segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O clube dos 100 milhões


Tal como a equipa de futebol do Benfica, só vim de férias à segunda jornada do campeonato.

Aparentemente, o Benfica está a ser levado ao colo, porque no primeiro jogo o Beto atirou-se para o chão sem ninguém lhe tocar e o terceiro golo foi invalidado, e porque em Setúbal o Amoreirinha (que nome tão mimoso para um menino tão dócil…) foi bem expulso. Para o atrasado mental do José Mota uma entrada frontal a pés juntos que só não parte uma perna ao adversário é comparável a um toque num pé (doloroso, certamente, porque é dado na parte macia do pé) numa jogada banal. Natural. Só há um adversário a quem a majestosa besta que é o José Mota raramente tira o mérito quando lhe ganha, e nem é preciso dizer o nome.

De qualquer forma, o Amoreirinha esteve quase a resolver o problema do defesa-esquerdo do Benfica. Por pouco não dava homicídio qualificado. O grande drama desta equipa do Setúbal nem sequer é não jogar nada: é nem jogar nem saber bater.

Aos 3-0 mudei para o filme de polícias e ladrões do Hollywood. Tinha menos violência e nunca achei grande piada em bater a mortos.

Este jogo fez-me lembrar aquele, há dois anos, em que o Benfica foi dar 5 ou 6 ao Marítimo. Acabou antes de começar, e não significou nada. São três pontos, num campo chato, e para mim é sempre agradável massacrar o Vitória desde que lá perdemos por 5-2 no tempo do Yekini e do Chiquinho Conde, mas no fim não servem para nada se não se ganhar por 1-0 ao Sporting ou ao Porto. Já toda a gente sabe o que esta equipa do Benfica consegue fazer nos jogos em que tudo corre bem, mas é nos outros, em que as coisas correm mal ou são mais difíceis, e em que é preciso obrigar a sorte, que se vêem as grandes equipas.

Espero que o Porto não venda o Hulk até sexta-feira. Se ficar com o Hulk, o Porto vai perder em toda a linha, financeira e desportivamente. Se o vender perde só o campeonato. Se não o vender não só vai perder este como se arrisca a não ter dinheiro para ganhar o próximo. Aos poucos vão-se materializando as lacunas da «engenharia financeira» que o Porto tem vindo a fazer para conseguir competir com um Benfica economicamente muito mais forte – porque essa é que é a questão. É o Benfica que está a forçar o Porto a arriscar mais do que pode financeiramente. 15 por cento de Álvaro Pereira, comprado para roubar o Benfica, não eram do Porto. 20 por cento de Moutinho, comprado para recuperar o título, são do Sporting. 15 por cento de Hulk (cujos restantes 85 por cento já custaram ao Porto 28 milhões de euros) não são do Porto. As aquisições de Manko e Lucho, feitas sob pressão para ganhar o título do ano passado, são a fundo perdido. Dar quase 20 milhões de euros por um lateral-direito para o Benfica não o ter, metade disso por um lateral-esquerdo para o Benfica não o ter, é uma loucura que o Porto, apesar dos seus adeptos ainda não quererem saber, não pode comportar.

O Porto tem um orçamento de 100 milhões de euros para o seu futebol profissional. É o maior orçamento de todos os tempos no futebol português, e significa, tão-só, um salto decisivo para uma plataforma europeia de que o Porto, para continuar a crescer, não pode recuar, mas que o clube, em sim, sobre-dependente de dois factores conjunturais, não conseguirá suportar a longo prazo. São eles:

- o mercado;

- e o carisma.

Quando o mercado falhar ao Porto (e vai falhar, mais ano menos ano, provavelmente quando os resultados também falharem) e quando o carisma presidencial morrer (porque vai morrer), esta «época dos 100 milhões» vai ser lida, historicamente, como aquilo que é: um sinal, na altura não reconhecido, de que a bolha estava a encher já no ponto de não retorno, em que não há maneira de continuar sem ser continuando a encher, mesmo sabendo que as expectativas estavam completamente desfasadas da realidade.
Esclareçam-me: se o Porto não for apurado para a Champions do ano que vem, como é que o futebol vai suportar uma descida de 100 para, por exemplo, 70 milhões de euros de orçamento, sem perde capacidade competitiva - se o Porto for obrigado a trocar Hulks por Quaresmas ou Luchos por Defours?

