quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Trissomia

A religião nacional que é o futebol português sofre de um cancro, que é mais uma condição típica que propriamente uma doença: a trissomia.

A trissomia do futebol português é a existência de três cromossomas igualmente fortes e antagónicos – o vermelho, o verde e o azul – cuja oposição permanente, associada a uma crescente voracidade de todos os recursos que os rodeiam, provoca a degradação do organismo que os suporta.

Tudo o que é podre no sistema do futebol em Portugal decorre dessa doença profunda, que mina todas as suas células. Tudo o que é futebol em Portugal está contaminado pelo vermelho, pelo verde ou pelo azul, e nem sequer faz sentido pensar em nada que o possa compor sem colocar, à partida, a trissomia, porque ela está lá dentro.

A secundarização do jogo é o principal efeito da trissomia. A lógica é a seguinte: «Isto pode ser bom para o futebol. Se for, é bom para todos. Mas isto é melhor para mim ou para ele?» É a este racional que obedece tudo o que se faz em Portugal. Faz-se pouco, e faz-se devagar, não se inova, porque há muito poucas coisas em que os interesses dos três grandes estejam de tal forma nivelados que uma parte não bloqueie o todo. Isto é válido nas pequenas e nas maiores coisas. Tanto vai da decisão sobre quantos votos deve ter uma associação qualquer nas eleições da FPF como da decisão de não mandar o Porto para a segunda divisão na sequência do Apito Dourado, que teria sido a mais importante na história do futebol em Portugal.

O que é bom para o jogo é sempre pensado em segundo lugar, logo após se algum dos grandes é prejudicado, ainda que conjunturalmente, com esse benefício colectivo



A macrocefalia é apenas uma das consequências dessa trissomia. Tudo se concentra nos três grandes clubes, dos títulos, ao poder, ao dinheiro. São três nações dentro de um país, e consomem tudo o que há para consumir.

A outra consequência, que acaba por resultar desta voracidade, no entanto, é menos debatida, e essa é a microcefalia. A grande dispersão de micro-poderes que, sem terem características de influenciar o sistema, o alimentam.



Em Portugal há apenas dois estratos de clubes: os três grandes e os outros. A existência de qualquer coisa que se assemelhe a uma classe média é pura ilusão. Quais seriam os clubes dessa classe média em Portugal? O Belenenses está para descer à II Divisão B, onde já se encontra o Boavista, que, como é evidente ia nu, e que vendeu a alma ao diabo para tentar ser maior do que o que alguma vez poderia realmente ser. Setúbal, Académica, Rio Ave e afins estão a uma época má de irem parar à II Liga. O Marítimo e Nacional não conseguem chegar realmente a existir, e vamos ver se sobrevivem na I Liga durante os próximos dez anos de vacas magras na Madeira, com os subsídios cortados. O Vitória de Guimarães está falido, e tem o mesmo problema do Braga: não ganha um título há décadas (não sei se alguma vez ganhou, sequer). O Braga? O Braga não é nada que já não tenha sido inventado. Um Guimarães, um Boavista, já fizeram o mesmo que o Braga vai fazendo agora, e o que vai levar ao desaparecimento do Braga como aspirante à grandeza será o mesmo que levou aqueles dois clubes. Quer Boavista, quer Guimarães, através de Valentim Loureiro e Pimenta Machado, fizeram os seus clubes crescer enquanto parasitas de um sistema corrupto e viciado, hospedados pelos três grandes. O crescimento era fictício. Quando cresceram ao ponto de se tornarem ameaçadores, foram extirpados do sistema – e bem, porque não passavam de parasitas. Ao Braga acontecerá a mesma coisa, a seu tempo. A mera impossibilidade de alcançar títulos de forma continuada ditará o fracasso de um projecto que tem o condão de aproveitar, à sua medida, tudo o que de viciado há no futebol português – o trauliteirismo, a pressão sobre os árbitros, a política da terra queimada na comunicação social, o futebol para o ponto, feio, porco e mau, etc.

