quarta-feira, 29 de maio de 2013

Os que desistem


Um clube vencedor não depende dos resultados. Porque todos os clubes perdem, e isso significaria que, quando perdesse, esse clube seria, apenas, um clube perdedor.

Um clube realmente vencedor ganha nas vitórias e ganha com as derrotas.

Quando um jogador (o Rodrigo) diz que tem de se aprender com os erros depois de perder um campeonato, uma Liga Europa e uma Taça de Portugal de forma perfeitamente cruel, e nunca vista, esse jogador tem dentro de si a doutrina dos verdadeiros campeões. É um gigante em potência. É dessa massa que se fazem os clubes vencedores.

Num clube vencedor não há demissões. Nem de cargos nem de responsabilidades. Demissão é apenas uma palavra cara para desistência. Um eufemismo, inventado por pessoas fracas e orgulhosas, que não têm nem a força suficiente para lutar nem a humildade suficiente para assumir que desistiram, e que assim arranjam uma palavra para disfarçar ambas as fraquezas.

Num clube vencedor os elos mais fracos não são cortados e deitados fora – são fortalecidos, com trabalho e inteligência. Num clube vencedor, quando há um problema, não se faz de conta que não há problema – enfrenta-se o problema e trabalha-se para encontrar uma solução.

Coragem para assumir as deficiências, humildade para aprender, inteligência para encontrar um caminho. Estas é que são as condições para o sucesso. Não é «ganhar», como dizem os grunhos, armados em pragmáticos. Ganhar é sempre uma consequência, nunca uma causa. Ganhar nunca é um princípio. Ganhar não é o princípio de nada, é sempre um fim, um resultado. Resulta de alguma coisa, e essa coisa não é apenas uma forma de ganhar, mas uma forma de viver.

Um clube vencedor não compra campeões: encontra a matéria-prima e faz campeões.

De um clube vencedor as pessoas só devem sair em três situações: ou quando se revela que não têm a inteligência, a humildade e a coragem que está na massa dos vencedores; ou quando atingiram o seu limite de aprendizagem; ou quando têm a oportunidade de ingressar num clube que lhes dê melhores condições para exprimir o seu carácter de vencedor.

Se não for assim, é um erro. É uma demissão.

Num clube vencedor não há negações. Não se faz de conta nem se vira a cara. Assume-se.

Um clube vencedor não acredita na sorte, e muito menos perde tempo a discutir maldições ou bruxos de algibeira.

Um clube vencedor não crucifica um guarda-redes nem faz dele bode expiatório de uma época porque deu um mau pontapé na bola.

Um clube vencedor tem de ir muito mais fundo do que isso.

Vamos pegar neste exemplo do Artur, porque é uma excelente oportunidade para os crédulos benfiquistas meterem a mão na consciência e aprenderem alguma coisa com a derrota.

Depois do Benfica-Porto da primeira volta o treinador do Porto aareceu na conferência de imprensa a dizer que o Benfica tinha jogado em pontapé para a frente. Caíu-lhe em cima o Carmo e a Trindade. Os crédulos benfiquistas, ofendidíssimos, e liderados pelo seu treinador orgulhoso e ignorante, chamaram-lhe tudo, com um único objetivo: o de negar a evidência.

A evidência é que o treinador tinha toda a razão. Na segunda parte desse jogo, que foram os 45 minutos realmente decisivos do campeonato, este Benfica, construído durante três anos para conseguir responder naquele momento em que tinha de ir buscar o título, passou o tempo a atrasar a bola para o guarda-redes, que tinha de a chutar para a frente – e isto, repare-se, já depois de, na primeira parte, o Artur ter oferecido a bola ao Jackson para marcar o golo, o que prova que, se o Benfica voltou a insistir naquele tipo de jogada durante o resto do jogo, não foi porque quis, mas porque NÃO CONSEGUIA FAZER MELHOR.