Há duas fases distintas no crescimento da bolha do Porto. A primeira é a dos pobrezinhos, que é muito bonita mas é muito fácil, uma vez que quando se começa do nada tudo o que vem é pato. Durou dos anos 70 até ao primeiro ano do Mourinho. Até esse momento, o Porto era um clube de trazer por casa, dos Pedrotos, Octávios e Oliveiras, um clube com trinta metros a menos, que fazia gala de comprar baratinho e ser pobrezinho e mesmo assim mandar cá dentro.

Com a equipa que o Mourinho construiu abriu-se a torneira. De repente, com a Champions, o dinheiro começou a entrar em volumes colossais, o Benfica foi atrás, aumentando a dívida, e o Porto deu a volta que podia. Deixou de ser um clube porco, sujo e mau para ter design. Começou o branqueamento da imagem, veio o azulinho bonito, o Estádio do arquitecto, os Fabianos e os Diegos, começou-se a gastar dinheiro a sério. O Porto passou a querer ser um clube do Mundo, maior que o seu país, maior que a sua cidade. (Como o Benfica o foi nas décadas de 60 e 70)

De repente, o Porto, que só ganha o campeonato de 2011/12 por inépcia do Benfica, gasta cerca de 60 milhões de euros em quatro jogadores (Hulk, Danilo, Sandro e Jackson) e 100 milhões de euros numa época. Pagos com quê? Com o apuramento para a Champions, basicamente, sem o qual nem teria dinheiro para pagar ordenados nem teria montra para vender jogadores e equilibrar as contas.

A bolha do Porto vai rebentar, e eu vou estar cá para ver. Serão tempos felizes. Quando penso nisso até tiro algum prazer em ver o Porto a fazer mais do mesmo, quase todos os anos, como se estivesse a subir, e não já a descer. Lembro-me da década de 90 do Benfica, depois de Jorge de Brito ter tentado fazer a «equipa para a Europa» e destruído a estrutura económica do Benfica para os vinte anos seguintes, basicamente retirando-lhe as hipóteses de ser realmente competitivo perante um adversário conjunturalmente mais forte, como foi desde o Porto «penta» até hoje.
 
Tenho poucas dúvidas que já estamos a assistir à inversão da ordem dos factores.

24 comentários:

  1. É disto que eu gosto nos teus postes:quando estou totalmente em baixo,na merda,consegues incutir-me esperança para o futuro com raciocínios lógicos.Bem haja.

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    1. Cá estaremos, Xirico. Na vitória e na derrota, que são duas faces da mesma moeda.

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  2. Talvez,assim o espero.Mas é preciso recordar que nós enfiamos 20 milhões em 2 jogadores para esta época sendo que ainda vendemos ninguem de registo.1 ou 2 já o deveriam ter sido ou corremos o risco de fazer exatamente o mesmo que aquilo que antevê para os azuis.

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  3. Bem vindo de volta caro Hugo. É sempre uma lufada de ar fresco ler as tuas opiniões impregnadas de "raciocínios dogmáticos" (no bom sentido!) em contraste com o debate pessimista e repetitivo da restante blogosfera (pró-vieira vs. anti-vieira). Que o FC Porto não está bem é evidente mas não posso deixar de me preocupar com a nossa casa (será que está melhor?). Por isso gostava de ouvir a tua opinião relativamente ao "defeso" benfiquista. Talvez encontres explicações mais pertinentes para o que tem (e o que não tem) sido feito... Um abraço.

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    1. Quando fechar o mercado, e quando eu acabar de digerir o defeso (que não está a ser nada fácil), a gente fala disso. Neste preciso momento, há uma questão importante em aberto: os dois jogadores basilares do Benfica (Luisão e Javi Garcia), podem sair da equipa, por motivos diferentes. Vamos ver no que dá antes de falar mais.
      Abraço

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  4. Só por curiosidade,a certeza com que prevês o futuro economico do Porto (maior vendedor mundial dos ultimos 10 anos) é a mesma que previste no ido mês de março, o dia da subeversão? Ou do primeiro post deste blog, em que vaticinavas que a epoca passada iria ser o inicio da hegemonia Benfiquista? edspero que sim, pois assim posso sempre ler isto de forma muito mais tranquila hehe.

