, Beira-Mar-FCP: Adeptos do FCP tentam assaltar bilheteira.
      2002-04-06, Farense-FCP: Árbitro agredido antes do jogo por adeptos do FCP.
      2002-05-05, Paços Ferreira-FCP: Confrontos entre adeptos portistas e a polícia.
      2002-09-11, V. Setúbal-FCP: Adeptos portistas vandalizam estação de serviço.
      2003-11-11, Sporting-FCP: Confrontos entre adeptos portistas e polícia, 6 feridos.
      2003-02-15, Marítimo-FCP: Confrontos entre adeptos portistas e polícia, 2 feridos.
      2005-01-15, Académica-FCP: Incidentes entre adeptos do FCP e stewards.
      2005-05-08, Moreirense-FCP: Confrontos entre adeptos portistas e polícia. Um detido.
      2006-04-22, Penafiel-FCP: Adeptos do FCP apedrejam o autocarro do Penafiel, três detidos.


      Tudo isto começou com Pinto da Costa e os SD.

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    6. 2007-08-18, Sp.Braga-FCP: Carga policial sobre claque do FCP.
      2008-12-20, Agressão a motorista da Liga por Rui Carvalho, assesor da Imprensa do FCP. No mesmo dia vários jogadores e técnicos do Marítimo são agredidos no túnel de acesso aos balneários.
      2009-03-07, Ameaças a Paulo Assunção por 5 indivídos que lhe dizem, “se não renovas até 4ª feira levas um tiro no joelho”.
      2009-06-16, Agressão a Adriano, quando em negociações para renovar contrato, quando saia de uma discoteca em Vila do Conde, por 2 jagunços dos SD.
      2009-08-28, Naval-FCP: Adeptos portistas causam distúrbios em estações de serviço da A1.
      2009-10-04, Olhanense-FCP: Adeptos portistas assaltam lojas e provocam distúrbios em Albufeira.
      2010-03-21, Benfica-FCP: Claque do FCP vandaliza estação de serviço, vandalisa automóveis de adeptos benfiquistas e envolve-se em incidentes com a polícia.
      2010-05-01, FCP-Benfica: Autocarro emboscado com bolas de golfe na A1. Autocarro do Benfica apedrejado na chegada ao estádio, com uma pedra a partir o vidro passando a centímetros do Aimar. Autocarro outra vez apedrejado a caminho de Lisboa. Bolas de golfe atiradas para dentro do campo durante o jogo, acertando em Roberto, Carlos Martins e isqueiro acertando no JJ.
      2010-08-04, V.Guimarães-FCP: Actos de vandalismo protagonizados pelos adeptos do FCP em Guimarães.


      Os Vândalos do norte, liderados pelo cobarde Pinto da Costa, não pouparam meios para amedrontar toda a gente, adeptos, jornalistas, árbitros, polícia e muito mais.
      Há muito mais para mostrar, mas por hoje fica por aqui.

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  5. XISTRALHADA

    A Xistralhada desta noite vem ao encontro daquilo que escrevi à tarde.

    O normal, naquela penálti-fantasma que o James acabou por falhar (é verdade, aos penáltis não basta inventá-los, é preciso marcá-los), num jogo do Porto em casa, é exactamente aquilo que se espera de um Xistra, e, por causa disso, Xistra vai, de certeza, ter uma boa nota de todos os observadores amadores.

    A bola bate no peito do defesa do Setúbal, vai-lhe ao braço, e o bom do Xistra, depois de pensar um bocadinho, pumba. Penálti.

    90 por cento das pessoas que vêem futebol «aceitam» que seja penálti. «Aceitam» porque se recusam a assumir que não há penálti nenhum e porque se tornou moda marcar penáltis destes, devido à pressão permanente dos clubes.

    Não há penálti nenhum, é uma mão casual. Tão casual como a jogada em que o Danilo leva com a bola no braço, a segunda, aquela que vem do Mangala. Também aí não há penálti nenhum.

    Penálti, sim, seria a mão do jogador do Setúbal nessa mesma jogada do penálti, antes do remate. Acredito que o Xistra não tenha visto, porque o ressalto do peito do Jackson (do peito, e não da mão, como disse o José Mota) é muito rápido. Era um penálti estúpido, mas era penálti.

    Se vivêssemos num país sério, por outro lado, dramático seria aquilo que mostra a repetição do primeiro lance do Danilo. Porque essa, sim, mostra que não há absolutamente ninguém entre a mão clara do defesa do Porto – como se comprova pelo recuo do braço no momento do embate da bola – e a linha de visibilidade do Xistra, que fez o que lhe é normal: quando é preciso, decide a favor do Porto. Porque, como árbitro medíocre que é, vive do sistema, e continua a acreditar que o Porto controla o sistema.

