sábado, 14 de janeiro de 2012

O ranking da treta do ranking

Num comentário de ontem o Luís levantou a questão da continuidade do regime portista ad eternum – ou pelo menos ad eternum durante os próximos 15 ou 20 anos. É uma questão interessantíssima, e muito actual, em que há uma série de factores influentes, um grande grau de subjectividade na análise e a necessidade de conseguir ler a longo prazo, identificando o que é conjectural e o que é estrutural. Alguns desses factores já aqui foram falados várias vezes, outros, certamente, não, mas há poucas dúvidas de que essa é, de facto, a grande questão de fundo do futebol português. Vamos ver como se começa a posicionar a nova ordem, dar-lhe uns dias, esperar por pistas – a entrevista do Domingos Soares de Oliveira ao Expresso, por exemplo – antes de mergulharmos outra vez, e com botija de oxigénio, nessa questão.



Por agora, apetece-me falar dos rankings, porque se deve bater o ferro enquanto está quente e os portistas, por exemplo, andam em brasa – já para não falar dos sportinguistas, que, não estando em brasa, estão atrás do Braga.



Não há nenhuma modalidade desportiva em que os rankings não sejam contestados. No ténis, no golfe, no futebol, no basquetebol, é indiferente. Não é difícil de perceber porquê: os rankings reduzem uma actividade iminentemente cultural, que tem um impacto mental nas pessoas, a uma dimensão quantitativa. O desporto não é uma actividade unidimensional e, como tal, todos os rankings, sem excepção, são leituras incompletas. Isto vem de encontro ao que eu escrevi há uns dias, depois do jogo com o Leiria, sobre o resultado não ser a última medida do sucesso. É uma medida importante, mas incompleta. Não há sucesso sem resultado, mas não chega resultado para haver sucesso. A quota de importância do resultado no sucesso é, afinal, proporcional à quota da importância do ranking na avaliação do sucesso – muita, mas não toda.



Dito isto, os rankings servem para enfraquecer algumas ideias feitas, e para levantar outras questões – aliás, é só mesmo para isso que servem. Vamos pegar neste ranking de 2011, como poderíamos pegar em qualquer outro.

A IFFHHFFS – não quero saber da sigla, vou fazendo copy/paste e siga a bola – diz que o campeonato português é o quarto melhor do mundo, de acordo com os resultados. Só isto dava um blog, mas nem vale a pena. Só falo disto para lembrar que nesse quarto melhor campeonato metade dos jogadores são sul-americanos, sendo que entre os cinquenta melhores estarão, eventualmente 35/40 sul americanos, entre Hulks, Luisões, Gaitáns, Rodríguez, Cardozos, etc, sendo os portugueses mais para fazer banco que outra coisa. Com que legitimidade é que podemos, então, recorrentemente, menosprezar os campeonatos sul-americanos, nomeadamente o brasileiro e o argentino, ou equipas como o Santos, o Vélez Sarsfield, o Universidad Católica e outros? Não estamos apenas a falar de resultados – estamos a falar de qualidade. Estamos a falar de países com nove campeonatos mundiais ganhos e mais uma série de finais e meias-finais disputadas, de clubes com largos milhões de adeptos, com histórias riquíssimas, com uma competitividade global que é pura e simplesmente incomparável com a maior parte dos campeonatos europeus – no Brasil, todos os anos, por exemplo, há sete ou oito candidatos reais ao titulo, com uma história e uma estrutura que suporta essa condição, enquanto em Portugal há três, em Espanha dois, em Itália três ou quatro, em Inglaterra dois ou três. Eu não sei, sinceramente, quantas das equipas portuguesas da I Liga sobreviveriam no Brasileirão ou na Argentina. Quatro em vinte? Cinco em vinte? Quando vemos jogos de clubes médios na Argentina com milhares de pessoas na bancada e um jogo do Beira-Mar com algumas dezenas devemos pôr em causa nos nossos esterótipos.