    Bem haja de um portista que (por vezes) gosta do conteudo dos teus posts

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    1. Boas, anónimo. És bem vindo. A Religião, quando nasce, é para todos. Podes usar nome. Desde que não ponhas a morada de casa posso dizer, em nome dos frequentadores do blogue, com um grau de certeza de cerca de 40 por cento, que não corres o risco de sofrer uma entrada à Amoreirinha quando fores a correr para o autocarro.

      Quanto ao teu comentário, vamos por partes:

      1 - Sim, é verdade, eu engano-me nas previsões. Sobretudo porque as faço e opto por dizer «Este vai ser campeão» em vez de dizer «Este tem mais hipóteses de ser campeão», que não significa nada mas tem a vantagem de, quando a pessoa que o diz se engana, servir para se dizer que não se enganou «porque nunca disse». Eu prefiro dizer «o Sporting tem 20 por cento de hipóteses teóricas de ser campeão, mas vai ser campeão.» É mais giro e um bocadinho mais testicular.

      2 - Eu não disse que o ano passado ia ser o princípio da hegemonia do Benfica (acho eu, e se disse foi um excesso de entusiasmo), mas sim que ia ser o princípio do fim da hegemonia do Porto, o que é muito diferente. Se bem recordares, e se frequentas o tabernáculo, em algum ponto eu disse o Porto ia passar de sete títulos em dez anos para cinco, depois para três, depois para um, e que isso, por exclusão de partes, ia significar a mudança de poderes numa realidade em que apenas três clubes repartem os títulos e o dinheiro. Obviamente, isto não é de um momento para o outro. Vai demorar. O Porto, acima de tudo, trabalha bem, tem um sistema bem montado, cuja degeneração não será súbita. Mas que se degenerará nem sequer é uma opinião - é uma evidência. Tudo degenera. Até o Pinto da Costa mesmo que seja posto num mausoléu à porta das Antas, como o Lenine.

      3 - O que deveria roubar a tua tranquilidade não é a exactidão das minhas previsões, mas a sua sustentação racional. É ou não verdade que quase tudo aquilo que eu «previ» aconteceu ao Porto na época passada? É ou não verdade que, até à «semana dos oito pontos», tu, e toda a gente que por aqui vem, estava a ver a realidade a desenrolar-se à frente como se estivesse anunciada?
      Ao contrário do que possas pensar ou do que possa parecer (admito), eu não tento manipular argumentos para «favorecer» o Benfica. Tento ser realista. Tento.
      Este ano, por exemplo, não dou nada pelo Benfica (e gostava de me enganar, garanto-te - espero que a minha surpresa este ano seja proporcional à frustração da útima época). O ano do Benfica era o ano passado. Houve imponderáveis. A péssima época europeia do Porto, a óptima época europeia do Benfica, o deslumbramento do Jesus (este um pouco mais previsível, admito também), acima de tudo.
      Como é evidente, às vezes há Mourinhos, às vezes há JJ's. Há factores alteradores da conjectura, que implicam uma mudança profunda dos factores da equação.
      Há ou não, mesmo com Pinto da Costa, um Porto pré e pós-Mourinho? É inegável que há. Não na sua natureza mas na sua dimensão.
      Por exemplo, que repercussões teria se nas eleições do Benfica aparecesse, de forma insuspeita, o futuro «maior presidente da história do Benfica» como líder da oposição a Vieira, mesmo perdendo estas eleições?
      E haveria maneira de o ver nesta altura? Não.

      Um abraço e continua a aparecer, na desportiva. És bem vindo.

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  5. Além do mais, parece que vão perder o Maçã Podre, o que seria uma perda quase irreparável...

    Veremos o que acontece. O que me irrita a mim é a falta de estratégia interna. Vê-se jogar o Salvio e o Melga e pergunta-se para que diabo se gastaram milhões no Ola John, que pelos vistos vai ser uma espécie de Enzo 2, com a espantosa psicologia JJesuíta...

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    1. É vida de rico, velho companheiro. É verdade que o Gaitán, se não sair, vai fazer a sua melhor época no Benfica, e que já não vai poder ir para os jornais dizer que percebe os adeptos mas que não vai mudar a sua forma de jogar, porque agora há mais quem jogue, mas gastar 8 milhões de euros num suplente quando nem sequer se tem um terceiro central ao nível de uma equipa de Liga Europa (essa sim, a grande debilidade do plantel, na minha opinião) é significativo do desmando.