Qualquer ideia de se ver alguém de entre os pequenos a guindar-se ao nível dos grandes é irreal. Ao contrário do que se pensa, a distância entre grandes e pequenos cada vez é maior. Bas olhar para os orçamentos. O ponto inicial é demasiado desigual para permitir que algum dia haja equidade. É como falar do crescimento económico dos países. Por exemplo, se Portugal crescer 5 por cento ao ano durante 30 anos e se a Alemanha crescer 0,5 por cento ao ano durante esses mesmos trinta anos, quem é que terá crescido mais? A Alemanha, porque a diferença inicial de dimensões era de tal forma grande que 0,5 na Alemanha representam, em termos de riqueza real, 5 vezes mais que os 5 por cento de Portugal. É como colocar o Gil Vicente ao lado do Benfica. Por mais que cresça dentro das suas possibilidades o Gil Vicente jamais alcançará a dimensão do Benfica. Mais depressa acaba o futebol em Portugal.



O problema da microcefalia é que a dimensão dos outros clubes é tão pequena que não chega, sequer, para que os seus projectos tenham uma possibilidade de sucesso. A escassez de massa crítica amputa essas possibilidades à nascença. Os pequenos clubes em Portugal não podem crescer, só podem tentar salvar-se.

A ausência de uma classe média é dramática para a qualificação do futebol português. Não é propriamente um segredo mal guardado: há mas de 2 mil anos, ao estudar quase 300 sistemas políticos diferentes, Aristóteles já tinha chegado há conclusão científica de que os sistemas mais propensos a problemas sociais e à conflitualidade eram aqueles em que havia grandes distâncias entre os mais ricos e os mais pobres, enquanto que noutros, em que havia uma classe média, esta servia quer como almofada dos conflitos (para proteger as suas propriedades) quer como criadora de riqueza.

Nos últimos dias os holandeses vieram cá ver que raio de país é este que consegue ter um dos melhores campeonatos do mundo com pouco dinheiro, com pouca organização, com uma formação completamente desprezada e em que a corrupção está institucionalizada. O que eles vão perceber é que o impulsiona o futebol português é a mera competição entre Benfica, Porto e Sporting. É puro darwinismo. Ao tentarem superar-se uns aos outros, arrastam o futebol português. A outra coisa que vão perceber é que o futebol português, na verdade, acaba aí, nesses três clubes.

É um caso interessante, para quem ainda se lembrar, daqui a dez anos, desta viagem dos holandeses: o que farão eles? Pensarão que vale a pena fazer regras-esteróides que fortaleçam artificialmente dois ou três clubes (Ajax, Feyenoord, PSV) em relação aos outros, de forma a conferir-lhes uma grandeza que lhes permita utilizar a riqueza do país para competirem internacionalmente, mesmo à custa do equilíbrio e da competitividade interna? Ou, dentro da melhor tradição pluralista holandesa, em que todos são iguais e todos têm os mesmos direitos perante a lei, colocados perante a estratificação do seu futebol entre os grandes e os outros e perante a eventualidade de eliminarem a classe média, dirão: «Estes portugueses são loucos. Este é um sistema condenado ao fracasso a longo prazo, por mera combustão interna»?



A coligação de pequenos clubes para elegerem o novo presidente da Liga, com base na não descida de divisão e no aumento de receitas televisivas, pode ser um momento definidor no futebol português. E, voltando à lógica trissómica de que já falei, Benfica, Porto e Sporting podem ter aqui uma oportunidade. O que for mais hábil a aproveitá-la pode tirar proveitos a longo prazo.

Durante estas últimas três décadas o Porto usou esse estatuto de campeão dos fracos e oprimidos para cimentar o seu poder no futebol português. Usou o factor província-capital para se insinuar, recorreu à milenar estratégia do patrão-cliente (patrão tem a mesma raíz de padrinho, note-se, que é pai – pater em romano – note-se…), fez-se passar por defensor da essência plebeia do futebol português, defensor dos pequenos perante os barões lisboetas. E assim fez a sua teia. Porque o poder dos pequenos só é escasso quando está espalhado. Assim que é agregado debaixo de uma unidade política superior, torna-se efectivo.