    O penálti do Danilo é claro, claríssimo, viu-se logo no jogo corrido e cofirmou-se em todas as repetições, sem quaisquer duvidas. É incomparavelmente mais claro que qualquer um dos quatro penáltis-fantasma, mas como vai haver muito menos gente a ladrar, vai passar em claro. E o Xistra de certeza que não vai para a jarra para a semana.
    Como, certamente, não veremos o Vítor Pereira a chorar pela verdade desportiva – pelo menos até terça-feira.

    De notar, também, o desempenho da Sport TV, a culminar uma semana de labor intenso em prol do candidato do regime.

    Este sábado, que passei em casa, deu para ver como as coisas estão a ser tratadas pelos pontas-de-lança informativos da «Santa Trindade» (Papa-Salvador-São Martinho de Penafiel).
    Nos noticiários deu o Bruno de Carvalho, deu o Jesualdo, deu tudo e mais alguma coisa, mas as declarações do Vieira em Santo Tirso, a reagir à propaganda de preparação do árbitro da Madeira, só chegaram perto da meia-noite.
    Nada de estranho se se considerar que, na segunda-feira após o jogo, os convidados do programa da noite foram o Carlos Pereira (sportinguista), o Maniche (sportinguista) e o Pinto da Costa (que falou mais do que eles, apesar de ter estado na apresentação dos barcos do Douro).

    (cont.)

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  6. (continuação)


    No jogo de hoje, durou dez minutos para repetir a jogada do penálti a favor do Porto, e ainda estou à espera de ver a repetição da jogada em que o James recebe a bola antes de fazer o centro para o golo. Estou à espera porque os realizadores da Sport TV costumam estar muito atenta.
    Ao contrário do que se passa noutros campos – e nuns mais do que outros – a máquina das repetições da Sport TV nas Antas tem uma memória selectiva e, em alguns casos, lenta ou inexistente.
    A jogada da mão do Danilo também teve direito a apenas duas repetições, de esguelha – certamente devido à velocidade alucinante do jogo, que não permitiu mais, ao contrário do jogo da semana passada, em que estivemos todos mais tempo a ver repetições de todos os ângulos dos mergulhos do Capel do que jogo jogado. Parecia a prova de saltos para a água dos Jogos Olímpicos.

    Subtilezas que se tornarão mais evidentes daqui por uns meses, quando a Benfica TV começar a escolher as repetições que mais convêm ao clube, nos jogos em casa, eliminando aquelas que são prejudiciais; e a Sport TV a ser obrigada a responder nas outras ocasiões, quando tiver oportunidade, ao mesmo tempo que tenta não dar demasiado nas vistas para não ser acusada de ser parcial. Vai ser revelador de muita coisa. Vai valer mais que milhões e milhões de euros.

    P.S. - Também quero ver o destaque que o Xistra vai ter na primeira página do Record, amanhã. Para tirar as minhas ilações, como se diz em futebolês

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  7. "O penálti do Danilo é claro, claríssimo, viu-se logo no jogo corrido e cofirmou-se em todas as repetições, sem quaisquer duvidas. É incomparavelmente mais claro que qualquer um dos quatro penáltis-fantasma, mas como vai haver muito menos gente a ladrar, vai passar em claro. E o Xistra de certeza que não vai para a jarra para a semana.
    Como, certamente, não veremos o Vítor Pereira a chorar pela verdade desportiva – pelo menos até terça-feira."

    Foda-se, ainda te dava algum crédito, mas acabou (não que te importes, já sei). Ou agora tens tacho, ou és burro, coisa que nunca pus em hipótese.

    Depois daquela mão descarada do gajo do setubal como tens o descaramento de falar em beneficio para o Porto...

    O "penalty" que inventas do Danilo, foi: um desvio do colega a pouca distancia, braço junto ao corpo, nao aumentou area corporal, nao moveu o braço para tapar a trajetoria da bola, não houve beneficio nenhum nem cortou qualquer jogada, e o melhor é que a bola lhe bate praticamente no ombro

    Já agora, para o manuel, o MM que vai apitar o jogo amanha so apitou o beira mar 0-1 benfica, golo de...penalty por mão, e na segunda parte nao viu a mao do Luisao na area. para penalty

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    1. Como a Sport TV andou a escolher as repetições que passava, é natural que não tenhas reparado na jogada em que o Danilo corta com o braço esquerdo um centro da linha de fundo, feito à distância de 5 metros.

      Como a Sport TV passou bastantes vezes a jogada em que não há dúvida nenhuma de que não há penálti - essa que estás a referir - é natural que aches que foi tudo limpinho, limpinho.

      A intenção de ampliar alguma informação e deixar outra na sombra é precisamente essa.

      A verdade? O Xistra estava tão comprado ontem como o Capela há uma semana. Só teve de fazer menos, porque foi o que o jogo lhe exigiu.

      Eu bem sei que é preciso arranjar uma razão para negar o mérito ao Benfica, mas não te preocupes: cheira-me que não vai ser preciso. Da menira como a coisa vai, o Benfica ganha a Taça e já é um pau.