Nesses 45 minutos decisivos ficou claramente demonstrado qual era a melhor equipa, quem jogava à campeão e quem iria ganhar o campeonato (e com todo o mérito) se nada mudasse. Quando o  jogo acabou, falou-se da fífia do Artur, negou-se todas as evidências, eliminou-se, à partida, o assumir dos erros que permitiria corrigi-los e evoluir, e o que é que aconteceu? Tudo continuou na mesma.

Eu disse isto. Houve quem me chamasse «exigente» para não me chamar estúpido.

Algumas semanas depois, no rescaldo de uma vitória «moralizadora» sobre o Moreirense, voltei a apontar o defeito. O Benfica não jogava à campeão. Depois de dar a volta ao jogo, a ganhar 2-1, começou a fazer aquilo a que o Jesus chama de «gestão do resultado»: trocar a bola entre os defesas, a meio-campo, e, ao mínimo entrave por parte do adversário, a atrasar a bola para o guarda-redes, que a chutava para a frente e a dava, basicamente, ao Moreirense, que, com espaço para avançar, até parecia uma equipa de futebol. E assim se institui uma cultura de facilitismo e desresponsabilização numa equipa que, supostamente, só é construída para responder a momentos de pressão - ou seja, a ambientes em que nunca se deve esperar facilidades e em que não épossível fugir à responsabilidade.

A coisa seguiu o seu processo natural. Teve o seu auge no jogo com o Sporting. Os mesmos pecados, a mesma incapacidade de construir jogo a partir da defesa sem ser em segundas bolas (uma incapacidade que existiu sempre no Benfica de Jesus e que ele nunca conseguiu e provavelmente nunca conseguirá corrigir, porque não admite que ela existe), bola para o Artur, pontapé para a frente, confusão, bola para os outros, o jogo entregue. O Gaitán inventa um golo. O árbitro defende outro. O resultado é bom. Conclusão, segundo o Berardo e todos os grunhos? «Tudo está bem quando acaba bem.»

É claro que a coisa nunca acaba.

Vêm as eliminatórias da Liga Europa. «Gestão do resultado», bola para os outros, dez bolas nos postes. Mas o resultado sai bem. «Grande equipa, campeões, grande treinador».

Sobe a pressão.

Chega o Estoril. O Benfica, incapaz de ter a bola, cansado e vulgarizado. O Estoril, uma equipa banal, parecia o verdadeiro campeão. «Se aquela bola do Maxi tivesse entrado…» Foi azar. Certo…

Vem o Porto. Vem o Kelvin. Vem a maldição, a bruxa, o azar. Azar? Azar, quando se começa a ganhar 1-0 o jogo do título no campo de um adversário que tinha de vencer?

Nas Antas, houve de tudo menos azar. Houve, sobretudo, novamente, uma equipa que não sabe ter a bola. Houve a «gestão do resultado», que acabou com o resultado do costume.

Azar, por sofrer um golo aos 92 minutos? Meus caros, perdoem-me a crueldade, mas se há momentos em que a sorte e o azar menos influência têm num resultado é quer nos penáltis quer a partir dos 85 minutos de jogo. Aí o que há é capacidade de resposta à pressão, quer mental quer funcional.

Não foi azar, foi aselhice. Uma equipa que jogasse como campeã  não teria sofrido aquele golo, pela simples razão de que aquele remate nunca teria existido. Aos 92 minutos do jogo do título, com um campeonato no bolso, não há golos, nem há remates, nem sequer há perigo. Há equipas que sabem o que têm de fazer para ganhar, e equipas que não sabem.

Mas ficámo-nos pelo azar, claro. Afinal, o povo sofre, é preciso mimá-lo.

Seria quase desumano aceitar que se tinha perdido o campeonato por demérito. Não, isso não. Seria um exercício de humildade e sensatez praticamente impossível.

Como tal, vem o Chelsea e vem outro golo ao minuto 92. Foi o quê, então? Foi o Guttmann, pois claro. Foi azar. Foi o destino. Foi o guarda-redes que não saíu, o defesa que não marcou, o outro que não saltou, foi tudo aquilo que era fácil de explicar às crianças que choram e aos idiotas que acreditam.

Permitam-me, então, caros crédulos, dizer-vos que o que foi foram os cornos dos vossos ricos paizinhos.