      Só por curiosidade, vê lá se partilhas a minha opinião: será coincidência que os únicos seis meses de grande nível do Jesus no Benfica tenham sido aqueles em que ele jogou com a equipa feita pelo Rui Costa, e que a partir do momento em que o Jesus começou a «dar o aval» ao amigo Vieira para trazer brasileiros e argentinos de vão de escada, a gestão da equipa se tenha tornado, literalmente, ruinosa?
      Sou só eu que penso assim?
      Sou só eu que penso que o Jesus é treinador para chegar a um clube, aproveitar os jogadores que há, estar lá no máximo duas épocas, sem riscar nas contratações, e depois ir para outra, sob risco de (recolham as crianças e perdoem-me a expressão) foder aquela merda toda para os cinco anos seguintes?

      Parece-me que não...

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    2. Rico, Hugo? Estranho rico, com cerca de 18 milhões de custos anuais de financiamento do passivo.

      Espero que tenhas razão em relação ao Gaitán. Um tipo com aquela técnica, com um treinador exigente, podia ser um fora de série. E suplente, dizes tu? O tratamento público dado pelo treinador não augura nada de bom. Como pode o Benfica ter um plantel que custou tanto dinheiro, gerido desta forma?

      Claro que concordo contigo sobre os brasileiros, argentinos e a influência do Rui Costa. Estava aqui a ver se me lembrava de uma contratação do Jasus, do PFC, que tenha vingado. Não consigo. Contratámos bons jogadores (Witsel, Garay, Rodrigo) mas da América do Sul, nem um que tenha rendido de forma regular...

      A tua análise ao Jorge é certeira. Confesso que fiquei com receio quando o vi contratado pelo Benfica. Aquela forma de estar traduzia uma falta de formação, necessariamente uma falta de capacidade para treinar uma equipa de alto nível como o Benfica. Achei que isso se iria manifestar, e cedo. Felizmente, enganei-me, naquele primeiro ano de futebol entusiasmante, mas os anos seguintes têm concretizado os meus receios. Podemos falar em ego enorme do Jorge, e ele está lá, mas há também uma necessidade de se pôr em bicos de pés, que traduz, de facto insegurança, também. Vejo a gestão do plantel, o uso sistemático de um número reduzido de jogadores, os favoritos vs. os sempre colocados de lado e a convicção de que este tipo é um péssimo gestor de recursos humanos é quase inabalável.

      E agora pensa - e se estes recursos que o Benfica tem, fossem geridos de forma decente e até por um treinador normal, um tipo que não nos enterrasse com decisões de génio (como nos 5-0 do Ladrão), um tipo que não persistisse em erros repetidos até à exaustão, até onde poderia chegar esse Benfica?!!

      Até me dói pensar nisto. E a culpa, a culpa não é do Jorge. A culpa é de quem deixa o Jorge ter a palavra final sobre tudo.


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  6. Parabéns man, bem esgalhado e com elegância... recomendo aos jogadores do Benfica (só naquela) e não fazer entradas por detrás - vá lá um empurrão, um econsto ainda aceito agora +ezes junto de outros pézes acho audacioso!!! Mas isto devo ser eu...

    Provavelmente virei aqui algumas vezes...

    Abraço!

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  7. Estive a ver o jogo dos putos e gostei.Têm pica.Gostei do Cancelo, do Carolle e Ivan Cavaleiro.O Miguel Victor e o Jardel impuseram a sua lei.

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    1. Não tenho a Benfica TV, mas gostei muito do jogo na Feira.

      No entanto, em relação à equipa B, vejo o Miguel Vitor e o Jardel a fazerem uma perninha, leio que o Sidnei está gordo e vai ser posto de castigo a treinar «com os pobrezinhos» (demorou menos de três semanas, portanto), e tenho de dizer que o «projecto» da equipa B vai precisamente pelo caminho que eu previ: em direcção a lado nenhum.

      Assim que o mercado fechar e que os problemas disciplinares na equipa principal começarem vamos assistir a um desrespeito pela integridade da equipa B que, em última análise, vai fazer os jogadores jovens deixarem de acreditar e destruir o projecto.