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  8. ahahhahahaah, "não cometeu erros graves", homem não fez outra coisa.

    indiscutíveis os penaltys de garay, maxi e maxi outra vez sobre Ricky, Capel e Viola.

    indiscutíveis as expulsões perdoadas a matic e maxi.

    por cima de tudo isto o famoso inclinar de campo que vejo o meu clube sofrer há pelo menos 20 anos nas antas, com faltas normais por marcar, cantos ao contrario, permissividade para uns e disciplina para outros, etc.

    mais grave e revoltante do que os erros gravíssimos foi o facto de terem sido todos para o mesmo lado.

    se ficam contentes de tomar o lugar do nojento do bimbo da costa como cabeça do sistema pelo menos não sejam hipócritas com a conversa de que defendem a verdade desportiva.

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    1. A arbitragem do sportinguista Capela foi muito boa. Só vi um eventual penalty e teria sido o último lance em que o Maxi faz obstrução ao Viola. Mas a obstrução não é penalty mas livre indirecto.

      Se viram ontem o jogo Atlético Madrid-Real Madrid viram uma arbitragem igual à do Capela. E não houve ninguém que tivesse reclamado. Fez uma boa arbitragem, não dando azo a que os simuladores do costume, tipo Capel, brilhem.

      Não conheço nenhum campeonato da Europa com tantos jogadores simulados como o português.



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  9. No nosso jogo da semana passada com o sporting, os erros de arbitragem, para mim, foi a não expulsão do Maxi e faltou um amarelo ao Matic. Dos penaltis reclamados apenas o lance do Maxi com Capel me deixa dúvidas pelo que admitiria a marcação do penalty. Gosto das arbitragens em que o árbitro assume que o futebol é um jogo de contacto e apita de acordo, por isso sim, foi uma boa arbitragem, mas não muito boa pelos erros que referi.

    No jogo de ontem no lance do penalty marcado a 1ª mão é do Jackson. Nos lances dos penaltis reclamados pelo Setúbal são bola na mão, não há penaltis.

    A diferença que sinto este ano é que o Benfica não tem sido tão escandalosamente roubado, nem o 2º classificado tão escandalosamente beneficiado. Ambas as coisas já foram muitoooo piores. A luta está, por isso, mais equilibrada. Espero que a intervenção do LFV se fique por aí, pelo equilíbrio, não quero favorecimentos.

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  10. Verdadeiramente sensacional.

    Quantas perguntas, ontem, ao Vítor Pereira, sobre a mão do Danilo? Nenhuma.
    Quantas vezes foi dita a palavra «Xistra» na conferência de imprensa do jogo de ontem, ou escrita numa primeira página de jornal de hoje?

    ZERO!!!

    Mas tiveram presença de espírito para abrir a porta ao Técnico Oficial de Contas para este dizer o que esperava de Manuel Mota no Marítimo-Benfica.

    Hoje, o Sporting ganha com um golo em fora-de-jogo a cinco minutos do fim - um fora-de-jogo limpinho, sem dúvidas, visível logo à vista desarmada. E o que é que dizem as virgens ofendidas de há uma semana, que viram expulsões e penáltis fantasmas a cada ataque do Sporting?

    ZERO!!!

    Nada. Nem uma palavra, nem uma pergunta dos jornalistas.
    Vá lá, que o notável Rui Santos, tão preocupado em carimbar Ligas Capela há uma semana, guardou 15 segundos do seu longuíssimo programa para confirmar que sim, que era fora-de-jogo.

    Um momento de honestidade profissional, apesar, de tudo, do matreco da SIC: «O Benfica não está a ser beneficiado, deixou é de ser prejudicado como era em anos anteriores.»
    A mesma pessoa que, há dias, pegou numa bazuca de lama e, apanhando o comboio do pintismo, sujou da base ao topo a possível vitória do Benfica no campeonato.

    Um nojo, tudo isto, a começar no Capela e a acabar no Jesualdo («Hoje foi limpinho»), passando pelo Record («Vitória da classe e da alma»).

    Eu até andava enervado, confesso, desde há uns dias. Mesmo sabendo que não há lama que limpe um campeonato ganho em Portugal, o sentimento de justiça que me inspira uma vitória do Benfica no campeonato fez-me voltar a ligar um bocado mais.
    Agora, não digo que me seja indiferente, porque não é, mas não espero mais nada do jogo de hoje à noite, nos Barreiros, do que mais 90 minutos de desfile do sistema.

    É triste, mas a única coisa que se vai saber, hoje à noite, é quem é que controla esse sistema, actualmente. Da maneira como estão a ser lançadas, ou o Manuel Mota enterra o Benfica, o que demonstraria que o Porto ainda manda, ou o Manuel Mota salva o Benfica de qualquer incidência do jogo, apesar da enorme pressão que tem sobre os ombros, e demonstra que o poder do Benfica já está estabelecido.

    Futebol?
    É secundário.

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