O que foi foi um canto que nunca devia ter existido, porque aos 90 minutos uma equipa vencedora não dá cantos, não dá hipóteses, e sobretudo não dá a bola.

Não interessa. Morremos na praia, é verdade, mas, como referiu o grande líder, houve quem tivesse morrido a subir para o barco. Porreiro, pá. Somos grandes, porque há alguém pior do que nós. É sempre uma bitola aceitável quando o cérebro não passa de um apêndice do aparelho digestitivo

Excelente.

«Pelo menos ganhamos a Taça.»

Vem a Taça. Regressa a «grande equipa», incapaz de controlar um jogo perante uma formação de ex-juniores dispensados das equipas a sério. Vem o golo, caído do céu aos trambolhões. Tudo bem, tudo seguro. Vem o minuto 80, um pepino do Artur, um golo em fora-de-jogo e depois, como o futebol não é cruel nem nada, um ressalto e a Taça vai com os porcos.

A culpa há-de ser de alguém. Do Artur, do Cardozo, do árbitro, do Jesus – vá-se lá saber porquê uma vez que a «gestão do resultado» no momento em que o Artur entrega a bola ao tipo do Guimarães é a mesma «gestão do resultado» que, durante quatro anos, o Jesus tem ensinado a equipa a fazer, e ainda uma semana antes batiam-lhe palmas.

Eu, pessoalmente, não sei se o Artur joga mal com os pés. Eu acho que o Artur joga tão mal com os pés como qualquer guarda-redes, e que por isso é que é guarda-redes e não avançado. Mas há uma coisa que eu sei: ponham qualquer jogador – qualquer jogador, mesmo o Messi – a fazer vinte pontapés para a frente, e desses vinte há sempre um ou dois que saem pepinos. Se for um guarda-redes, mais.
O que me preocupa, a mim, como observador que não percebe nada de futebol, não é se o Artur joga bem ou mal com os pés, nem se o fiscal-de-linha errou de propósito ou sem querer.

A mim, o que me interessa é o que leva o pior pontapeador de uma equipa como a do Benfica, que deve jogar para ganhar tudo e está em vantagem durante 80 por cento do tempo, a ser obrigado a fazer vinte pontapés para a frente durante um jogo, sabendo-se, pela estatística, que noventa por cento dessas bolas vão acabar na posse do adversário.

Os crédulos nem sequer pensam nisto. Não querem pensar. Preferem partir do princípio que a vitima (o Artur) é, na verdade, o culpado. E é por isso que o Benfica é um clube perdedor.

O Benfica não é campeão porque não conseguiu os resultados?

Errado.

O Benfica não é campeão porque não joga como um campeão, não pensa como um campeão e não vive como um campeão.

E, como tal, é apenas justo que não seja campeão.

O verdadeiro pecado do Benfica não é o Artur não saber chutar, nem o Jesus não saber treinar. O verdadeiro pecado do Benfica é os benfiquistas aceitarem como normal o vazio de pensamento, a ausência de sensatez e de humildade, porque ao fazê-lo estão a entregar o seu clube ao sabor dos resultados, e a deixá-lo no meio da rua.

Ao fazê-lo estão a demitir-se.

Um clube vencedor não se faz de quem desiste.

14 comentários:

  1. Hugo,

    Nestas horas de cruel desapontamento, depois deste final de época horrível, tenho lido muita coisa por essa blogosfera fora. Este texto é o melhor de todos os que li, e eventualmente um dos muito poucos que aponta uma forma de minimizar a possibilidade disto acontecer. Deixas algumas coisas em aberto, pelo menos não as abordas, embora quem te tenha lido ao longo de todo este tempo, tenha indicações do que pensas.

    Concordo com a tua perspectiva, no geral. Confesso que não sei se algum clube pratica tal receita, embora o Porto tenha uma mentalidade normalmente mais forte, eventualmente no respaldo de uma estrutura que cobre por fora, falhas que aconteçam dentro do campo.

