Um breve interlúdio verde antes da próxima especulação benfiquista para 2012/13.
Algumas coisas que vão ficando claras.
Como escrevi aqui, duas facções dentro do Sporting: os políticos, liderados por Luís Duque; e os fundamentalistas, de quem o Guarda Pretoriano Cristóvão era o representante na Direcção.
Duque tentando criar condições para uma aliança com o Benfica, Cristóvão tentando conquistar o poder por dentro.
Cristóvão é (era) o homem do trabalho sujo, desde o início, no Sporting. A sua função não era só pintar girassóis nos corredores: era entrar nos meandros do futebol (que devia conhecer muito bem porque, como ex-PJ, tinha maneiras de conhecer) e voltar a meter o Sporting no jogo. Não há, nem no Sporting nem em clube algum à excepção do Porto, assim tanta gente disponível para chafurdar na lama. É por isso, aliás, que Pinto da Costa chego a Papa: por falta de vergonha. Nem toda a gente tem a capacidade de se rebaixar eticamente ao ponto de viver confortavelmente no meio da escumalha.
Essa era base da influência de Cristóvão junto do presidente – um coninhas, como já toda a gente percebeu – e era a partir daí que Cristóvão (um plebeu, note-se)esperava alcançar o poder dentro do Sporting e tornar-se o Pinto da Costa do clube (um sonho comum a tantos e tantos benfiquistas e sportinguistas). O controlo do submundo, libertando os viscondes sportinguistas desse ónus, dar-lhe-ia um poder funcional e a postura anti-benfiquista, que tinha vindo a trabalhar com afinco, dar-lhe-ia o poder demagógico para subir no barómetro do poder e, na altura certa, disputar a presidência do clube.
Confirma-se que, no Sporting, todos sentem ter direito ao poder, e que essa é a grande vulnerabilidade interna do clube.
A saída de Cristóvão – não se pode dizer irreversível porque, em política, os cadáveres só dormem – abre a porta à facção duquista e à respectiva estratégia.
Enfraquece brutalmente a posição estratégica do Sporting, não só por garantir que o clube não é inocente mas também pela imagem de amadorismo que passa.
O presidente, principalmente, sai muitíssimo enfraquecido, e Duque, que trocou Domingos por Sá Pinto, que vai ganhar a Taça, que chega às meias-finais da Liga Europa e que acaba o ano a tirar o campeonato ao Benfica (a mais importante das três façanhas para os sportinguistas), está em alta, quando ainda há poucas semanas parecia preso por arames.
De acordo.
ResponderEliminarUm must esse adjectivo atribuído ao Go(r)dinho Lopes: coninhas... LOL
ResponderEliminarÉ duro ser do Sporting com tanta crise de identidade e intrigas palacianas...eis o clube dos nobres no seu melhor... Felizmente que sou do unico e glorioso Sport Lisboa e Benfica!O nosso objetivo é conquistar sem pensar nos outros...(agora tambem seria bom conquistar mais coisas,né! : D )
ResponderEliminarSe se provar toda a organização agora atribuída a PPC, isso será verdadeiramente espantoso. É a implementação do Sporting da velha máxima "Se não podes vencer..." neste caso adaptada para "... faz como eles".
ResponderEliminarAcho que uma organização como a que se descreve na imprensa, construída por parte de alguém que fez parte da PJ, mostra a selva que este país verdadeiramente é, em termos de justiça. Já estivemos mais longe do far-west.
O plebeu é mais adequadamente descrito, pelos vistos, como o espião. Impressionante a descrição da rede de chantagem e coacção aparentemente montada por um vice presidente. Coacção, chantagem e uma enorme confusão - eis o Sporting de PPC.
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