Outra questão: porque é que o oitavo lugar do Benfica soa tanto a falso (e sabe a falso, já agora?). Porque, como é evidente, em termos civilizacionais e culturais, uma vitória pode valer mais do que dez vitórias. Os portistas andam em brasa porque se sentem traídos pelo ranking. Desde há dez ou quinze anos a esta parte que os números são os seus melhores amigos, e os rankings emoldurados, todos os anos, nas páginas embevecidas do Jogo, como bulas papais, e agora, na melhor época desportiva da história do Porto – culturalmente falando, note-se – os rankings aparecem a dizer que o Benfica foi melhor.

É evidente que há aqui factores estranhos que têm de ser lidos. A dessincronização entre a época desportiva na Europa e o ano civil, por exemplo, que tem de ser feita porque nem todo o mundo tem o Verão e o Inverno da Europa Ocidental (apesar de esta parecer desconhecer essa evidência), e de ter de se encontrar um meio termo que abranja todo o mundo do futebol.

Outro desfasamento que existe, neste caso entre os países europeus de segunda linha e os cinco maiores (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França) em termos de dimensão económica, na importância que se dá à Liga Europa, que para «nós» é a antiga Taça UEFA, a segunda competição europeia, com prestígio e grande impacto cultural, e para «eles» é a quarta ou quinta competição da UEFA, atrás da Liga dos Campeões, das meias-finais da Liga dos Campeões, dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, etc, etc…



A conjugação destes dois factores, por si só, praticamente justifica a superioridade matemática do Benfica em relação ao Porto. O Benfica teve dois momentos desportivos muito bons no ano civil de 2011: os dois primeiros meses, em que bateu um recorde histórico de vitórias consecutivas; e os quatro últimos meses, em que foi ligeiramente melhor que o Porto nas competições nacionais e claramente melhor na Liga dos Campeões, não só ganhando um grupo onde estava o Manchester United como vencendo duas eliminatórias antes de aí chegar, enquanto o Porto era eliminado pelo APOEL de Nicósia.

O Benfica supera o Porto por uma questão de calendário e pela importância da Liga dos Campeões relativamente à Liga Europa.

O Benfica ganhou mais nos meses em que se ganham jogos, o Porto ganhou mais nos meses em que se ganham competições. Isso passa a ideia que o Benfica ganhou menos e que o Porto ganhou mais. Uma ideia que é verdadeira, diga-se. De facto, qualquer benfiquista trocaria rapidamente este oitavo lugar no ranking por uma vitória no último campeonato mesmo que isso viesse com um quinquagésimo lugar no ranking.

Mas – já sem aprofundar o facto de o Benfica, nos meses em que se ganham competições, ter sido apenas ligeiramente pior que o Porto (segundo lugar no campeonato, meias-finais da Liga Europa, meias-finais, que foram uma final antecipada, da Taça de Portugal, o que se traduz numa da melhores épocas do Benfica dos últimos vinte anos) – o que este ranking faz é levar-nos à questão real: a da qualidade do resultado.



O ranking de 2011 da IFFHHFFS, vem, acima de tudo, em termos de futebol português, dar um grande contributo (mais um no annus horribilis que se augura para o lado das Antas) para desmistificar a ideia que a propaganda portista tão afanosamente vem tentando propagar (passe a redundância) numa tentativa de, perante o evidente falhanço de superar o Benfica em termos civilizacionais – não o conseguiram e agora também já não vão conseguir, porque a janela de oportunidade passou, o Benfica recuperou a dinâmica, o Porto já passou pelo seu melhor momento, e a partir de agora isto vai nivelar durante uns tempos –, passarem a ideia de que, apesar do Benfica ser maior que o Porto, o Porto já conseguiu tornar-se melhor que o Benfica.

Não é.

Porquê? Precisamente por causa da qualidade da vitória.



O rol de títulos que a propaganda portista afanosamente tem vindo a afixar em todas as portas de igreja da cristandade lusitana deve ser encarado não como uma proclamação de glória mas como uma última e desesperada tentativa de fazer História, que não vai suceder.

Com essa contabilidade de vitórias pretende-se dizer apenas isto: «Vocês podem ter mais gente, mas nós temos mais vitórias, por isso somos melhores do que vocês.»