    Concordo, no entanto, que tem que ser por aí. Nessa perspectiva, confesso que não sei se o Benfica tem uma estrutura capaz de enquadrar o actual treinador e fazer isto - reconhecer erros, admiti-los, trabalhar para evitar que aconteçam e fazer a tal fábrica de campeões.

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  2. Verdade nua e crua.

    Mas é preciso uma capacidade fora do normal para ver através das coisas. Ou então deixar de comprar Abola...

    99% dos benfiquistas só veêm o que lhes é posto à frente. Eles não se importam com o mérito. Importam-se com o resultado. Não se importam com os processos, com os dogmas que o clube (mais que da equipa) não tem e devia ter - ou tem e são negligenciados, ignorados.

    Tudo em prol de uma recompensa que não merecemos ter.

    O pior desta época, para mim, foi o miúdo a chorar no final do jogo da Taça. A seguir ao jogo eu chorei por causa dele e não por causa do Artur, do Cardozo ou do Jesus.

    A sério, não como fazer da massa benfiquista massa crítica e realística... Como tu disseste é preciso coragem, humildade para tal. Hoje, não sei se temos isso.

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  3. “Ao invés de amor, dinheiro, fé, fama, justiça… dêem-me verdade.” – Thoreau

    Filipe, Margem Sul

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  4. é so para lembar que o Jorge Jesus ganha 4milhões euros por ano está no topo ten do mundo dos terinadores mas bem pagos! Titulos? Deu o ouro ao bandido

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    1. O que é que tem o ordenado do JJ a ver com tudo isto? É apenas inveja ou outra coisa qualquer? Se ele trabalhasse de borla a situação seria diferente?

      Com o Roberto montaram o mesmo circo durante meses até o homem se ir embora. Tudo por causa do preço de aquisição.

      Isso é o que menos importa.




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    2. Importa na medida em que o vencimento de cada um deve ser proporcional não só á sua capacidade como aos seus resultados.No entanto è preciso compreender qual a fatia de responsabilidade do JJ.

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    3. O vencimento de cada um não deve ser nada proporcional à capacidade. Isso é a lógica da batata quando não toma em consideração muitos outros factores. As coisas não são assim tão simples.

      Quem mede a capacidade? És tu? E os resultados podem ser fruto de factores aleatórios, como foram os que aconteceram este ano ao Benfica. Achas que os golos que sofremos por ressalto nos jogadores foram fruto da incapacidade do treinador?

      Para além disso não são só os resultados que contam. Se fosse apenas isso, apenas os treinadores com vitórias tinham vencimentos? Os outros tinham de trabalhar de borla ou quase, não?

      Há muitos factores que determinam os vencimentos das pessoas, em geral e em particular.

      O que andaram a fazer ao Roberto e agora fazem ao JJ é inadmissível e não é próprio de pessoas inteligentes.

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    4. Este último comentário espelha bem a cultura vigente no SLB.

      Perdemos? Foi azar!! Foram apenas factores aleatórios!.

      Culpa de quem? De ninguém. É apenas uma pausa numa viagem maravilhosa. Qual viagem? 2 campeonatos ganhos desde 2005?

      Siga pra bingo.

      Comprem mais 10 jogadores sejam sérvios, argentinos, paraguaios, ou de outro qualquer país que a malta volta outra vez a acreditar que para o ano é que é.

      Tristes de nós.

      Afinal está tudo bem. Foi apenas azar e o JJ é o maior e merece cada cêntimo dos 4 milhões que ganha. Apresenta resultados? Não, mas isso não é importante.
      E não me venham com a merda da conversa da inveja. Não tenho inveja nenhuma de quem ganha mais do que eu. Apenas fico em brasa quando a incompetência é premiada. Só isso.

      Ao fim e ao cabo, temos um futebol que todo o mundo aprecia! Não ganhamos nada, mas somos bonitos.

      Não defendo uma caça às bruxas, mas defendo uma reestruturação total do edificio do futebol profissional do SLB. Porquê? Porque a actual não é uma estrutura vencedora. Não tem mentalidade vencedora. Não tem atitude vencedora. Não tem cultura de vitórias (quem pouco ganha, não a pode ter). Em suma, falhou!