Mas não é fácil ver o Porto a manter esse statu quo. Por um lado, o Porto está a tentar sofisticar-se – basicamente, a tornar-se num barão como os outros. Por outro, os pequenos clubes já perceberam que a verdadeira estratégia do Porto nunca contemplou um verdadeiro apoderamento dos pequenos, mas antes fazer deles alimento, que facilmente se mastiga e se cospe quando não se deixa comer facilmente. A política de terra queimada, do vale tudo, por parte do Porto, não atinge só os seus dois rivais – por arrasto, atinge toda a gente. Todos os pequenos clubes que já se colocaram debaixo do guarda-chuva do Porto já perceberam (ou estão em vias disso) que a lealdade só funciona nos dois sentidos até certo ponto, e que depois disso facilmente o Porto os deixa cair. Isto é natural, é assim com o Porto e com qualquer potência superior, mas a questão é que o regime do Porto está saturado porque os pequenos já não se deixam enganar. Talvez se deixem enganar por Benfica e Sporting, pensando que as coisas podem ser diferentes (não serão nunca, de facto), mas pelo Porto é difícil.

O Sporting pareceria bem colocado para general da revolta dos pequenos. É um clube desligado do poder real do futebol português há muito tempo e facilmente poderia jogar a carta do «nós somos como vocês, eles comem tudo e não deixam nada». Até a iniciativa do Sporting em avançar para a Taça da Liga (o próprio Hermínio Loureiro é sportinguista dos sete costados, não sei se sabem), uma competição pensada para dar receitas aos pequenos (entre eles o Sporting, para que qualquer coisinha ajuda), o identificaria com as camadas baixas da bola.

Mas o Sporting tem um problema. Na verdade, tem dois. Por um lado, o Sporting é, de facto, um barão, e não quer ser outra coisa. O Sporting não é de se misturar. O Sporting é mais bancos, e penacho. Meter as patas na lama, andar a mexer no estrume, ir para o terreno, é mais complicado. Curiosamente, a única parte do Sporting que funciona realmente bem, e muito melhor que a dos seus rivais, é a que depende totalmente da relação com os pequenos clubes: a incrível rede de prospecção de jovens jogadores, que permite ao Sporting conhecer todos os potenciais Ronaldos que andam por Portugal desde os 7 anos. Mas mesmo isso é frágil, está assente em relações pessoais de muitos anos. Quando Aurélio Pereira abandonar o Sporting, até isso rui.

Por outro lado, o Sporting não tem estrutura. O que é facto é que anos e anos de Direcções inaptas e obcecadas com os gabinetes e com os relatórios e contas retiraram ao Sporting a capacidade real de descer a esse mesmo terreno. Aquilo é só engenheiros, doutores, pessoal dos bancos e das seguradoras. O Sporting é, hoje, o clube mais lisboeta, no pior sentido, de Portugal. Quase que diria que, mais do que confinado a Lisboa, o Sporting está confinado a Cascais. A parte que ainda manda, claro. Quando a Juve Leo subir definitivamente ao poder (e já não falta muito) as coisas hão-de mudar.

Finalmente, o Benfica. Não há nenhuma boa razão para os clubes pequenos confiarem no Benfica. Eu não confiaria. Não há nada no comportamento do novo monarca benfiquista, Luís Filipe Vieira, que indique que ele olhe para os clubes pequenos de forma diferente de Pinto da Costa. Aliás, todos os sinais indicam que Vieira não pretenda mais que ser um Pinto da Costa, mas para maior. O Benfica está muito mais envolvido no sistema que o Sporting, e continua a transportar um estigma de clube imperialista, posto sobre ele pelo Porto, que não será fácil de eliminar.

Mas o Benfica tem uma arma importante – uma arma que, normalmente, se bem utilizada, é sempre a arma decisiva: a económica. E o pretexto para a usar está em cima da mesa.



Quando se fala em repartir melhor as receitas televisivas o primeiro impulso, e lógico, de um benfiquista, é pôr os pés à parede. Claro. Se quem pode ganhar mais dinheiro com a televisão é o Benfica, então agora que a coisa vai começar a dar dinheiro a sério é que querem distribuí-lo? Nem pensar!

Mas provavelmente o Benfica teria tudo a ganhar se se colocasse, a ele próprio, à frente desse processo.