Este discurso não vai ter sucesso, a médio prazo (a curto vai tendo, porque ainda está na moda ser pró-Porto para se parecer politicamente correcto, um bocadinho como se faz com os pobrezinhos, com os negros, com os emigrantes e com todas as minorias desfavorecidas, mesmo que, na prática, quase toda a gente se esteja cagando para isso e, no fundo, toda a gente saiba que o mundo é o que é e não o que nos dizem que deve ser), e não vai ter sucesso por uma razão simples: porque não é verdade que o Porto tenha ganho mais que o Benfica, em termos de qualidade, que é o que realmente faz a diferença.



Mesmo que se aceite que o Porto já tenha ganho mais competições que o Benfica – e nem isso é linear, pois depende do universo de competições contabilizadas – a relação de qualidade dessas vitórias é praticamente incomparável.



Colocar 10 ou 11 Supertaças ao mesmo nível, sequer, de uma Taça de Portugal, quanto mais de um campeonato nacional, é uma perfeita estupidez, e o facto de se continuar a fazer isso conscientemente não é mais que uma forma de negação continuada, que só confirma a fragilidade de um argumento. Uma Supertaça, disputada a um jogo, na pré-época, e, geralmente, até entre uma equipa grande e a revelação da época anterior, muitas vezes completamente enfraquecida durante o Verão (são tantos os casos que nem vale a pena enumerá-los), não chega a ser uma verdadeira competição, e a própria Taça da Liga é-lhe muito superior em termos competitivos – aliás, só a ausência do factor histórico (cultural, lá está), da Taça da Liga, assim como o domínio do Benfica até agora, juntando ao falhanço do Sporting na primeira edição, é que impede que a Taça da Liga seja considerada a segunda competição nacional, pois nela nem sequer praticamente intervêm os bombos da festa que há na Taça de Portugal.



Da mesma forma, é bizarro considerar a Taça Intercontinental (ou a antiga Taça Toyota, se preferirem) como uma verdadeira competição, de tal forma que a própria FIFA se sentiu na obrigação de acabar com aquela coisa e legitimar um bocadinho (não muito, diga-se…) a questão do campeão mundial, organizando uma liguilha em que, pelo menos, o campeão europeu e o campeão sul-americano possam triturar um ou dois clubes vietnamitas e árabes antes de poderem jogar a tal Taça Toyota. Sempre se justifica um bocadinho mais as despesas de representação e confétis.

Tem mais significado, inclusivamente, uma vitória na Supertaça Europeia, mesmo sendo também a um jogo, do que uma vitória na Taça Intercontinental. Para nós, europeus, conta mais ganhar ao Ajax ou ao Atlético de Madrid que ganhar ao Peñarol. Em qualquer dos casos, contudo, são vitórias bem menores que ganhar uma verdadeira competição europeia, mesmo a actual Liga Europa, que não tem nada a ver com a antiga taça UEFA. Na antiga Taça UEFA, em que só não jogavam os campeões do ano anterior e os vencedores da Taça, surgiam, muitas vezes, as melhores equipas dos seus países, nomeadamente dos cinco grandes. Real Madrid, Liverpool, Inter de Milão e muitos outros eram fregueses regulares da UEFA, ganhando-a, porque na Taça dos Campeões só havia lugar para um. Na Liga Europa, havendo muito mais jogos, praticamente não há, senão excepcionalmente, nenhuma das melhores equipas europeias, e quando há é uma ou duas, no máximo. A competição pela vitória, sendo mais longa, é mais fácil. Vale menos.

Acrescente-se que o Benfica nunca ganhou uma Supertaça Europeia, em última análise, por uma razão muito simples: porque na altura em que a devia ter disputado ainda não se disputava a Supertaça Europeia. Não sei se isto é relevante…



Finalmente, e para não ir mais longe, faz pouco sentido, na minha opinião, comparar as duas vitórias na Taça/Liga dos Campeões, do Porto, mais as duas vitórias na Liga Europa, e uma final da Taça das Taças, por parte do Porto, as duas vitórias e mais cinco finais da Taça dos Campeões pelo Benfica, mais uma final da UEFA perdida.