      Façam um exercício: Há eleições para a presidência do SLB. Um dos candidatos apresenta um plano de reestruturar toda a estrutura do SLB, pensar todo o clube. Um plano de fundo, com principio, meio e fim. Com objectivos intermédios e finais. O outro diz que compra 4 jogadores de craveira mundial, as últimas coca colas do deserto. Quem ganha estas eleições?

      Pois é. Acertaram. É claramento o 2º.

      É isto, na minha opinião, o retrato da grande maioria de adeptos do benfica.

      Cps.,
      RS

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  5. Ulrich Haberland29/05/2013, 14:46:00

    Completamente de acordo com tudo o que é dito quanto ao que deve ser a filosofia do clube.

    Quanto ao futebol jogado:
    O JJ no seu 1º ano fez uma equipa que era um rolo compressor mas percebeu-se que aquele modelo de jogo desgastava a equipa demasiado fazendo perigar o fim de época que é quando tudo se decide.
    JJ foi percebendo isso e foi trabalhando tentando encontrar a solução para isso. Sinal de que é inteligente e aprende, humilde pois percebe que erra e deve melhorar e tem a coragem de o tentar fazer. O problema é que de facto ainda não o conseguiu fazer, a formula "mágica" ainda não foi encontrada por ele, a solução que tentou não resultou, não é a certa. Esse é o grande problema da equipa, sem dúvida! Mas, se "...De um clube vencedor as pessoas só devem sair em três situações: ou quando se revela que não têm a inteligência, a humildade e a coragem que está na massa dos vencedores; ou quando atingiram o seu limite de aprendizagem; ou quando têm a oportunidade de ingressar num clube que lhes dê melhores condições para exprimir o seu carácter de vencedor.", então JJ ainda não deve sair, a não ser que ele queira.

    Se o sucesso da equipa passa por encontrar a resposta certa para o controlo do jogo quando a equipa é pressionada, também é verdade que o sucesso da equipa, e do clube, passa por ter uma estrutura que personifique a filosofia que aqui foi caracterizada: Inteligente, determinada, trabalhadora e germinadora do talento e sucesso. E isso também ainda não foi encontrado.

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  6. Sim, percebo o teu ponto de vista e partilho da mesma opinião.
    No entanto, nesta época ao contrário das duas anteriores existiu uma linha muito ténue entre o sucesso extremo e o insucesso profundo. (não, não é o anúncio da Zon) E hoje poderíamos estar aqui a criticar, sim senhor, mas do outro lado da barricada com estatudo de equipa vencedora, como tu dizes. Quero com isto dizer que, apesar de concordar contigo acerca da maneira sofrida e por vezes atabalhoada de jogar do Benfica, se tivessemos tido um pintelhinho que fosse mais de felicidade, tudo poderia ter sido diferente. Se não vejamos: Estoril -> Falhanços incríveis do Lima, lesão do Enzo, golo em fora de jogo, frango do Artur, expulsão do Martins. Chelsea -> Lesão do Garay. Taça -> fífia do Artur, golo em fora de jogo na melhor fase do Benfica, frango do Artur. Não estou arranjar desculpas e sei que a sorte procura-se mas esta época em particular pareceu-me que o destino do Benfica estava desde há muito traçado independentemente de jogarmos bem ou mal. Uma espécie de karma que nos tem perseguido.

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    1. Concordo. Houve de facto muitos factores que não são normais e que não podem ser apontados ao treinador muito menos à direcção. Os erros dos jogadores têm de ficar com estes.

      No entanto não podemos desistir. Cair qualquer um cai, mas levantar é só para os fortes. E nós vamos levantar-nos.

      O exemplo do Bayern é paradigmático. Tiveram alguns azares pouco normais (quem não se lembra de perderem a Champions para o MU com 2 golos nos 2 últimos minutos de compensação?) E no ano passado perderam-na no seu estádio contra uma equipa claramente inferior e também inglesa.

      Ninguém veio dizer que a culpa era do treinador, do presidente ou que era um clube de perdedores. O Heynckes passou de bestial para besta e este ano já é bestial outra vez? As coisas não são assim.

