quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Eurofestival

1 – O que o Kaká  diz hoje sobre o Mourinho é uma lição importantíssima para quem a queira aprender. Um jogador de futebol é sempre um activo valioso – sempre.  Desistir de um jogador deve ser sempre a última opção. Não é só por causa do dinheiro – aliás, a última preocupação deve ser o dinheiro. Acreditar no jogador, trabalhar com o jogador, transformar um jogador, é a pura essência de um ganhador – de um treinador ganhador e de um clube ganhador. Quando se luta por um jogador até ao fim podemos esperar que qualquer jogador lute por nós como não lutaria por mais ninguém. Não sei se o Kaká voltará algum da a ser o Kaká, mas isso também não importa.


2 – A notícia do Pedro Martins ser sondado pelo Porto traz água no bico, mas é bem jogado. Não sei se é verdade, se foi inventado pelo presidente do Marítimo (que agora faz parte dos hereges) ou se foi encomendada da Luz, mas se foi esta última é bem jogada e é bom sinal. É uma espécie de aperitivo para um mês de Janeiro que (preparem-se) vai ser fulminante em termos de jogadas de desestabilização.


3 – Há uns dias ouvi dizer que o Godinho Lopes queria vestir uma camisola do Sporting ao Mantorras na digressão a Angola. Se é verdade, tenho duas coisas a dizer em relação a isso:

- Entre o que tem a ganhar e o que tem a perder, neste momento, ao fazer isso, o Godinho Lopes (os quem o aconselha) ou é estúpido ou é estúpido;
- É o tipo de coisa que um Sousa Cintra faria. Mau sinal.
- Não sei se já disse isto, mas o Godinho Lopes é estúpido.


4 – Parece-me que, para os bósnios, estes jogos do playoff estão a ser muito mais importantes que para os portugueses. Faz-me lembrar o Eurofestival da canção: os países do Leste passaram tantos anos sem participar que, quando começaram, aquilo lhes pareceu tão grandioso (até pela pirosice…) que fazem do Eurofestival da canção uma espécie de causa nacional. Como a Miss Universo para os países da América Latina. Nós é mais Bosingwas, Ronaldos, Benficas-Sportings, o preto o mau e o vilão, etc, etc.


5 – Em relação àquilo que postei ontem, sobre os jogos em casa no Norte, depois de ver as reacções, acabei de decidir que o «Religião» vai fazer a sua primeira incursão na política activa, e vou mesmo enviar a proposta à Direcção do Benfica – até porque, apesar de não ter dinheiro para pagar quotas há um ano, ainda sou sócio…

Mas vamos fazer isto como deve de ser. A maneira de fazer a coisa ter algum impacto é pelo número.

O que eu vou fazer é o seguinte: assim que tiver um tempinho (ando com frequências umas atrás das outras, mais trabalho, mais etcéteras), o que deve acontecer até ao fim do mês, vou pôr a ideia por escrito. Depois submeto-a à apreciação popular – vulgo «aqui no blog». Quem quiser pode apresentar adendas, propostas, correcções que ache que se deve fazer e eu chego ao texto final. Depois volto a postá-lo, na versão final, envio-o por e-mail ao Benfica e, quem quiser, faz o mesmo: pega no texto, envia aos amigos benfiquistas, propõe que eles mandem se concordarem com a ideia, e que reenviem, e assim sucessivamente, ao mesmo tempo que enviam para o Benfica. Se for tudo com o mesmo título («Pelos Benfiquistas do Norte» parece-me muito bem) chama mais ainda a atenção.

O Xirico tem razão: «E Pluribus Unum».

Digam-me se estão de acordo.

9 comentários:

  1. Totalmente de acordo. Serei o primeiro a colocar a minha assinatura.

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  2. Hugo,

    Eu estou de acordo também.
    No entanto, ontem, já depois dos comentários, lembrei-me dum pormenor que pode, eventualmente, condicionar o sucesso da coisa - no país estádios decentes só os do euro e a norte só o dos corruptos tem mais de 30 mil. Ora 30 mil, é um dia dos maus na Luz, mais coisa menos coisa. Espero que não seja uma razão para isto soçobrar.

    Abraço

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  3. Bem, eu não sei se estou de acordo, eu sou de Lisboa e vejo todos os jogos no nosso estádio:).

    Mas acho bem que faças isso, vou ler a esboço, vou colaborar, e no fim talvez assine...

    Eu também sou sócio.

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  4. O objectivo é mesmo esse, quem concordar com a ideia, avança se quiser, quem não concordar (e háo de ser muitos)... bom, está no sítio certo, porque durante cinquenta anos, em Portugal, o Benfica foi o único sítio em que houve democracia. É o chamado clube do regime... democrático.

    Vamos pô-los a pensar, vamos mostrar interesse, e as coisas que sigam o seu rumo.

    Abraço

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  5. Rui, vê o copo meio cheio. Um estádio de 30 mil lugares cheio pode ser melhor que um estádio de 60 mil lugares a meio vazio.
    E um estádio, para ser decente, só tem de ter benfiquistas lá dentro! (Desta é que não estavas à espera...)

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  6. Hugo,

    Então achas que iria discordar dessa afirmação?
    Borá lá avançar com a ideia.

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  7. Eu assino.É uma óptima ideia.

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