Já não vou à questão da dificuldade da vitória do Porto na Champions do Mourinho – penso que não seria muito justo, até pela importância relativa que essa vitória teve na altura dado o contexto do futebol português – nem vou à quantidade de meias-finais e quartos-de-final disputados por cada equipa (ressalvo apenas o facto de, para chegar aos quartos-de-final com o futuro campeão europeu, Barcelona, o Benfica de Koeman ter tido de eliminar Manchester Unted e o anterior campeão europeu Liverpool, mais do que o que o Porto fez no ano em que foi campeão europeu).

Mas vou, de certeza, à diferença que existe entre atingir sete finais da mais importante competição da UEFA, num espaço de trinta anos, ganhando duas, e atingir duas finais, mesmo ganhando duas, assim como de pretender fazer de duas vitórias na competição secundária (na altura em que foram alcançadas, mais terciária… - para chegar à final da UEFA de 82, que perdeu com um Andrerlecht campeão belga num altura em que os belgas tinham a quarta ou quinta melhor selecção da Europa, o Benfica teve de eliminar o Roma campeão italiano; para ganhar a Liga Europa ao Braga terceiro classificado do campeonato português o Porto teve de eliminar o Villarreal, terceiro ou quarto classificado do campeonato  de Espanha) o equivalente a uma final da Taça dos Campeões.

Honestamente, não faz sentido.

É a diferença que vejo entre uma grande equipa europeia, que o Porto teve esporadicamente, e um grande clube europeu, que o Benfica é. As vitórias do Porto na Taça dos Campeões marcaram uma temporada desportiva. As cinco finais europeias do Benfica nos anos 60 marcaram uma era. E quando se fala de passado e presente, de preto-e-branco e cores, é outro profundo disparate. Não há presente. O Porto do Artur Jorge só não é tão distante como o Benfica de Gutmann porque ainda não passou tempo suficiente para se misturarem no mesmo passado, mas já não falta muito. As pessoas passam e tudo passa, e o que fica, fica fechado dentro da mesma caixa sem tempo. Todas as vitórias são elas e a sua época, independentemente da época em que são alcançadas.



As histórias desportivas de Benfica e Porto não são incomparáveis, no sentido em que já se podem comparar – ao contrário, por exemplo, da história desportiva do Sporting, que realmente é muito menor que a de qualquer um dos dois – mas qualquer comparação que ponha a do Porto ao mesmo nível da do Benfica é pura ficção.



Pode-se dizer que a lista de vitórias de Porto e Benfica é tão mentirosa como o ranking de 2011. Nem numa nem noutra o vencedor quantitativo é o vencedor real, nem sequer fica perto disso. O famigerado ranking, que tem estado historicamente do lado do Porto, coloca os portistas perante uma escolha complicada: preferem a quantidade ou a qualidade?

Uma escolha onde não podem ganhar, porque, a escolherem a quantidade, teriam de admitir que nem na melhor época de que se lembram foram melhores que o Benfica.

O ranking da treta da IHFFSHSS coloca a propaganda portista diante da fragilidade do seu próprio argumento da treta, e, quanto mais não fosse senão para podermos dizer isto, o ranking da treta da IHFFSHSS torna-se útil.

10 comentários:

  1. Como sempre analises totalmente fundamentadas e claras como água.Noto que SS o "papa" anda ultimamente muito activo.Sinal dos tempos?O que é certo é que ele nunca aparece se não quiser algo.

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  2. Interessantíssima análise, Hugo, e com pontos muitissimo válidos. De facto, quando pensamos em qualidade, é díficil rebater os argumentos aqui colocados, para quem se dê ao trabalho de reflectir. O Benfica de 60 marcou uma era, marcou mesmo, e nenhuma equipa do Porto se aproximou sequer.

    Os pontos sobre as valia das competições internas são igualmente válidos. A Taça da Liga, desportivamente, é muito mais relevante que a SuperTaça e é a competição que, depois da Taça de Portugal, mais equipas envolve. Só a incapacidade para a ganhar justifica a desvalorização que andróides e lagartos querem dela fazer... mas até isso está a mudar.