      O Benfica tem uma equipa muito jovem, com falta de experiência e isso notou-se contra o Chelsea, um equipa muito mais experiente. Mas são este incidentes que irão fazer a equipa crescer.

      Agora concordo que a final da Liga Europa acabou com a pouca força anímica que restava aos jogadores. E isso foi fatal no final da Taça. Viu-se muito bem que os jogadores já não tinham força anímica para responder. Queriam mas não podiam.

      Não teve nada a ver com o treinador. Assim como compreendo muito bem a impotência deste ao ver a equipa a ir-se abaixo e a não poder fazer nada pois não tinha mais armas para compensar.

      E já viram como o Guimarães fez os 2 golos? Pelo amor de Deus, o que é que o treinador tem a ver com aquilo? Sofremos 2 golos de ressaltos, um no Porto o outro no Jamor, enganando o guarda-redes. Perdemos o campeonato e a Taça por 2 ressaltos. A culpa dos ressaltos é de quem?






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  7. Concordo que talvez seja mais do que sorte ou azar, porque nos colocámos à mercê desse mesmo azar. Não tanto nas Antas, porque aí acho que o Benfica estava a controlar o jogo longe da baliza, porque o Vitinho tinha abandonado o seu modelo de jogo e as suas próprias expressões faciais mostravam impotência. Acho que meter o Roderick naquele jogo foi testar a sorte, mas lá está, uma sucessão de erros de jogadores e um pontapé inspirado ditou o resultado.

    Em Amesterdão fiquei desiludido, muito mesmo com o desfecho, mas a quebra física foi notória e os melhores valores individuais começaram a sobrepor-se ao colectivo. Os erros foram vários, mas com um pouco mais de discernimento ainda tínhamos empatado.

    Na Taça acho que faltou mentalidade ao Jesus. Perante uma equipa daquelas, a mensagem ao intervalo deveria incidir na busca do 2-0 e não do controlo do jogo que raramente trás bons resultados, o jogo da Madeira deveria ter servido de exemplo. E sim, se a equipa não tem essa mentalidade, a responsabilidade é do Jesus pois é ele o responsável técnico. As atitudes de abandono no final ou descontrolo dos jogadores representam a falta de uma estrutura forte, temos a estrutura que o Jesus quer.

    Sinceramente, acho que o Jesus dificilmente evoluirá mais. E seguindo o teu postulado, nada mais tendo para aprender, deve sair. As patéticas exibições da estrutura, desde a Alemanha, até às inenarráveis intervenções de Gabriel (aqui aplaudida por ti, mas totalmente desfasada em termos temporais) e do Vieira no pós-Marítimo e Fenerbahçe mostram que também não aprendem com os erros, falam quando acham que vão ganhar e desaparecem quando perdem (quem deu o peito às balas no Domingo?).

    O Porto está a começar um novo ciclo. Sem mostrar que aprendemos o que qer que seja, como pode o Benfica vir a ser candidato a quebrar a hegemonia do Porto ? Entretanto, Carlos Eduardo e Josué são supostas afirmações de força de um Presidente que cada vez as tem que fazer mais constantemente. Porque será ? Terá o gigante, pés de barro ?

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  8. Olá turma do Religião Nacional,

    Meu nome é Humberto Alves, sou gerente de afiliados do www.apostasonline.com e gostaria de lhes fazer uma proposta.

    Como não consegui encontrar nenhuma área para contato, poderiam me enviar um email para afiliados [arroba] apostasonline.com para darmos continuidade a negociação?

    Grande abraço

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  9. Anjinhos de merda é o que vocês são.

    Existem deméritos nossos? Claro que sim. Mas a teia corrupta é forte, grande e continua a garrotar todo o futebol português.

    Perdemos porque não jogámos como campeões? Fodam-se. Bastava uma arbitragem isenta num jogo da agremiação corrupta e teríamos sido campeões.

    Anjinhos de merda. Que se escondem nas boas palavras e no fim, acabam enrabados pela grandeza de uma singela palavra: BENFICA.

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