Por um lado, era uma forma de minorar os danos – e os danos vão mesmo acontecer, porque os clubes pequenos já perceberam que as receitas televisivas são os novos bingos, as novas bombas de gasolina, as novas SAD, e que é mesmo ali que vão agora buscar a pasta para estoirar em brasileiros de terceira classe. Como quem as tem são os três grandes, são mesmo eles quem vai pagar. Não lhes vão tirar tudo, nem nada que se pareça, mas vão tirar o suficiente. É inevitável, e é o que acontece em todos os países adiantados em relação ao nosso – o que quer dizer que chegará cá. O Benfica é quem mais tem a ganhar, logo é quem também tem mais a perder. Estar o mais dentro possível do processo de decisão é a melhor forma de proteger os seus interesses.

Por outro, sendo quem tem mais a distribuir, o Benfica é também quem mais bem posicionado fica para, através destas negociações, se for hábil, comprar lealdades – que é daquilo que realmente se trata. O Benfica já é o abono de família dos clubes pequenos, com as bilheteiras. Se se conseguir tornar também no seu subsídio de invalidez, através das receitas televisivas, e, sobretudo, se conseguir estabelecer uma relação com eles, e não contra eles, e transformar o seu poder potencial em poder real, o Benfica tornar-se-á no aliado natural de todos os pequenos clubes, com todos os dividendos que daí podem advir.

Finalmente, há que compreender que abdicar de uma parte de receitas é pior para Porto e Sporting do que para Benfica. Tirar 3 milhões do bolo de cada um para meter na mesa de todos não é a mesma coisa para o Benfica, que vai ganhar 25 ou 30, e para o Porto, que vai ganhar oitenta por cento disso. E toda a gente sabe disso. Por isso, se for inteligente, jogando o jogo dos pequenos (o que é sempre a melhor forma de sustentar o poder), o Benfica pode colocar-se numa situação em que, perdido algum dinheiro, nada mais tem a perder: se os outros dois grandes concordarem, o seu poder relativo sobre eles aumentará; se não quiserem, serão eles a fazer o papel de barão malvado e explorador dos pobrezinhos, o que se tornaria particularmente ingrato para o suposto campeão dos pequeninos, o Porto.



Há uma coisa que é preciso reter, nesta fase de aparente alteração de poderes no futebol português, em que se pretende criar nele uma classe média : quando essa classe média existe, em qualquer sistema, é sempre quem conquista os seus favores que governa.

O clube que melhor consegui compreender estas evidências será o que mais perto estará de dominar o sistema do futebol português (seja ele bom ou mau) nas décadas mais próximas, ao mesmo tempo que se adapta a uma realidade inevitável. Deixar de viver no passado é sempre uma parte importante de se ser líder.



Comecei este texto a pensar em escrever sobre as razões porque sou completamente contra as subidas e descidas de divisão no futebol português, e acabei por escrever uma posta de bacalhau com todos sem sequer referir esse tema. Embiquei para a trissomia e olha, vai ter de ficar para amanhã…

7 comentários:

  1. Não que isto alguma vez me ocorresse, mas porra, tem tanta lógica que não consigo deixar de concordar com o que escreves, mesmo estando completamente fora do assunto.

    Epá, mas 40Milhões de biscas, e não acredito que o FCP fosse buscar 80% deste valor, no bolso, era muito Filipe Menezes para o Jesus comprar.

    E a pay per view na BTv, nos jogos em casa, também me parece uma boa ideia, mas não consigo visualizar o todo pois não tenho o conhecimento para tal. Mas 6/10 balas por jogo penso que os Benfiquistas iriam aderir. Se for caro reúne-se 4 amigos e faz-se a vaquinha. Não era pelo preço do jogo.

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  2. Os pequenos têm nas mãos uma daquelas bombas atómicas metidas numa mala que vemos nos filmes americanos: os direitos de imagem. E se não sabem ainda disso (do que eu duvido) não vão tardar em descobri-lo: se por um lado é verdade que sem grandes não há receitas, por outro é indiscutível que sem pequenos não há campeonato.