    Abraço

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  3. Há sempre perguntas interessantes que se pode fazer. Por exemplo:
    - preferem ganhar oito Supertaças e dois campeonatos em dez anos ou cinco campeonatos e mais nada em dez anos?

    Ou:

    - Preferem ganhar uma Liga Europa ao Braga ou perder uma final da Liga dos Campeões com o Real Madrid?

    São questões que ficam no ar.

    PS – Tentei arranjar as horas. Continuaremos no fuso de Honolulu até nos libertarem…

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  4. Entao referes o desfasamento do ano desportivo com o ano civil e dizes que nem na nossa melhor epoca fomos melhores que o Benfica pelo ranking?? É falacioso, é uma impossibilidade, nao esta no dominio...
    Se a IFFHS fizesse o ranking para 2010/2011 (para a epoca desportiva) o que achas q diria o ranking?
    Nao e normal usares este tipo de falacias no raciocinio, estas a dizer q quantitativamente na nossa melhor epoca fomos piores que o Benfica: retira entao as contas o meio annus horribilis de Vitor Pereira, ridiculo na Champions e o meio ano em q o Benfica passa em primeiro no grupo e tbm as pre eliminatorias. E adiciona o meio ano quase so com vitorias (empates em guimaraes alvalade e com o besiktas) entre as quais supertaca e muitos dissabores do Benfica (5-0, Robertazos e falhanco no grupo sem um tubarao europeu, estando no 2o pote). Usa os criterios da IFFHS e tira as tuas conclusoes.

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  5. É ao contrário: o que eu digo é que é precisamente por causa de ter de fazer pelo ano civil, devido ao desfasamento que há para os outros locais do mundo em que a época acaba em Dezembro ou em que se joga no Verão, como na Rússia ou na América Latina, que a IIFFFHSS (e não eu) faz o ranking desta maneira, o que leva a que o ranking – nem este nem os outros todos que o antecederam – não reflicta o mérito durante a época desportiva, mas o mérito durante o ano civil, de Janeiro a Dezembro. É precisamente por o ranking de 2011 só abranger a segunda metade da época anterior e a primeira metade da época actual que o Benfica fica à frente do Porto, de acordo com os critérios da IFFHHHSFS, não os meus.
    Ou seja, já não apanha os Robertazos, nem a eliminação do Benfica da Champions anterior, nem os 5-0 – só apanha o que o Benfica fez de relativamente bom nestes últimos 16 meses, ao mesmo tempo que não só apaga uma parte da grande época do Porto como apanha esta primeira metade do Vítor Pereira.
    Daí a treta do ranking.

    O meu critério pessoal (e é mesmo pessoal) é simples: quem ganha o campeonato nacional ganha a época. A única coisa melhor que ganhar o campeonato é ganhar a Champions ou, quanto muito, jogar uma grande final da Champions, contra um clube realmente histórico. Nem meias-finais, nem Liga Europa, nem um combo Taça-Supertaça-Taça da Liga.
    Se me pusessem à frente um papel a dizer «perdes tudo, acabas com o ranking 50 mas ganhas o campeonato» eu assinava já por baixo.

    O Porto é o vencedor incontestável da época desportiva de 2010/2011, obviamente, pelos meus critérios.

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  6. Meu caro, concordo com tudo. Mas então o penúltimo parágrafo do post não faz qualquer sentido...

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  7. Claro que o último parágrafo faz todo o sentido, porque quem vomita rankings a todo o tempo, quem conta Supertaças como títulos comparáveis a qualquer dos outros, merece que estes rankings sejam mostrados em toda a sua artificialidade.

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  8. De facto o penúltimo parágrafo (o penúltimo, atenção) presta-se à ambiguidade. Seria mais correcto dizer que a melhor época do Porto não fica reflectida no mero aspecto quantitativo que os rankings (este e os outros) pretendem enfatizar.
    Da mesma maneira, acrescento, que a mera listagem de títulos não reflecte a verdadeira qualidade dos clubes.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Pois, eu referi-me ao último parágrafo, quando devia ser ao penúltimo. De qualquer modo, não deixa de ser engraçado que os tão glosados rankings não destaquem "uma das melhores épocas de sempre".

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