      Qual é a lógica de pôr o Sidnei a treinar com os B's? «É mau profissional, por isso vamos pô-los junto aos miúdos que estão a aprender»?
      É simplesmente estúpido, e até quero acreditar que não é verdade (não sei bem porque, não sei se já disse isto, mas estive em férias)

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  8. Muito bem esgalhado. Razão tinha o Ricardo do ONTEM VI-TE.
    Serei mais um freguês.

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  9. Ganhas-te um adepto. Excelente post.

    Mas porque raio, só eu é que não sei escrever de forma elegante?

    Abraço dos Açores

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    1. Vivi em São Miguel durante uns meses.
      Um abraço para ti, Germano, e uma força para os Açores. Só quem experimenta é que sabe como é difícil estar aí, no meio do oceano.

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    2. Obrigado.

      Sou de São Jorge, e o Verão aqui é fantástico. Saio do trabalho às 17h e todos os dias dou um mergulho. E ainda tenho os fim-de-semana. O inverno é mais complicado, mas depois é nessa época que tiro férias e saio da ilha.

      É mais difícil para quem é de fora, quem cresceu e viveu aqui é fácil. Difícil, difícil, é viver longe da Luz, e não puder ir aos jogos.

      Abraço

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    3. Difícil porquê? (esta pergunta não tem nenhuma malícia, tu bem me conheces...) Só se for pela impossibilidade (ou quase) de ir ao Estádio da Luz.

      Faz-me lembrar aqueles que dizem que é difícil ser benfiquista na cidade do porto. Porquê???

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    4. Fehér 29,

      difícil para mim só mesmo por isso. Sinto falta de não puder viver o Benfica mais em pleno, com modalidades pelo meio e tudo.

      Obviamente, que viver numa ilha com 9 000 habitantes como a minha tem grandes desvantagens. Papo mais filmes que a maioria dos Portugueses, mas adoro ir a uma sala de cinema, falta-me o bom teatro, e outros espectáculos do género. Sinto falta de ir "aquele" bar diferente e ver caras novas. Até de ir ao CC sinto falta. Mas não se pode ter tudo. O importante é saber tirar partido do pouco que temos. Felizmente tiro.

      Abraço

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    5. Obrigado pelo esclarecimento caro Germano.

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    6. E, pensando bem, não raras vezes gostaria de estar no teu lugar; trocar a ilha pela cidade (mas claro, temporariamente. Não aguentaria muito tempo longe do Estádio da Luz...). E tu vens para cá e até estarias bem servido porque virias para um dos melhores concelhos deste país (Oeiras) e a 10 minutos da Catedral.

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  10. Bem vindo Hugo! Tu sim é que és incrivel! Ja li todos teus posts e desde Novembro que o sigo religiosamente, apesar de nao comentar, tenho vindo aqui ao menos duas vezes por dia (mesmo sabendo que estavas de férias), mas não me canso, pois ha algo em ti que aprecio bastante na maneira como escreves, tu me prendes com tuas historias e fico tão maravilhado como se a mesma nao tera fim! Quanto ao Hulk, espero que não saia, e que o porto se afunde!
    Oh Hugo, por favor, podes dizer me o que se passa com o Sporting?
    É que o campeonato precisa de um Sporting um pouco mais forte que isto!
    Parabens pelo Post, e acima de tudo pelo Religião Nacional. Abraços

    Ângelo Manjate (Maputo- Moçambique)

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    1. Obrigado Ângelo, és muito gentil. Um abraço para ti.

      Não te impressiones com a derrota do Sporting. O campeonato do Sporting começa nas Antas, tal como o do ano passado começou na Luz. Ao contrário de outros anos, o campeão deste ano vai perder muitos pontos.

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  11. Grande Hugo, vais cimentando a posição de meu Blog preferido na Blogosfera. E vejo que vais ganhado uma legião de fãs e é bem merecido.

    O jogo de Setúbal é um daqueles jogos em que se não se ganha questiona-se tudo emais alguma coisa mas que quaandop corre tudo bem (obrigado amoreirinha) ninguém fala ninguém discute ninguém comenta o que de mal se tem vindo a fazer (e é muita coisa)... Arrisco dizer que tenho as minhas dúvidas, que a longo prazo, esta vitória vá ser assim tão boa, simplesmente porque dá alívio e margem de erro ao "mestre da táctica" (risos...).

    PS-Salvio é o mais puro jogador de bola do Benfica.

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