    Vamos colocar este cenário. Eu sou o Gil Vicente e vou jogar à Luz. O Benfica não vendeu os direitos a nenhum operador e quer transmitir o jogo na Sport Tv. Diálogo entre eu e o Benfica:
    Eu – Quanto é que me toca?
    Benfica – Do quê?
    Eu – Do papel.
    B. – Não te toca nada, o jogo é em minha casa, eu até posso transmiti-lo para o Caganistão.
    Eu – Mas quem paga os jogadores da minha equipa sou eu, e se eles não vierem jogar não tens jogo para vender. Então queres que eu jogue e não receba nada?
    B. – O Estádio é meu, o jogo é meu. No teu estádio fazes o que tu quiseres.
    Eu – Então se o jogo, o estádio é teu e a bola é tua mete a tua equipa A a jogar contra a tua equipa B porque eu não vou. E vamos ver quem é que te paga para ver um treino.

    O que é que torna viável uma tomada de posição deste tipo nesta altura? Duas coisas: por um lado a tomada de consciência dos pequenos clubes de que sem mais dinheiro não vão conseguir sobreviver, e que só há dinheiro na televisão; por outro, a capacidade de união dos pequenos clubes, que torna possível fazer de uma posição pessoal uma posição colectiva e lhe dá muito maior poder de reivindicação. Como está a acontecer em Espanha.
    Neste sentido, até que ponto é que é viável, sequer, pensar numa solução fora do contexto de negociação colectiva, na Liga ou fora dela? A unilateralidade fica posta em causa a partir do momento em que, para haver jogo (e quem diz jogo diz 30 jogos) para transmitir tem de haver duas equipas em campo.

    E acrescento isto ao que já escrevi: aquele ou aqueles dos três grandes que não conseguir ler a importância desta primavera árabe que está a acontecer no futebol português, ou aqueles que se atrasarem, arriscam-se a pagar um preço muito caro pela soberba. Porque aqui não se trata de uma questão de escolha, trata-se de uma inevitabilidade histórica. Isto é o futebol português a deixar para trás, de vez, o amadorismo romântico, e a industrializar-se. A revolução industrial do futebol português começou com o Euro 2004, e já não há regresso.

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  3. Não é na SportTV, é na Benfica TV, claro...

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  4. O exemplo dado é mau, pela simples razão que um clube pequeno nunca diria uma coisa dessas, pois era igual à falência, o que é exactamente o que eles estão a tentar evitar a todo o custo. O Benfica e os outros clubes, com a lei actual, têm todo o direito de vender os direitos televisivos a quem muito bem entender.

    É verdade que o Benfica tem sido até agora a vaca leiteira do futebol português, devido às assistências. Não tenho dúvidas que os pequenos querem também meter a mão na massa a que até agora não têm tido acesso, a massa dos direitos televisivos do Benfica. E estão com esperança de que algo mude para que isso aconteça.

    Uma coisa é certa: seja qual for o modelo, o Benfica irá SEMPRE receber mais do que recebe actualmente. O ideal seria receber aquilo a que, por força do seu poder audio-visual, tem direito. Vamos a ver se consegue.

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  5. Na falência estão eles. A questão é precisamente essa. O que é que eles têm a perder? Esta tomada de posição à revelia dos três grandes demonstra precisamente que os clubes pequenos estão dispostos a pôr em causa a ditadura. Passaram da conversa aos actos. É um passo demasiado importante para ser menosprezado.

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  6. Falta de comparencia acarreta consequencias, das quais a perda do jogo em si, tratando-se de um clube pequeno, nem 'e a pior. A equipa da casa neste caso tem a faca e o queijo na mao, mas obviamente que quanto mais generosos for na distribuicao do bolo do jogo mais cai no goto do clube pequeno.

    Se os clubes se juntassem todos e reinvindicassem mais dinheiro, ai' o Benfica (ou outro grande) ver-se-ia forcado a dar uma percentagem um pouco maior porque mais vale fazer esse dinheiro todo do que ganhar os jogos todos por 3-0, mas ficar sem as receitas da televisao.

    Luis

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  7. Se um clube faltar, é falta de comparência. Se dez clubes faltarem, é falta de campeonato. Eis a questão. Eu ia meter um post sobre como acho que devia ser o campeonato, mas fica para a semana, a propósito das subidas e descidas.

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